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Disney+ e Max em combo nos EUA não é uma novidade (já acontece no Brasil)

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Um belo dia, Disney e Warner Bros. Discovery entenderam que não poderiam derrotar a Netflix pelas próprias forças individuais, e decidiram unir forças para prevalecer no mercado de streaming. Ou seria para sobreviver?

Em um passado não muito distante, essa parceria seria considerada impensável. Cada plataforma decidiu se fechar no próprio mundinho, acreditando que poderia derrotar o grande N vermelho dessa forma.

O plano claramente fracassou. E a parceria que foi anunciada entre Disney+, Max e Hulu nos Estados Unidos é mais uma tentativa em manter viável um negócio que segue dando sinais claros de que só era possível para a Netflix…

…porque a Netflix basicamente criou o streaming “do nada”.

 

Como vai funcionar

Disney e Warner Bros. Discovery anunciaram um pacote com os dois serviços de streaming com um pagamento único. De certa forma, isso já acontece no Brasil, onde a empresa do Mickey tem o mesmo modelo de negócio com a Globo (via Globoplay).

O pacote vai incluir os serviços Disney+, Max e Hulu em uma mesma assinatura. Dessa forma, o usuário terá os conteúdos de grandes estúdios como Pixar, HBO, Marvel, DC (quem diria… as duas, lado a lado…), Searchlight, ABC, Cartoon Network e outros.

Vários detalhes precisam ser revelados, como valores e disponibilidade internacional. O que sabemos no momento é que esse combo poderá ser adquirido nos sites oficiais de qualquer uma das plataformas e terá opção com e sem publicidade.

Por enquanto, o combo só estará disponível nos EUA, e sua comercialização por lá começa durante o verão norte-americano (entre junho e agosto). Se tudo funcionar como esperado, o pacote deve ser comercializado em outros mercados.

Vale lembrar que Disney, Warner Bros. Discovery e Fox estão tentando vingar o megapacote de canais esportivos por streaming nos EUA, mas enfrentam as restrições legais e acusações de monopólio.

 

Por que não é uma novidade

Na verdade, é uma tendência que já se faz presente nos serviços de streaming que já estamos utilizando neste momento.

Mencionei o exemplo do combo Globoplay + Disney, mas quando olhamos para o que a Amazon faz com os diferentes “channels” de conteúdo, ou para o Claro TV+ (que também oferece a contratação de plataformas de streaming com desconto), é fácil perceber que a realidade já é essa apresentada pela nova parceria.

Então, não chega a ser algo tão surpreendente assim.

O importante aqui é entender quem se beneficia mais com a parceria.

A Warner Bros. Discovery é quem mais precisa desse combo, pois David Zaslav tenta desesperadamente justificar as decisões recentes, principalmente a fusão do HBO Max com o Discovery+.

O grande problema para os grandes estúdios é que o streaming não é o tipo de serviço que rende um retorno comercial sustentável de forma imediata. É um ativo que só se paga a longo prazo, e depois de muito investimento.

A própria Netflix teve uma década de prejuízos, gastando a paciência dos investidores ao máximo para só agora lucrar com o seu streaming. E, ainda assim, no meio do caminho, precisou “rasgar” o contrato de fidelidade com o usuário, virando as costas para o compartilhamento de contas.

Na prática, todas as plataformas de streaming seguem neste momento os passos da Netflix, acabando com as contas compartilhadas, adicionando a publicidade, retirando a qualidade de streaming e aumentando os valores de mensalidade.

A única coisa que estão fazendo diferente é a união dos serviços para tentar sobreviver de forma sustentável no setor.

E neste aspecto, até a Netflix adotou essa estratégia, com parcerias com serviços de telefonia e internet.

Ou seja… nada de novo. Um mais do mesmo.

Boa sorte para todos.


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