A Fase de Acesso Antecipado de Call of Duty Modern Warfare III iniciou em 2 de novembro, mas não podemos nos empolgar muito com esse lançamento. E estou afirmando isso baseado nos fatos, e não no meu achismo sobre algo que ainda não testei.
Afinal de contas, o que esperar deste jogo que originalmente foi concebido como um possível DLC do seu antecessor, Call of Duty Modern Warfare II? Será que podemos realmente encontrar algo de muito diferente aqui?
Algumas pessoas já testaram o resultado da decisão da Activision Blizzard em lançar um DLC como um jogo completo e cobrando o preço de um título AAA. E a pergunta que fica é…
Vale a pena pagar essa grana toda?
As primeiras análises sugerem que “talvez não”, infelizmente.
A campanha solo de Call of Duty Modern Warfare III tem uma duração de apenas 3 a 4 horas, e é uma das mais curtas da história da franquia. As missões, em sua maioria, se desenrolam em poucos minutos, e as prometidas escolhas estratégicas para completá-las revelam-se superficiais, com abordagem pouco variável.
Aqui, entra a regra do miojo, só que transformada em horas. Nada que dura tão pouco tempo pode ser considerado algo bom ou divertido, a não ser que seja algo muito intenso.
Salvo por alguns casos específicos, a campanha pode ser concluída no estilo “correr e atirar”, sem a necessidade de um pensamento estratégico profundo. Essa fórmula de gameplay é familiar para os fãs da série, mas em Call of Duty Modern Warfare III, ela parece não apresentar inovações marcantes.
Muitos críticos têm apontado a sensação de que, na prática, o jogo poderia ser um DLC disfarçado de jogo completo, devido à brevidade da campanha e à falta de inovação.
É importante lembrar que Call of Duty Modern Warfare III foi desenvolvido antes da aquisição da Activision Blizzard por parte da Microsoft. Logo, isso aqui não é culpa do Phil Spencer, mas do Bobby Kotick.
Tem alguma coisa boa em Call of Duty Modern Warfare III?
Sim. Nem tudo está perdido.
Call of Duty Modern Warfare III se sai muito bem nos seus aspectos técnicos, oferecendo visuais impressionantes e mantendo o estilo cinematográfico típico da franquia. O verdadeiro ponto forte do jogo é mesmo o modo multiplayer, que continua atraindo a comunidade de jogadores ao redor do mundo para sessões de jogos de várias horas.
Isso não muda o fato de que o preço cobrado por Call of Duty Modern Warfare III é questionável, considerando o que o jogo oferece em comparação a títulos anteriores. Reconheço que dinheiro não dá em árvore, e muitos não tem essa grana toda para investir em um jogo que está além do que poderia ser.
O lançamento de Call of Duty Modern Warfare III para os gamers que não adquiriram o acesso antecipado está programado para 10 de novembro. Há especulações de que este seja o último título da franquia a chegar às consoles da geração anterior, o que pode ter o seu fundo de verdade, considerando o avanço tecnológico que as desenvolvedoras querem explorar.
Comprar? Ou não comprar? Eis a questão!
De novo: se Call of Duty Modern Warfare III tem apenas 4 horas de campanha no máximo, essas quatro horas precisam ser realmente excepcionais para justificar o investimento do gamer no jogo. E não parece ser exatamente esse o caso.
Fica evidente que o modo single player foi negligenciado com a adaptação de um DLC para o formato de jogo completo. Se foi mesmo isso o que aconteceu, o tiro que a Activision Blizzard deu no pé foi enorme.
E mesmo que a aposta seja efetivamente no modo multiplayer, o valor a ser pago por isso é elevado. Dá para pensar que tudo aqui está apoiado no nome da franquia, e não na qualidade do jogo.
Você faz o que quer com o seu dinheiro, mas não pode dizer que não foi avisado. Os gamers mais conscientes devem sim esperar por outras avaliações de Call of Duty Modern Warfare III antes de realizar o investimento.