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As marcas de celulares que desapareceram, e aquelas resilientes. Todas icônicas

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Se você parar para pensar em como o mercado de telefonia móvel mudou nos últimos 10 anos, constatamos que muita coisa mudou de lá para cá. Por exemplo, a Xiaomi já vendia telefones, mas OPPO e Google sequer existiam no segmento.

Hoje, o mercado é dominado por Apple, Samsung e pela própria Xiaomi. Huawei e Motorola (by Lenovo) são coadjuvantes em um segmento que já foi muito mais polarizado e diversificado.

Muitas marcas desapareceram, algumas resistiram ao tempo, e todas ainda buscam um espaço no mercado. E no momento em que a Meizu anunciou a sua saída do mercado de smartphones, entendo que vale a pena fazer uma reflexão sobre o assunto.

 

As marcas que desapareceram

Muitas marcas que eram dominantes nos anos 90 simplesmente sucumbiram com a ascensão dos smartphones, principalmente com a chegada do iPhone em 2007.

O exemplo mais memorável nesse processo de desaparecimento é o da BlackBerry, cujo CEO chegou a zombar de Steve Jobs após o anúncio do iPhone. Hoje, a marca que era líder nos smartphones corporativos é apenas uma lembrança que virou um filme recentemente.

A Siemens também é lembrada por muitos usuários, oferecendo telefones icônicos com teclado e design com o acabamento em azul bem definido. Vários modelos se transformaram em elementos que hoje fazem parte da história da telefonia móvel.

Me arrisco a dizer que a finada Sony Ericsson é outra marca que é muito lembrada até hoje pelos mais saudosistas. Alguns dos telefones como os modelos da linha Sony Walkman são referência até hoje, como parte de um passado que ficou na história.

E agora, a Meizu. Ela nem era tão popular aqui no Brasil, mas chegou a receber algum destaque com alguns modelos muito pontuais. Porém, era um fabricante considerado minúsculo diante de todo um mercado completamente ocupado por marcas mais robustos.

 

As marcas resilientes

A Motorola é uma marca que podemos chamar de “persistente”. Na verdade, foi vendida para a Google, que lançou excepcionais smartphones como as primeiras gerações do Moto G e do Moto X, para depois ser vendida novamente para a Lenovo, que manteve o seu legado.

Hoje, a Motorola voltou a ser um forte player no mercado brasileiro, e até oferece bons smartphones como o Motorola Edge 40, que combina qualidade de construção e preço acessível.

A Alcatel foi outra protagonista do passado que soube se manter no mercado. Antes, ela era mais conhecida por lançar celulares grandes com antenas e teclas, mas soube se adaptar às necessidades atuais, e agora lança smartphones econômicos com preços acessíveis.

E por que não dizer da Nokia, que foi a marca mais popular do passado, mas passou por muitas mudanças nos últimos anos. Primeiro, foi adquirida pela Microsoft, que só quis as suas patentes de telefonia. Depois, o pessoal da HMD Global ficou com os direitos de uso da marca, e depois de vender ilusões para um retorno triunfal, decidiu matar a marca finlandesa novamente.

Na prática, a Nokia agora vai focar nos relançamentos dos icônicos celulares do passado, e vai abandonar os smartphones de vez. Ou seja, uma morte em partes. Não matou por completo, mas abandona a grande competição.

Cada uma das marcas que conseguiram sobreviver aos efeitos do tempo (e à voracidade de Samsung e Apple) merece os nossos aplausos e reconhecimento. Na verdade, não entendemos direito como esses fabricantes chegaram até aqui. E até por isso eles merecem os nossos aplausos.

Se bem que, em alguns casos, eu gostaria mesmo que a marca pagasse os usuários abandonando a prática da obsolescência programada. Eu prefiro ter as atualizações dos telefones do que ter que trocar de dispositivo antes do desejado.

Não é mesmo, dona Motorola?


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