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São SETE FRACASSOS CONSECUTIVOS da DC nos cinemas. E agora, James Gunn?

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Será que James Gunn está neste momento perdendo o sono e se perguntando se fez a escolha correta ao abandonar a Marvel para comandar a parte criativa da DC nos cinemas?

O Universo Estendido da DC (DCEU) simplesmente desmoronou, e a missão de James Gunn e Peter Safran está cada vez mais complicadas. Com “Besouro Azul” estreando muito mal nas bilheterias globais, estamos diante de nada menos que SETE FRACASSOS CONSECUTIVOS de filmes dos personagens da DC Comics até o momento.

É claro que a culpa disso aqui é (principalmente) da Warner Bros. Discovery. Mas além de tentar entender o que está acontecendo, vamos olhar para os números e interpretar além da frieza dos dados esse fenômeno negativo.

 

Um cenário de caos

A empolgação inicial com a chegada de Gunn na parte criativa da DC rapidamente se dissipou à medida que uma série de filmes de super-heróis da editora tropeçou nas bilheteiras em sequência.

Sim, bem sabemos que a qualidade da maioria desses filmes pode ser considerada como “questionável” ou “de gosto duvidoso”. Mas poucas vezes testemunhamos tantos fracassos em série nos cinemas, e isso é algo mais do que preocupante.

É curioso. Intrigante. Enigmático.

Os críticos atribuem em parte essa sequência de reveses aos líderes da nova empreitada. E aqui, temos que colocar nesse grupo a dupla Gunn e Safran, pois as mudanças do elenco geraram revolta em muitos fãs (há quem diga que afastar Henry Cavill e Ben Affleck do DCEU foi um grande erro), os executivos da Warner Bros. Discovery, que mais atrapalharam do que ajudaram, e o próprio David Zaslav, chefão da WBD, que aparentemente trocou os pés pelas mãos em nome do lucro a todo custo.

Mas os problemas são ainda mais profundos do que esses que diagnostiquei no parágrafo anterior. A verdade é que o DCEU não conhece o sabor do sucesso há muito tempo, com sua última vitória comercial datando de 2019. E isso está acontecendo porque, basicamente, os últimos sete filmes não são bons o suficiente.

Incluindo “O Esquadrão Suicida”, dirigido pelo próprio James Gunn.

Isso mesmo que você acabou de ler. Lide com isso.

 

Passando para a frieza dos números

Uma análise das recentes produções do DCEU deixa claro que a maré de sucesso se esgotou nessa franquia (se é que algum dia existiu na era do Snyderverso).

Tudo começou com o lançamento decepcionante de “Aves de Rapina” no início de 2020, um filme que precisava arrecadar mais de 250 milhões de dólares para começar a gerar lucro, mas ficou abaixo dessa marca.

Depois disso, foi ladeira abaixo para o DCEU. Os números a seguir mostram a arrecadação total dos filmes no mercado global:

  •     “Aves de Rapina”: 201 milhões de dólares
  •     “Mulher-Maravilha 1984”: 166 milhões de dólares
  •     “O Esquadrão Suicida”: 167 milhões de dólares
  •     “Adão Negro”: 391 milhões de dólares
  •     “Shazam! A Fúria dos Deuses”: 132 milhões de dólares
  •     “Flash”: 268 milhões de dólares
  •     “Besouro Azul”: 43 milhões de dólares (até o momento)

É impossível ignorar o fato de que “Adão Negro” foi o filme com melhor desempenho, o que entrega ao menos um ponto na igualmente fracassada narrativa de Dwayne Johnson (que chegou a afirmar de forma totalmente equivocada que o filme daria “lucros na casa do bilhão de dólares”).

Mas informações da época sugeriam que os custos de produção do longa protagonizado por aquele que antes se chamava The Rock exigia uma bilheteria na faixa dos 600 milhões de dólares para ser lucrativo. O cancelamento de sua sequência permanece como um mistério, embora a decisão seja justificável considerando o cenário aqui apresentado.

 

Poucas margens para explicações e algumas soluções

Algumas desculpas podem ser apresentadas para alguns dos fracassos apresentados.

Tanto “Mulher-Maravilha 1984” quanto “O Esquadrão Suicida” foram lançados simultaneamente nos cinemas e na plataforma de streaming HBO Max, o que pode ter impactado seu desempenho nas bilheteiras. No entanto, os problemas do DCEU vão além das circunstâncias individuais, pois passam também pela qualidade dos roteiros e dos resultados práticos apresentados pelos filmes.

Embora haja poucos motivos para comemoração dentro do DCEU, a DC Comics ainda tem razões para sorrir. “Coringa” e “The Batman”, filmes que não fazem parte do Snyderverso ou DCEU e claramente contam com propostas narrativas completamente diferentes dos fracassos mencionados neste artigo, se destacaram nas bilheteiras, arrecadando 1,074 bilhão e 770 milhões de dólares, respectivamente.

Quem sabe não está na hora da WBD entender de uma vez por todas que não precisa copiar a Marvel Studios para fazer dinheiro com os personagens da DC Comics. Afinal de contas… é a DC! Ela tem personalidade própria. E se apostarem em uma proposta singular de narrativa, podem muito bem conquistar o seu público, que é mais do que suficiente para entregar o lucro desejado nos cinemas.

O DCEU ainda tem que estrear “Aquaman 2” para fechar de vez o caixão do Snyderverso, e as expectativas para o longa protagonizado por Jason Momoa não são das melhores.

Este filme sofreu várias mudanças em seu percurso e adiamentos na data de lançamento, refletindo parte das incertezas que assolaram esse universo de super-heróis. Embora o sucesso do primeiro filme com os personagens alimente o otimismo entre os executivos da WBD e fãs da DC (o filme dirigido por James Wan arrecadou 1,148 bilhão de dólares), um novo tropeço parece cada vez mais provável.

E para completar, ao que parece, Gal Gadot está mantida como Mulher-Maravila no DCU de James Gunn. O que não é ruim, mas aumenta a confusão para o grande público sobre como esse novo universo de filmes vai se construir.

No final das contas, não é um absurdo dizer que “in Gunn, we trust”. O cara é competente, e pode fazer alguns milagres pela DC.

Mas se James Gunn não está perdendo o sono neste momento, ele com certeza está pedindo para o tempo passar. Só para ver esse autêntico pesadelo que ele está testemunhando bem acordado acabar de uma vez por todas.


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