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Google e POCO se enfrentam para revolucionar o mercado de smartphones intermediários

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Quem não gosta de pagar pouco dinheiro em qualquer coisa?

Nos últimos anos, o mercado de smartphones está em processo de convulsão. O segmento de linha média foi o mais afetado, com preços mais elevados e a quase morte da melhor relação custo-benefício.

Aos poucos, algumas marcas tentam ressuscitar a ideia de que é possível pagar preços menos obscenos por smartphones competentes para a maioria dos usuários. E duas empresas estão capitaneando esse processo de nova vida: Google e POCO.

Com apostas muito diferentes, as duas marcas podem pavimentar o caminho que os demais fabricantes podem trilhar na melhor relação custo-benefício nos próximos anos.

 

Pixel 7a, para quem busca as melhores câmeras e o Android mais recente

O Google Pixel 7a é o smartphone mais recente da gigante de Mountain View, além de ser o Google Pixel 7 com uma letra “a” estrategicamente colocada ao lado do número preferido do Bebeto.

Até estranhei o lançamento desse telefone, e não estou aqui reclamando do seu preço sugerido ou da proposta geral do dispositivo. O que chama a atenção é que esse modelo não é tão diferente assim do seu irmão maior, mas custando um pouco menos, o que é digno de agradecimento para a empresa que já coleta uma tonelada de dados de nossas vidas.

Na prática, o Pixel 7a é um smartphone equilibrado, que se alinha com a filosofia do Google em dar uma ênfase maior para o seu software do que para o hardware. Mesmo assim, o modelo decidiu substituir o sensor fotográfico, o que deve causar um impacto ainda maior no processamento de imagem e, por tabela, fotos ainda mais impressionantes.

Dessa forma, o Google quer fortalecer a sua posição dentro do mercado de linha média, entregando um smartphone que pode funcionar bem para a maioria dos usuários, mas contando com uma qualidade fotográfica que é uma das melhores do mercado em um telefone que custa muito menos que US$ 1.000.

Pena que esse smartphone não é comercializado no Brasil, pois o Google entende que brasileiro não é gente.

 

POCO F5, uma ótima tela e, principalmente, um excelente desempenho

No outro lado do octógono metafórico dessa disputa, encontramos a Xiaomi e uma estratégia muito diferente.

O POCO F5 entrega um desempenho espetacular, com uma experiência de uso do dia a dia que chama a atenção de qualquer usuário, incluindo os mais exigentes. Por outro lado, o modelo deixa a qualidade fotográfica em segundo plano, o que pode decepcionar aos que adoram registrar as fotos do lanche do McDonald’s na praça de alimentação do shopping.

O que chama a atenção nesse modelo é o seu potente processador Snpadragon 7+ Gen 2, trabalhando com até 12 GB de RAM. O resultado dessa parceria é uma MIUI absurdamente fluída, sem bugs importantes e uma sensação de velocidade que está deixando alguns especialistas em tecnologia pasmos.

Tá, tem uma certa dose de exagero nesse tipo de declaração, e não quero aqui desconfiar que tem produtor de conteúdo que foi pago para usar termos exagerados para enaltecer um smartphone. Mas achei importante fazer o registro sobre os elogios feitos ao telefone da Xiaomi.

Além disso, a tela AMOLED do POCO F5 aproveita bem a parte frontal, e boa parte dessa fluidez tão elogiada vem da taxa de atualização de 120 Hz que o display incorpora.

 

Preços muito diferentes, necessidades igualmente diferentes

São dois excelentes smartphones. Na verdade, dois dos melhores telefones de linha média do mercado. Mas que contam com objetivos muito diferentes, o que pode explicar as diferenças nas propostas e valores cobrados.

O Google Pixel 7a oferece uma das melhores câmeras do mercado. E não estou falando apenas do segmento de linha média. E faz isso custando muito menos que o valor cobrado pelos telefones top de linha.

Já o POCO F5 é um telefone que não pode ser ignorado. Custa um pouco mais barato que a proposta do Google, e mesmo não contando com uma câmera tão espetacular, ao menos tem um sensor fotográfico que cumpre o que promete, e é muito equilibrado em todas as demais especificações técnicas.

Aqui, a escolha vai depender da necessidade de cada usuário. Porém, independentemente do vencedor desse duelo, o que podemos tirar de positivo de tudo isso é a possibilidade de se estabelecer um perfil padrão para os telefones de linha média: ótimas especificações, foco específico para determinados aspectos para oferecer o melhor para quem precisa dessa melhor qualidade pontual, por um preço que, com alguma sorte, não ultrapassa os US$ 500.

Dá até para dizer que estamos vencendo em alguma coisa na vida, depois de anos tão complicados no mercado de telefonia móvel. Ou que é o mercado tentando se salvar, dando alguns passos para trás para impulsionar as vendas no segmento onde os usuários ainda estão propensos a investir dinheiro para comprar um novo smartphone.


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