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Por que a Meizu “arregou” e abandonou o segmento de smartphones?

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A Meizu é a mais nova integrante da lista de fabricantes de smartphones que sucumbiram ao duopólio Apple + Samsung. Na verdade, a empresa chinesa abandona o segmento de telefonia para apostar na teoria da morte dos telefones inteligentes.

Eu explico: alguns acreditam que os dispositivos focados na Inteligência Artificial (IA) vão acabar com os smartphones a longo prazo, e algumas iniciativas como o T Phone apresentado na MWC 2024 já flertam com isso, aposentando os aplicativos em um smartphone.

Agora, a Meizu faz companhia para a LG, Siemens, Sony Ericsson e tantas outras, entrando na lista de derrotadas no setor de telefonia móvel. Vamos então entender melhor por que a marca arregou para as gigantes do setor.

 

Por que a Meizu abandonou os smartphones?

De acordo com o CEO da Meizu, Shen Ziyu, o aumento do ciclo de atualizações dos smartphones e a ênfase excessiva em recursos como memória, sensores e recarga rápida foram os principais motivos para a marca desistir desse segmento de mercado.

Ou seja, a Meizu basicamente não tem condições de atender as principais demandas dos usuários. Para a marca, quatro anos de atualizações, um hardware potente, boas câmeras e uma bateria que não faz você esperar o dia inteiro preso na tomada não são fatores bons o suficiente para tentar agradar os clientes.

É mais fácil entregar smartphones de qualidade duvidosa, até mesmo para promover a obsolescência programada para vender mais telefones.

O executivo também afirmou que a crescente oferta de dispositivos equivalentes nas especificações, combinada com a competição acirrada no setor também contribuíram para a perda de relevância da Meizu no mercado global de smartphones.

Se é que essa relevância algum dia existiu. A Meizu estava em um bolo de outras marcas combinadas que ficam com 34% do mercado de telefonia móvel, já que a maioria das vendas ficam concentradas nas cinco principais empresas do segmento (Samsung, Apple, Xiaomi, Oppo/OnePlus e Vivo).

No Brasil, a Meizu não deixou boas lembranças. Modelos como o Meizu M6 até contavam com bons preços, mas não passavam pela homologação na Anatel. E a Vi Station desistiu de distribuir os telefones da marca em nosso mercado, o que também não ajudou muito.

Eu cheguei a testar um dos dispositivos da marca no passado, e as minhas impressões não foram das mais positivas. Logo, não acho que a Meizu vai fazer tanta falta por aqui. Para ser sincero, eu nem me lembrava que ela ainda estava em nosso mercado.

Agora, resta para a Meizu apostar na Inteligência Artificial, iniciando uma nova fase estratégica para a empresa. E se o comportamento na nova fase for o mesmo do segmento de smartphones, é melhor nem tentar.

Tudo bem, eu sei que o mercado de telefonia móvel sai perdendo, pois a concorrência será cada vez menor, com as vendas concentradas em poucas marcas.

Por outro lado, precisamos de marcas que estejam realmente engajadas em competir de verdade com as gigantes, e não em apenas “marcar presença” no setor.

De um “mais do mesmo”, já temos a HMD, que recentemente matou a Nokia de novo.


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