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Motorola Razr tem dobradiça frágil, que pode não aguentar um ano de uso

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O Motorola Razr, smartphone com tela dobrável e flexível em formato flip, está em pré venda no Brasil. Eu já deixei claro aqui no blog que não dá para concordar com um preço sugerido de R$ 8.999 para um telefone que só é premium no seu formato ou conceito, pois além de oferecer um hardware que fica abaixo do esperado para um dispositivo do seu porte, a própria Motorola quis “normalizar” os problemas das bolas na tela flexível, algo que não deveria acontecer em um produto com esse preço.

Reforço que tal tecnologia ainda não está amadurecida. É a primeira geração dos dispositivos com telas dobráveis, e adquirir um produto desse porte nesse momento é jogar um jogo de risco que, ao meu ver, é desnecessário. Ser early adopter nesse caso só serve para se mostrar para os amigos e nada mais.

Mas como vivemos em um mundo livre e você faz com o seu dinheiro o que você quiser, temos que pensar naqueles que querem exercer o seu direito de compra. E muitos dos clientes em potencial estão pensando quantas vezes vão abrir e fechar o seu Motorola Razr (de forma exibida para amigos, familiares e interesses amorosos que querem impressionar).

A CNET quis responder as dúvidas desses compradores em potencial, realizando um teste de resistência onde um robô ficou abrindo e fechando o smartphone com tela dobrável e flexível. E o resultado é inquietante.

A dobradiça do Motorola Razr começou a falhar depois de 27.000 movimentos de abertura e fechamento do dispositivo. Um número muito pequeno, levando em consideração que um estudo publicado em 2017 indica que os usuários consultam os seus smartphones aproximadamente 80 vezes por dia. Ou seja, nesse ritmo, o Razr pode apresentar problemas durante o primeiro ano de uso.

 

 

O Galaxy Fold é muito mais resistente

 

O teste foi realizado em uma máquina chamada FoldBot, fabricada pela SquareTrade. A CNET fez uma gravação de sessão contínua de testes que esperavam que duraria mais de 12 horas, uma vez que o estimado era alcançar em torno de 100.000 movimentos.

Porém, o Motorola Razr começou a falhar na quarta hora do experimento. Com aproximadamente 27.000 movimentos. Não são números destacáveis para um dispositivo cujo boa parte do seu atrativo era essa tela flexível e dobrável (e, repito: custa R$ 8.999 no Brasil). O robô encontrou uma certa resistência ao fechar o dispositivo por completo, como se a dobradiça resistisse ao movimento de dobra.

Os números do Motorola Razr entram em contraste com os quase 120.000 movimentos de abertura e fechamento que o Samsung Galaxy Fold suportou no mesmo teste, e isso é preocupante para um caro dispositivo que pode apresentar problemas no primeiro ano de uso.

É importante lembrar que tais testes não são definitivos nem conclusivos (com certeza a Motorola vai apresentar as suas análises, com dados cientificamente mais precisos… bom, assim espero…), mas se você tinha algumas dúvidas sobre o Motorola Razr e sua resistência, esse teste da CNET oferece uma boia ideia.

Agora tire as suas próprias conclusões. Porém, a minha opinião é a mesma: os smartphones com telas flexíveis e dobráveis ainda precisam amadurecer, e não estão maduros o suficiente nessa primeira geração. Comprar um telefone como esse é pagar caro demais por um dispositivo que está no seu primeiro experimento. E não sei se vale a pena ser um early adopter nesse caso.

 

ATUALIZADO EM 10/02/2020 @ 16h50: a assessoria de imprensa da Motorola do Brasil entrou em contato com o TargetHD.net, apresentando a sua posição oficial sobre o assunto (a seguir, na íntegra):

“O razr é um smartphone exclusivo, com um sistema dobrável diferente de qualquer dispositivo no mercado. O FoldBot da SquareTrade não foi projetado para testar nosso dispositivo. Portanto, qualquer operação realizada utilizando esta máquina colocará uma tensão indevida na dobradiça e não permitirá que o telefone abra e feche conforme o esperado, tornando o teste impreciso. O importante é lembrar que o razr passou por extensos testes de resistência do ciclo durante o desenvolvimento do produto, e o teste da CNET não simula nem reflete o uso real que os usuários terão com o Motorola Razr. Temos toda a confiança na durabilidade do razr. Para ver como testamos o sistema de dobragem do razr, confira nosso twitter {link}.”

 

 


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