Ah, dona Netflix… a senhora virou uma carrasca nefasta. Só pode!
Eu cheguei a te amar quando eu te conheci PESSOALMENTE em 2011, quando a senhora chegou ao Brasil. Te defendi, te homenageei. Até cheguei a trocar mulheres por você em várias e várias oportunidades, principalmente durante o Drive to Survive.
Achei a senhora o máximo. Agora, acho a senhora pior do que a madrasta do Christian Grey. Até porque sua tentativa patética de fazer o seu 50 Tons de Cinza chamado 365 Dias é uma das piores coisas que eu vi em toda a minha vida.
Bom… tá liberado pra falar mal da Netflix, agora que a divisão de contas acabou e se tornou algo muito pior do que os nossos piores e mais criativos pesadelos.
Por que eu não li as letras miúdas?
Eu cheguei a produzir um conteúdo (pasmem) DEFENDENDO a divisão das contas na Netflix, mesmo com o aumento de valores através dos tais assinantes extras. Fiz isso porque, de forma estúpida e inocente, acreditei que a plataforma cobraria os valores adicionais dos mesmos quatro assinantes extras que existiam nas contas do plano 4K.
Porém, tal e como faz um analfabeto que acredita em fake news enviadas pela Jovem Pan em um canal qualquer do Telegram, eu não fiz o dever de casa que, neste caso, é ler as letras miúdas que revelam os detalhes mais específicos sobre como vão funcionar os assinantes extras na Netflix.
É claro que eu excluí esse artigo do blog, e joguei fora um vídeo inteiro falando sobre o assunto. Estou produzindo esse conteúdo do zero, mas dessa vez estou devidamente movido pela força do ódio contra a Netflix, tal e como eu deveria ter feito desde o começo.
Desde já, eu peço desculpas pelos leitores por ser um ingênuo diante de uma plataforma de streaming que acha que pode fazer o que quiser com a gente. Só porque oferece realitys de pegação em praia, Stranger Things e um documentário incrível sobre automobilismo.
Agora que fiz o meu “mea culpa”, vamos aos fatos.
A carrasca mandando a chibata no lombo de todo mundo
Assim como muito provavelmente aconteceu com você, é meu dever transmitir informações corretas e precisas sobre os detalhes envolvendo as tais “contas convidadas” da Netflix. E esse termo é muito cretino, pois só pobre ferrado convida os amigos para jantar em um restaurante e, no final, manda o vergonhoso “cada um paga o seu”.
É o seguinte.
Os usuários dos planos Padrão (FullHD, R$ 39,90/mês) e Premium (4K, R$ 55,90/mês) só poderão contar com, no máximo, 1 e 2 assinaturas extras, respectivamente. E, ainda assim, serão contas que só podem acessar um único dispositivo por vez, realizando downloads em apenas um smartphone, tablet ou computador e não pode criar perfis adicionais.
Ou seja, é mais restrito do que a porcaria do plano básico com anúncios que, de forma bem sacana, tem uma resolução FullHD, não possui todo o catálogo da plataforma e pode ser acessado por até dois dispositivos, por um preço de R$ 18,90/mês.
É dessa forma que a danada pegou o chicote e começou a estalar no lombo de todos os assinantes.
E foi por causa disso aqui que um artigo para este blog e um vídeo no YouTube foram atirados na lata do lixo, com toda a raiva que abrigo neste momento em meu coração.
Dá até para imaginar que tudo isso que está acontecendo diante dos nossos olhos é uma prova extra do Round 6. Só isso explica esse nível de tortura financeira que a plataforma de streaming está promovendo contra os assinantes que ainda vão ficar no serviço depois dessa.
Acabou o amor, dona Netflix!
Tudo bem, até eu reconheço que tudo o que estou falando aqui é um choro de um pobre ferrado que precisa escolher se vale a pena comprar carne para me alimentar duas semanas ou assistir Café com Aroma de Mulher.
É bem possível que a Netflix acabe se dando bem nessa, já que alguns assinantes vão optar em permanecer na plataforma, mesmo pagando um ticket médio de R$ 20 por mês para ver todos os conteúdos (e se livrar dos anúncios).
Mas… se o brasileiro reclama de ter que pagar para ver comercial na TV por assinatura (e também por isso abandonou essa proposta arcaica de entretenimento), o que dizer da dona Netflix que, agindo como uma senhora safada, tenta brincar de dominatrix com o nosso cartão de crédito?
Os internautas estão xingando muito no Twitter, e a tendência em um primeiro momento é um abandono em massa da Netflix. Apenas no meu grupo de divisão de contas já foram duas desistências, e até eu estou repensando essa relação doentia com essa plataforma de streaming.
Pode até ser que eu permaneça na Netflix por puro masoquismo, ou porque acho Drive to Survive algo realmente divertido e viciante. Mas nesse primeiro momento, eu me uno ao coro dos descontentes, e chamo essa senhora de vaca nefasta, uma cadela de marca maior. Uma portadora ilícita de joias vindas por contrabando da Arábia Saudita, que não declara diamantes na alfândega quando chega ao Brasil, e recebe cheques de empregados de forma inexplicável.
Já podemos fazer piada sobre isso? Ou ainda é muito cedo.
Eu realmente estou curioso para descobrir como o coletivo vai reagir diante das chibatadas da dona Netflix. E vou proteger o meu cartão de crédito dessa violência explícita.
E você? O que vai fazer?