A Apple apresentou os seus resultados financeiros relativos ao quarto trimestre de 2015 (primeiro trimestre do ano fiscal da empresa), revelando os volumes de vendas de iPhones, iPads e outras categorias de produtos.
Começando com as boas notícias. A Apple registrou lucros no período de US$ 18.4 bilhões, um recorde que representa uma melhora de 2.2% diante dos resultados do primeiro trimestre fiscal do ano passado.
Agora, as notícias não tão boas assim. A Apple não convenceu dessa vez por um motivo muito simples: As vendas: foram US$ 75.9 bilhões durante o período, um pouco abaixo dos US$ 76.6 bilhões das previsões da empresa.
Ou seja, temos um crescimento em todos os sentidos, mas o grande problema é que eles não só não cumpriram com as expectativas, mas também o produto mais popular da empresa, o iPhone, registrou um crescimento nas vendas de apenas 1%. É algo tão pequeno, que é quase nulo. A porcentagem nos faz pensar que estamos diante de um estancamento claro nas vendas de um ano para outro.
Porém, o grande afetado de um ano para outro foi o iPad, que não conseguiu se salvar nem mesmo com o lançamento do iPad Pro, registrando uma acentuada queda de 25% em relação ao ano passado, com as vendas registrando um descenso de 21%.
Na realidade, combinado com a forte dependência da Apple com o iPhone e o iPad, a empresa acabou sendo penalizada na bolsa de valores norte-americana, onde mesmo registrando lucros as suas ações registraram uma queda de aproximadamente US$ 1. Essa resposta é compreensível, já que o mercado olha não só para o presente, mas também para a projeção futura da empresa.
Algo que a própria Apple previu nos relatórios anteriores é o bom desempenho nas vendas dos seus computadores, que seguem crescendo em vendas e participação, apesar do mercado de computadores em geral viver um momento de queda. Mas ao que parece essa tendência também chegou à empresa de Cupertino, já que os Macs sofreram uma queda de 4% nas unidades vendidas, e 3% nos lucros em relação ao mesmo período do ano anterior.
Apesar disso, dentro do departamento de serviços e “outros produtos”, vemos um crescimento por conta da boa participação que teve tanto o Apple Watch como o novo Apple TV. A Apple segue sem revelar números individuais, como parte de sua estratégia comercial.
Dentro da categoria “outros produtos” que representam apenas 6% as vendas da empresa, estão concentrados o Apple Watch, o Apple TV, os produtos da Beats, o iPod e acessórios. O crescimento nas vendas foi de 62% de um ano para outro. A má notícia é que sua participação é tão pequena, que não representa mudanças significativas para os lucros gerais da empresa.
Será que o iPhone chegou no seu ponto de saturação? O iPad vai conseguir se recuperar?
São perguntas de respostas difíceis, mas que podem ser decisivas para o futuro da Apple a médio e longo prazo.