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Vale a pena comprar o Office 2024 ou manter a assinatura do Microsoft 365?

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Alguma coisa está mudando no reino da Microsoft.

A mesma empresa que abraçou com força a ideia de migrar dos produtos para os serviços, adotando o formato de assinatura como uma solução economicamente sustentável, surpreendeu ao anunciar que o Office 2024, sucessor do Office 2019, estará disponível em modo de licença perpétua, com suporte de cinco anos.

Tradução: você poderá comprar o Office 2024 para chamar de seu, sem precisar se preocupar em pagar uma assinatura anual. Mas… será que isso faz algum sentido a essa altura do campeonato? Você vai pagar menos se comprar a licença no lugar de assinar o software?

Vamos conversar sobre isso a partir de agora.

 

Um paradoxo

Com essa decisão, a Microsoft reconhece a demanda por soluções “desconectadas” e “congeladas no tempo”, mas ainda incentiva a migração para a nuvem, considerada o futuro do trabalho na era da IA. Dessa forma, oferece uma solução para quem entende que quer ficar com uma determinada versão do Office pelo resto da vida, ou enquanto durar o suporte… ou até que a Microsoft crie uma maneira de obrigar esses usuários a mudar de versão do pacote de escritório.

O Office 2019, lançado em 2017 (e não me pergunte por que a Microsoft faz isso), represente uma espécie de paradoxo, já que o Office 365 ganhava popularidade pelos esforços da gigante de Redmond em convencer os usuários que o modelo de assinatura era melhor.

Então, chega o Office 2019 no formato de licença única, contrariando a tendência do mercado.

Ele foi bem recebido pelos usuários, mas nem mesmo a Microsoft promoveu o Office 2019 como deveria, focando o seu marketing no Office 365. E o tempo justificou essa decisão.

 

A sombra da obsolescência programada

O Office 2019 foi lançado como um produto “congelado no tempo”, sem acesso à nuvem e aos novos recursos de software. E isso foi feito de propósito, pois naquela época a Microsoft já entendia e argumentava que o futuro do trabalho estava na nuvem.

Com o passar do tempo, Office 365 foi rebatizado para Microsoft 365, mantendo a essência que o estabeleceu como principal pacote de escritório do mercado e abraçando a Inteligência Artificial, a colaboração online e a integração com outros serviços da gigante de Redmond.

No final das contas, o Office 2019 foi “mais ou menos abandonado”, com a Microsoft reconhecendo (em partes) a derrota para ela mesma. E isso nem foi tão grave no final das contas, exceto é claro pelo dinheiro que a empresa deixou de ganhar com as vendas mais baixas das licenças.

Aqui, não podemos descartar a possibilidade de a Microsoft ter se dado conta que estava perdendo dinheiro ao não priorizar as licenças perpétuas, já que as margens de lucro imediato tendem a ser maiores na venda de um produto. As assinaturas só se pagam com o passar do tempo, mesmo sem envolver os custos logísticos de fabricação de mídias físicas ou pedaços de papel com os códigos de licença.

 

O que o Office 2024 pode representar

O anúncio do Office LTSC 2024 é uma luz no fim do túnel para os usuários que preferem licenças perpétuas. Eu só torço (de verdade) para que essa luz não seja o trem vindo na direção contrária.

A nova versão oferece suporte por cinco anos e estará disponível para Windows 10, 11 e macOS, em versões de 32 e 64 bits, e poderá ser adquirida de forma direta, tanto no site da Microsoft como nos parceiros da empresa no e-commerce e lojas físicas. O preço do Office 2024 ainda não foi anunciado (ainda).

A Microsoft insiste na nuvem como o futuro do trabalho, mas a oferta do Office 2024 demonstra que a empresa está disposta a atender a diferentes perfis de usuários. A coexistência de modelos abre espaço para que cada indivíduo escolha a solução que melhor se adapta às suas necessidades e preferências.

 

O formato de assinaturas é sustentável?

O anúncio do Office 2024 em licença perpétua levanta dúvidas sobre a hegemonia e sustentabilidade das assinaturas.

A Microsoft reconheceu que nem todos estão prontos ou dispostos a abandonar o meio tradicional de aquisição de software, entendendo que os usuários precisam ter diferentes alternativas para utilizar produtos e serviços informáticos.

E o mesmo conceito deve se expandir para o Windows e até mesmo para as vendas de jogos na loja Xbox. Eu sei que o Game Pass é um sucesso, e a Microsoft deseja mesmo é que todo mundo use a versão mais atualizada possível do seu sistema operacional. Mas… será que a conta ainda está fechando para Satya Nadella e sua turma?

As assinaturas oferecem acesso a recursos atualizados constantemente, sem necessidade de grandes investimentos iniciais. Mas podem ser um fardo financeiro para usuários que não utilizam todas as funcionalidades disponíveis. Além disso, a dependência da internet e a falta de controle sobre o software podem ser desvantagens para alguns usuários.

Já as licenças perpétuas oferecem um pagamento único e definitivo, com controle total sobre o software. Por outro lado, não garantem acesso a atualizações futuras e podem se tornar obsoletas com o tempo. Sem falar no grande obstáculo para a compra de um software: o custo inicial, que sempre é mais elevado do que o de uma assinatura.

 

Escolha o que é melhor para você

Se eu vou comprar o Office 2024? Acho que não.

Adquiri licenças para o Microsoft 365 por 10 anos, o que me garante o funcionamento deste software por até 2034 (pelo menos). Dessa forma, eu mantenho o software atualizado, com todos os recursos, trabalhando com Inteligência Artificial e na melhor performance possível.

Paguei o preço de uma licença perpétua do Office 2019 nesses 10 anos do Microsoft 365, e em troca, não terei um software abandonado após os cinco primeiros anos. Ou seja, para o uso a longo prazo, a assinatura ainda é mais vantajosa para os usuários.

Mas o seu caso pode ser diferente. Se para você ter a licença do Office 2024 é melhor para não mais se preocupar com a dinâmica de preços das licenças a cada ano, invista o seu dinheiro neste programa e utilize todos os seus benefícios.

Só lembrando que o suporte oficial é por cinco anos. Depois disso, você terá que investir novamente em uma futura versão do Office se quiser ter os recursos atualizados e o suporte para corrigir brechas e vulnerabilidades de software.

A decisão é sua.


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