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Onde o Pixel Tablet desperta inveja no iPad

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Quem utiliza um iPad desde 2011 está mais do que acostumado com o ecossistema da Apple. Aliás, pode-se dar ao luxo de utilizar o mesmo tablet por anos, realizando poucas trocas neste período, justamente devido à política de atualização da gigante de Cupertino.

O iPad mini tornou-se um gadget muito popular devido à sua praticidade de uso em pequenos deslocamentos e durante viagens. Eu mesmo possuo uma unidade desse produto e considero o modelo excelente para consumo de conteúdo mais casual.

No entanto, alguns usuários estão um pouco frustrados com o comportamento do iPad mini, como a tendência de descarregar lentamente a bateria, exigindo uma recarga antes de ser utilizado novamente.

É neste ponto que os entusiastas da Apple começam a sentir inveja do Pixel Tablet e de algumas soluções adotadas pelo Google para oferecer uma experiência de uso mais interessante nesse e em outros aspectos.

 

Combinação perfeita de hardware e software

O Google seguiu os passos da Apple ao criar uma mistura perfeita entre hardware e software para o Pixel Tablet. Afinal, se temos que copiar alguém, vamos copiar de quem fez isso corretamente.

No entanto, o que diferencia a proposta da gigante de Mountain View é que ela vai além, oferecendo um acessório no pacote de venda que agrega valor ao produto, algo que a Apple não faz há anos. O Pixel Tablet possui uma base de carga com um alto-falante embutido, permitindo que o dispositivo seja carregado enquanto é apoiado na base e, além disso, reproduz músicas relaxantes ou animadas, dependendo do perfil do usuário.

Isso pode parecer algo insignificante ou desnecessário para alguns usuários do iPad, que se acostumaram a viver uma vida monótona sob as imposições da Apple. No entanto, receber um acessório multifuncional em um momento em que tudo está mais caro, ao investir dinheiro em um dispositivo que custa uma quantia considerável, é algo que não pode ser desprezado.

 

Funcionalidade adaptada

Além do hardware que valoriza o investimento, o Pixel Tablet também possui uma interface de usuário adaptada quando está conectado à base de carga. Isso transforma o dispositivo em algo semelhante ao Google Nest Hub, exibindo vários tipos de painéis de informações projetados para serem visualizados de longe.

Com essa funcionalidade, o tablet pode ser colocado em salas de estar, cozinhas ou escritórios, fornecendo uma experiência semelhante à de um dispositivo de tela inteligente, sem a necessidade de investir ainda mais dinheiro em um hardware adicional para essa finalidade.

Caso alguém queira fazer o mesmo com o iPad ou iPad mini que está utilizando para consumir este conteúdo, terá que inevitavelmente gastar mais dinheiro. E somente a Apple sairá ganhando com isso.

 

Generosidade do Google

É muito melhor receber essa base com alto-falante integrado, aproveitando a generosidade do Google. E tenho certeza de que estou afirmando algo bastante óbvio neste momento.

Se alguém desejar bases adicionais para usufruir dessa mesma praticidade em outros cômodos da casa, o Google não oferece o acessório por um preço acessível. No exterior, cada unidade dessa base custa salgados 149 euros.

Aqui, o Google seguiu bem a Apple, que também é conhecida por esvaziar o bolso dos seus clientes na hora de cobrar pelos acessórios de seus dispositivos.

Infelizmente, isso faz parte da cultura de mercado da tecnologia de consumo. Todas as marcas fazem mais ou menos a mesma coisa, e não há muitas alternativas para fugir disso.

Nesse caso, é melhor adquirir logo um Google Nest Hub completo, que custa aproximadamente o mesmo valor, e já vem com uma tela e alto-falante integrados. Assim, o valor cobrado pelas bases adicionais é, no mínimo, questionável.

 

Abordagem inovadora e invejável

De qualquer forma, a estratégia adotada pelo Google ao lançar o Pixel Tablet é chamativa e agressiva, principalmente para aqueles que estão acostumados ao ecossistema da Apple.

Enquanto a Apple continua tentando reinventar a roda ao oferecer dispositivos que são “mais do mesmo” na prática e entregando resultados questionáveis para seus usuários, o Google busca aprimorar a experiência básica de um tablet, transformando esse produto em algo multifuncional e mais adequado para o consumo de mídia.

Além disso, o Google Pixel Tablet também oferece utilidade doméstica, algo que até então estava ausente, apresentando-se como uma alternativa efetiva para uma central de casa inteligente, além de resolver o problema da bateria descarregada.

 

O domínio do mercado de tablets

É indiscutível que o mercado de tablets é amplamente dominado pelo iPad desde o seu lançamento. A prova disso é que a grande maioria dos fabricantes Android que tentou competir com a Apple nesse segmento simplesmente se retirou do mercado, e nenhuma alternativa chegou perto de oferecer a mesma qualidade dos dispositivos da gigante de Cupertino.

Por outro lado, vejo a tentativa do Google com o Pixel Tablet como uma alternativa para aqueles que buscam emular o ecossistema da Apple nos dispositivos Android. E isso não se limita apenas a este dispositivo, já que a gigante de Mountain View possui um conjunto de produtos interessantes, com sua filosofia de hardware e software, incluindo smartphones, smartwatches e dispositivos domésticos inteligentes da família Pixel.

 

Conclusão

A combinação inteligente de hardware e software do Google Pixel Tablet pode sim despertar uma certa inveja nos usuários do iPad.

Não estou dizendo que aqueles que possuem um tablet da Apple migrarão para o Android, mas é fato que essa experiência aprimorada, vinda do conjunto de venda do produto, com um acessório multifuncional, pode deixar um gosto amargo na boca dos fanboys da Apple.

A abordagem do Google em seu tablet é como um sopro de ar fresco para aqueles que desejam apostar em um tablet Android para chamar de seu. E quem sabe outros fabricantes que se aventurarem nesse segmento invistam em estratégias semelhantes, mantendo características distintas em suas respectivas propostas.

Precisamos sim da concorrência. Precisamos sair do lugar comum. O mundo não pode ser um monopólio do iPad, por melhor que o tablet da Apple seja.


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