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Por que o suporte da Microsoft está ativando o Windows 10 crackeando o sistema operacional

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Em um passado não muito distante, o processo de ativação do Windows era algo bem mais polêmico. Os avanços que a Microsoft fez neste sentido resultou em uma praticidade que é conveniente para o usuário e para a própria gigante de Redmond.

Hoje, o Windows 11 é ativado automaticamente, em uma combinação do código serial integrado ao software com a identificação da arquitetura de hardware do equipamento em questão.

Mas no Windows 10, o tal código serial ainda é necessário. E o que muitos não poderiam imaginar é que os engenheiros da Microsoft estão utilizando códigos crackeados e não-oficiais para ativar as instalações de clientes que procuram o suporte oficial da empresa.

 

Como o caso aconteceu?

É o seguinte.

Um engenheiro da Microsoft recorreu a um crack não autorizado para ativar o Windows de um equipamento de um cliente, algo considerado incomum e até perigoso quando olhamos para as questões de privacidade e integridade do sistema operacional.

O episódio aconteceu na África do Sul. Um cliente comprou uma chave de produto original do Windows 10 por $200, mas não consegue ativá-la no equipamento. E tomou a natural decisão de buscar ajuda no suporte oficial da Microsoft.

O problema é que o cliente deu o azar de encontrar um profissional de suporte que não conseguiu oferecer uma solução adequada para a questão, o que resultou na natural escalada do caso para o departamento de engenharia da Microsoft.

E aqui é que está a polêmica: alguém no suporte oficial da Microsoft, que estava com uma enorme preguiça de fazer o seu trabalho, utilizou um comando de crackeamento do sistema operacional, mais especificamente uma versão da URL inserida via PowerShell, para ativar o Windows remotamente.

 

A Microsoft aprova o procedimento?

É óbvio que não.

Essa é uma flagrante violação nas políticas da Microsoft, e o que é mais bizarro é ver que alguém dentro da engenharia da empresa está realizando essa prática, que contraria questões técnicas e éticas laborais (inclusive).

Tradicionalmente, a ativação do Windows envolve o uso de chaves de produto ou login na conta da Microsoft, considerando que estamos falando do Windows 10, software protagonista deste caso.

Além de ser ilegal, o uso de cracks pode representar riscos de segurança, incluindo a possibilidade de malwares interferirem no funcionamento do sistema operacional. As consequências dessa prática podem ser desastrosas em larga escala.

O uso de cracks para ativação do sistema operacional é proibido pela licença. Isso jamais deveria ter acontecido dentro da área de suporte da Microsoft, mas parece que não é um caso isolado.

O usuário que passou por essa odisseia entrou em contato com os desenvolvedores do crack via Discord, confirmando o uso do mesmo e revelando casos anteriores que passaram pela gigante de Redmond com a mesma solução.

Diante do exposto, a Microsoft reconhece a ação como contrária às suas políticas, mas não oferece solução imediata, prometendo investigação e ação adequada.

Como profissional de tecnologia, a minha recomendação é que você sempre verifique se o local onde você está comprando a licença do Windows é de procedência confiável, pois parte desse problema também está no fato do código de ativação não ser oficial ou de pertencer à uma licença OEM ou de outra categoria.

O que não isenta a responsabilidade da Microsoft em não supervisionar os procedimentos de resolução de problemas através do seu suporte oficial ou time de engenharia de software.

Se é para resolver dessa forma, até o sobrinho da dona Cleusa consegue. Nem precisa do suporte da gigante de Redmond para isso.


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