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iPhone segue dominando sem dó nem piedade

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Não adianta.

Entra ano, sai ano, começa e termina uma nova edição do BBB, e o cenário é o mesmo: o iPhone se mantém como o ícone absoluto da telefonia móvel, apesar de custar uma pequena fortuna nos seus modelos mais caros e em diferentes mercados ao redor do planeta.

O smartphone da Apple repetiu a façanha dos anos anteriores, já que foi o telefone mais vendido ao redor do mundo em 2022. A dominância é avassaladora: o iPhone ocupa 8 das 10 primeiras posições do ranking apresentado pelo Counterpoint Research.

E… acredite, se quiser… essa não é a pior notícia para a concorrência formada pelos fabricantes de smartphones Android.

É óbvio que dá para piorar.

 

As exceções da lista estão na linha média

Apenas dois smartphones de linha média estão como intrusos do paraíso perfeito construído pela Apple nas vendas da telefonia móvel de 2022: os acessíveis Samsung Galaxy A13 e Samsung Galaxy A03. Ou seja, nem são os telefones intermediários de linha média premium da empresa sul-coreana.

O ranking de smartphones mais vendidos de 2022 é dominado pela família de telefones da Apple apresentada em 2021, a iPhone 13. O que faz todo o sentido, já que esses modelos contam com mais tempo de mercado.

Uma particularidade muito interessante desse ranking é que o iPhone 14 Pro Max vendeu MUITO MAIS que o iPhone 14 e o iPhone 14 Plus. E isso deixa claro duas coisas:

Que todo mundo entendeu exatamente a mesma coisa: o iPhone 14 nada mais é do que um iPhone 13s disfarçado e com outro nome, sem falar que tamanho não é documento, já que o iPhone 14 Plus flopou;

Que isso só pode ser uma estratégia da Apple para impulsionar as vendas dos modelos Pro e Pro Max, já que ambos entregam uma maior margem de lucro por unidade vendida, o que explica o aumento das receitas da empresa, mesmo vendendo um número menor de unidades.

Voltando a falar do iPhone 13… é um modelo que registrou a façanha de ser o mais vendido do mundo entre setembro de 2021 e agosto de 2022. Ou seja, ao longo de todo o seu primeiro ano de vida.

E o iPhone 13 só perdeu o posto de mais vendido do mundo porque o iPhone 14 Pro Max chegou ao mercado em setembro de 2022. E, mesmo assim: com a chegada da nova família de smartphones, os telefones lançados em 2021 receberam uma sensível redução de preços, o que ajudou a manter o volume de vendas altos, principalmente em países com economias em desenvolvimento, como é o caso do nosso amado Brasil.

Pela primeira vez na história, a variante mais cara do iPhone vendeu mais do que os modelos mais básicos, já que o iPhone 14 Pro Max se manteve na liderança dos telefones mais vendidos em escala global entre outubro e novembro de 2022. E o iPhone 12, que é o dispositivo mais veterano na lista, vendeu muito bem ao longo do ano passado, principalmente em países como Estados Unidos, Japão e China.

A Samsung ficou com o resto. E essa sobra de Top 10 preocupa porque tanto o Galaxy A13 como o Galaxy A03 sequer contam com conectividade 5G nas suas especificações técnicas. O que mostra que os dois modelos foram muito bem nas vendas nos mercados emergentes, como Caribe, América Latina, Índia e África.

Detalhe: é sempre importante lembrar que o Galaxy A03 conta com um processador da Unisoc, o que levanta muitas dúvidas sobre o desempenho desse dispositivo. E isso reforça o seu sucesso nas vendas apenas e tão somente porque ele é barato, e não porque pode surpreender no desempenho.

 

Os tops de linha do Android olham para o iPhone com inveja

A Samsung não tem muitos motivos para comemorar quando olha para esse ranking, uma vez que não conseguiu posicionar nenhum dos seus modelos top de linha ou até mesmo de linha média premium entre os mais vendidos do ano passado.

Vou reforçar algo que já mencionei neste conteúdo: as maiores margens de lucro dos fabricantes de smartphones estão nos telefones mais caros. A Apple sabe disso desde o primeiro segundo em que começou a brincar com o mundo da telefonia móvel, abrindo mão do segmento de entrada para explorar seus clientes com telefones caríssimos.

O efeito imediato do cenário de presente é uma simplificação do catálogo de smartphones de todos os fabricantes, na tentativa de minimizar a canibalização nas vendas e na obsessiva busca pela maior margem de lucros, mesmo que isso resulte em um número menor de unidades vendidas.

E eu nem preciso dizer que o principal prejudicado nessa história será o consumidor, que vai pagar cada vez mais caro para ter um bom smartphone nas mãos. Ou terá que comprar uma porcaria se quer pagar pouco por um telefone básico.

No final das contas, o segmento de smartphones de linha média é o que mais pode sentir os efeitos dessa canibalização, com uma oferta menor de produtos e dispositivos mais caros dentro desse segmento.

Fato é que a Apple segue como referência no mercado de mobilidade, mesmo com as porcentagens entre os fabricantes um pouco mais dividida do que em anos anteriores. Hoje, a gigante de Cupertino e a Samsung dividem o protagonismo máximo em vendas e rentabilidade, enquanto que a Xiaomi perdeu terreno para OPPO e Vivo, que conseguem manter suas respectivas quotas.

E todas as demais marcas que não foram mencionadas neste conteúdo entram no grupo Outros, que é uma forma gourmetizada de chamar de “resto” aqueles fabricantes que não conseguem prevalecer no segmento de smartphones.


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