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PlayStation Portal consegue ser PIOR que o Q

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Sabe o tão criticado Project Q que a Sony apresentou como console de videogames por streaming que tinha cara de tablet com um controle DualSense dividido ao meio em cada uma das extremidades? Então… agora ele se chama PlayStation Portal Remote Player, ou simplesmente PlayStation Portal.

Aproveitando o sucesso do PS5 e do seu controle DualSense que conta com feedback háptico e gatilhos adaptáveis, a Sony tenta surfar no hype dos consoles de videogames portáteis ou híbridos como ASUS ROG Ally, Steam Deck e Nintendo Switch para oferecer a sua proposta para quem quer rodar os jogos do seu console em qualquer lugar…

…desde que você esteja em um ambiente com internet WiFi, obviamente.

 

É para usar no banheiro (e olhe lá)

O PlayStation Portal se vale da tecnologia wireless PlayStation Link para validar a sua proposta, repetindo algo que o PS Remote Play já faz, mas sem a necessidade de investir ainda mais dinheiro em um hardware dedicado para essa funcionalidade. O seu smartphone ou tablet pode muito bem fazer isso, e investir em um controle DualSense é bem mais barato.

De qualquer forma, o principal objetivo do PlayStation Portal é oferecer a experiência do PS5 na palma da mão dos jogadores que querem continuar a experiência do jogo no sofá da sala, do quarto e, obviamente, no banheiro. Mesmo porque, sem isso, o produto não faz muito sentido de existir.

É sempre importante reforçar que um produto como esse é recomendado para quem deseja jogar os seus games em outra sala ou cômodo da casa, compartilhando a TV com outros moradores da residência e sem interromper as partidas. A conexão com o PS5 é remota via WiFi local, o que faz com que o PlayStation Portal exista para o uso dentro da própria casa.

Aparentemente, ele não é funcional para jogar utilizando a banda larga móvel, já que a Sony não menciona essa funcionalidade no produto. E eu mantenho as minhas dúvidas sobre a validade do produto com essas características.

 

Mais capado, impossível

A Sony entrega ao PlayStation portal os principais recursos do controle DualSense, cujas partes estão integradas em uma tela LCD de 8 polegadas com resolução 1080p a 60 fps. Para um dispositivo com as suas dimensões, até que está de bom tamanho. Porém, alguns consoles portáteis lançados pela concorrência são mais completos neste aspecto.

O PlayStation Portal é compatível apenas e tão somente com os jogos instalados no seu PS5. Ou seja, ele não tem independência para contar com jogos instalados em sua memória interna. Além disso, ele também não é compatível com os jogos do PS VR2 ou com os títulos via streaming na nuvem do Playstation Plus Premium, o que deixa o dispositivo ainda mais capado e restrito no uso.

 

PlayStation Portal: vale a pena?

O PlayStation Portal tem preço sugerido nos Estados Unidos de US$ 199,99, e o produto não tem previsão de lançamento para o Brasil. A pré-venda lá fora será anunciada em breve.

E… sinceramente… eu não sei se existe algum motivo para que o usuário brasileiro desperte algum tipo de ansiedade pelo lançamento desse produto por aqui.

Enquanto ele se chamava Project Q, levantei diversas dúvidas sobre a sua validade, mas como a Sony não havia revelado todas as características, ainda existia a remota possibilidade de ser surpreendido com as especificações finais.

Agora, quando o produto é apresentado em sua versão final, está confirmado que o PlayStation Portal consegue ser ainda mais decepcionante. Não revelou todas as suas características de hardware, é bem mais limitado do que poderia ser, e custa US$ 199 apenas para reproduzir os jogos do PS5 em um dispositivo dedicado com controle DualSense dividido ao meio.

É claro que esse produto terá os seus defensores ferrenhos, e eu não tenho problemas com isso. Até porque as pessoas podem ter o direito de estarem erradas na vida.

O problema mesmo é ver a Sony surfando no hype dos consoles portáteis e híbridos e não entregar nem uma coisa, nem outra.

O PlayStation Portal é tão aquém do que poderia ser, que chega a ser uma vergonha escrever sobre ele no blog. Mais vergonhoso ainda é ver a própria Sony tentando vender o conceito para o consumidor.

E a vergonha suprema será para aqueles que vão investir dinheiro em um produto como esse.


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