Chegou a hora de olhar para os lados.
Já que “acabou o amor” da Netflix com os seus assinantes, pois a divisão das contas na plataforma de streaming se encerrou de uma vez por todas, é preciso identificar quais são as outras opções disponíveis que ainda estão amando quem faz isso.
A Amazon Prime Video se destaca como uma alternativa atraente à Netflix, HBO Max e Disney+, por causa de sua política de ainda permitir o compartilhamento de contas e senhas.
E demonstra esse amor todo tirando sarro da Netflix nas redes sociais, o que é sempre ótimo.
O bullyng do Prime Video
As redes sociais do Amazon Prime Video compartilharam uma imagem com a seguinte mensagem:
“Quem está vendo? Qualquer um que tem a nossa senha.”
Traduzindo: a Amazon Prime Video não só permite o compartilhamento de senhas por parte dos seus assinantes, mas também oferece a possibilidade de criar perfis independentes e permite a transmissão simultânea em três dispositivos;
Ou seja, essa prática de compartilhamento de contas no Prime Video não é um problema para a gigante de internet…
…AINDA!
Lembrando sempre que o Prime Video permite que os usuários criem perfis diferentes, o que faz com que cada conta cadastrada mantenha o seu histórico de visualização e perfis de contas.
Sim… legal… ótimo. Tudo muito lindo. O Prime Video tem um enorme potencial para se tornar a próxima Netflix se cair no gosto de todo mundo.
Tudo bem, não consegue ser o novo Spotify, mesmo com o Amazon Music oferecendo mais de 100 milhões de músicas de graça para os assinantes Prime (o que não é o suficiente para entregar as melhores músicas sem a assinatura Unlimited), mas não podemos reclamar pela tentativa.
Porém…
A Amazon não precisa ser rentável no streaming. A Netflix, sim
Neste momento, o Amazon Prime Video seja praticamente um presente para aqueles que têm uma assinatura Prime, já que esse não é o principal ativo da gigante varejista da internet.
Com um valor de R$ 14,90 por mês (ou R$ 119 por ano), o acervo é mais do que interessante, com filmes indicados ao Oscar, séries indicadas ao Emmy e eventos esportivos como Copa do Brasil e NBA.
Porém, nada impede a Amazon de decidir monetizar seu serviço de vídeo em streaming em algum momento no futuro. Até porque seria uma leviandade da minha parte não lembrar que na vida existe a frase “nunca diga nunca”.
Enquanto o Prime Video não está “sob pressão” daqueles que pagam religiosamente pelo Prime, a Amazon pode oferecer o serviço com um preço muito competitivo, mas com um catálogo de conteúdo notavelmente inferior ao da HBO Max e Netflix.
Com o tempo, essa questão do catálogo é contornada com eficiência. Nos últimos anos, várias produções de destaque chegaram ao catálogo e se tornaram exclusivos da plataforma, como “O Senhor dos Anéis: os Anéis do Poder” e a inclusão de joias como “Fleabag”, “AIR: A História Por Trás do Logo“, “Aves de rapina” “Tár”, “The Marvelous Mrs. Maisel” ou “Argentina 1985”.
E isso fatalmente agrega valor ao serviço de streaming da Amazon.
Sim, eu sei. Ninguém da nada de graça para sempre. Mas está mais ou menos claro que a Amazon Prime Video parece estar mais interessada em aumentar sua base de clientes do que em obter lucros com seu serviço de streaming.
Enquanto o cenário não mudar, vamos aproveitando dessa generosidade da Amazon. E de todo o bullying que ela vai fazer com a colega Netflix.
E com boa dose de razão. Errada ela não está.