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O que Donald Trump, Paris Hilton e Mark Zuckerberg tem em comum no mundo tech?

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Você conhece a teoria dos “seis graus de separação”?

Eu tenho quase certeza que sim. Existem até filmes falando sobre isso. Mas a audiência é rotativa, e nem todo mundo tem grana para ir ao cinema, ou tem gente que é culturalmente pobre porque prefere se informar por grupos do ZapZap.

A teoria dos “seis graus de separação” diz que qualquer pessoa está conectada a qualquer outra pessoa do planeta através de um intervalo de, no máximo, seis pessoas. Sabe como é: você, que conhece alguém, que conhece alguém, que conhece alguém, que conhece o Brad Pitt.

No mundo da tecnologia, não só essa teoria é válida, como também existem as características semelhantes, inclusive nos hábitos negativos que até mesmo você pode ter adotado, e nem sabe.

 

O rolê aleatório para o desleixo na segurança de dados

Neste caso em especial, vamos pegar como exemplo três pessoas muito populares, mas com atividades profissionais muito diferentes. De alguma forma, elas se aproximam neste rolê aleatório da vida pela mesma característica desleixada nas suas vidas.

Apresentando as celebridades: a socialite Paris Hilton, o ex-presidente dos Estados Unidos (e uma das maiores ameaças ao mundo civilizado) Donald Trump, e o principal responsável pelo Meta (e outra grande ameaça à paz no planeta Terra) Mark Zuckerberg.

Então… antes de serem celebridades, são pessoas. São humanos, por incrível que pareça. E, vejam só vocês, cometem erros. E nesse caso em particular, são erros grosseiros. Erros de gente burra mesmo.

Em comum, as três celebridades desse rolê aleatório da vida tiveram as suas respectivas contas nas redes sociais hackeadas em algum momento da vida. E o motivo é o mesmo para cada um deles: o uso de senhas muito frágeis ou débeis.

Ou seja, se até o criador do Facebook adotou uma senha fraca para proteger a sua conta, por que pensar que a grande maioria dos usuários de tecnologia não está fazendo exatamente a mesma coisa neste exato momento?

É por isso que estou aqui, perdendo parte do meu tempo para lembrar mais uma vez aos mais leigos sobre a importância em reforçar as suas credenciais online. E, para isso, vou usar os exemplos de pessoas muito populares, que agiram de forma estúpida e adotaram senhas muito vulneráveis para “proteger” (e entenda a ironia nas aspas) em suas contas.

 

Não seja estúpido como Donald Trump

Vamos começar pelo idiota-mor da humanidade dos últimos anos: Donald Trump.

O cara que se acha o “badass” do mundo tinha uma senha tão absurdamente fácil, que um hacker holandês teve acesso à sua conta no Twitter em 2018 com a mesma simplicidade exercida para piscar os olhos ou respirar.

Até porque a senha de Trump naquela época era “yourefired”, jargão que o magnata popularizou no período quando apresentou o reality competition “The Apprentice”, versão norte-americana de “O Aprendiz” na NBC.

Isso mesmo… você acabou de descobrir que Roberto Justus e João Dória foram dois cosplays de Donald Trump como apresentadores de televisão.

O que chama atenção em Donald Trump é que o nível de ignorância dele é enorme, a ponto de repetir o erro. Em 2020, sua conta no Twitter foi novamente hackeada pelo mesmo motivo, uma vez que a senha que ele adotou para proteger o seu acesso à rede social de propriedade de Elon Musk era “maga2020!”.

 

Prove que o seu QI é maior que o da Paris Hilton

Deixando de lado o homem com pele cor laranja (e eu não vou criticar isso, pois é racismo), passamos para a segunda celebridade deste artigo: Paris Hilton.

A herdeira de uma luxuosa rede de hotéis, protagonista de vídeos adultos caseiros, fashionista e co-apresentadora de realitys que humilham o estilo de vida dos mais pobres também não tem um intelecto muito desenvolvido para escolher suas senhas.

A moça, que aparece no sugestivo filme “One Night in Paris”, tinha como senha para a sua conta na operadora de telefonia móvel T-Mobile a expressão “tinkerbell”, que era o nome do seu cachorro de estimação.

E como o seu cachorro é famoso o suficiente para ter uma conta nas redes sociais, não foi algo muito complicado para que alguém com muito tempo livre e boa dose de esperteza realizasse ao menos uma tentativa com esse termo. Como “prêmio”, o acesso à conta de uma celebridade.

 

Nem Mark Zuckerberg pensou direito em sua senha

Até Mark Zuckerberg teve suas credenciais nas redes sociais hackeadas. Mas devo reconhecer que, no caso do dono da Meta, o cenário foi um pouco mais complexo do que parece.

Primeiro, porque o menino Zuck não teve apenas uma credencial de redes sociais hackeada. Foram TRÊS PLATAFORMAS COMPROMETIDAS de uma vez: Pinterest, Twitter e Facebook.

Segundo, quem hackeou as contas de Zuckerberg foi um grupo de hackers profissionais, o OurMine. E não um moleque de 16 anos desocupado entre um jogo de videogame e um prazer solitário ao assistir o tal filme da Paris Hilton.

Mas o que torna Mark Zuckerberg ainda mais estúpido do que os dois primeiros mencionados neste conteúdo foi usar uma senha muito comum nos Estados Unidos em três plataformas diferentes, o que permitiu o acesso simultâneo aos serviços.

Ah, sim… a senha que Zuck utilizou…

Cante comigo: “dadada”.

Ah… vai me dizer que você não conhece essa música?

A senha de Mark era uma referência à música da banda de música eletrônica Trio, que se chama “Da Da Da”. A canção ficou muito popular na década de 1980 nos Estados Unidos, e foi incorporada na cultura do coletivo daquele país.

 

O que aprendemos com tudo isso, crianças?

Que não podemos ser burros como Donald Trump, Paris Hilton e Mark Zuckerberg.

Está mais do que claro que o uso de senhas pessoais ou com referências culturais não funcionam como credenciais seguras. Frases ou nomes de domínio público (incluindo o nome do seu animal de estimação que tem conta no Twitter) devem ser evitadas como ferramentas para proteger as suas contas em serviços online.

A lição que aprendemos aqui é a mais óbvia do mundo, mas que muitos internautas insistem e não aprender: é nossa obrigação criar senhas complexas, com diferentes tipos de letras (maiúsculas e minúsculas), números e caracteres especiais.

Precisamos complicar ao máximo a vida dos hackers. A não ser que você queira ter algo em comum com Donald Trump e Paris Hilton.

E esse algo está bem longe de ser os números na conta bancária.


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