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Fato: 2023 é SIM o ano do Linux nos desktops!

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O Linux sempre foi uma opção popular entre usuários mais experientes e entusiastas da tecnologia, mas nada além disso. É um sistema operacional de nicho, que só alcançou o grande público através do Android.

Mesmo sem alcançar os níveis de popularidade do Windows, o Linux tem suas vantagens significativas e uma comunidade de usuários fiel. E ele ter durado tanto tempo no mercado de informática que tinha a Microsoft como força dominante já é uma vitória para esse sistema operacional.

Mas tudo no mundo pode mudar. E faz algum tempo que a piada do “o ano X é o ano do Linux” está se tornando uma realidade prática no mundo da informática.

 

Um crescimento histórico do Linux em 2023

Nos últimos meses, o Linux tem mostrado um crescimento notável em seu market share, impulsionado pelo lançamento do Steam Deck, um dispositivo de jogos portátil desenvolvido pela Valve. O que mostra que o sistema operacional existe, está vivo, mas cresce em outros tipos de dispositivos que passam longe de serem um desktop.

Para quem ainda não sabe, o Steam Deck utiliza o SteamOS, um sistema operacional baseado em Arch Linux, que promete uma experiência de jogo otimizada para o hardware do dispositivo. Existe a opção de instalação do Windows no videogame portátil, mas os mais leigos não vão fazer isso, e alguns dos usuários mais experientes não encontram a real necessidade disso.

De acordo com dados recentes divulgados pelo StatCounter no mês de junho, a participação de mercado do Linux em desktops atingiu um novo recorde, chegando a 3,07% – um aumento considerável em comparação com meses anteriores.

Em contrapartida, o Windows ainda lidera o mercado com folga, mantendo uma participação de mercado de 68,15%. O macOS, sistema operacional da Apple, ocupa o segundo lugar com 21,38%, enquanto o Chrome OS, desenvolvido pelo Google, está em terceiro lugar com 4,15%.

Vale ressaltar que outros sistemas operacionais desconhecidos também alcançaram uma fatia considerável do mercado, representando 3,23% da participação total. Por exemplo, o FreeBSD, software de código aberto, ocupa uma parcela mínima de 0,01%.

Embora a participação de mercado do Linux ainda seja relativamente baixa quando comparada aos líderes do setor, o crescimento constante nos últimos meses indica um cenário promissor para o sistema operacional.

 

Os videogames podem impulsionar o Linux?

O sucesso do SteamOS na Steam Deck, combinado com a crescente demanda por jogos no mercado de desktops, levanta a questão se uma versão personalizada dessa versão do Linux, focada em jogos e otimizada para computadores poderia conquistar espaço.

O impacto positivo que o SteamOS tem demonstrado em dispositivos de jogos móveis sugere que a Valve pode considerar o lançamento de uma versão adaptada do sistema operacional para desktops. E diante da popularidade da plataforma inclusive em equipamentos que rodam o Windows, não é difícil imaginar uma possível movimentação dos usuários para soluções dedicadas aos jogos, pois o momento para isso é oportuno.

A evolução dessa tendência é algo que merece atenção nos próximos anos. Será interessante observar se o Linux continuará ganhando terreno e desafiando a hegemonia do Windows no mercado de desktops. A Valve, como uma das principais influenciadoras nesse cenário, poderia ser um jogador importante nessa transformação, proporcionando aos usuários uma alternativa viável para o sistema operacional predominante no mercado.

Dessa forma, o Linux pode ter o mesmo destino do Android, que se tornou o sistema operacional móvel mais utilizado do mercado. O sistema operacional foi adaptado para outro formato de dispositivo, e tanto o mercado como os usuários souberam reconhecer o seu valor.

E você? Estaria disposto a adotar uma versão do SteamOS como sistema operacional secundário em seus desktops (principalmente se você é gamer ou usuário da plataforma da Valve)? Seria o Linux a opção ideal para os entusiastas de jogos?

Independentemente das respostas, é correto afirmar que 2023 é sim o ano do Linux nos desktops. E isso, porque ainda estamos no mês de julho. Imagine como podem ser esses números no final do ano.


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