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Sony eliminando conteúdos comprados pelos usuários no PlayStation? Como assim?

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A compra de produtos digitais é cada vez mais comum, abrangendo filmes, programas de TV e jogos de videogames, que são TEORICAMENTE armazenados em bibliotecas digitais.

E… você prestou a atenção que eu coloquei a palavra TEORICAMENTE em CAIXA ALTA para dar ênfase para algo que, na prática, não é bem assim que acontece?

A transição para o digital oferece conveniência e praticidade para os usuários, mas também apresenta um lado bem amargo da equação, tal e como acontece com a recente decisão da Sony na divisão PlayStation.

 

Nada é para sempre nesse mundo

Contrariando a percepção de durabilidade, os conteúdos digitais não garantem acesso vitalício, diferentemente dos produtos físicos. A qualquer momento, você pode perder o acesso ao conteúdo que aquela empresa prometeu que seria “para sempre” em uma plataforma online.

Foi exatamente isso o que aconteceu com os usuários do PlayStation em alguns mercados ao redor do planeta. Conteúdos que foram adquiridos pelos gamers foram removidos da plataforma online da Sony, e quem pagou por isso simplesmente vai ficar só na saudade.

Até agosto de 2021, a PlayStation permitia a compra de filmes e programas de TV online, mas interrompeu a venda devido ao uso de serviços de transmissão baseados em assinatura e publicidade. Até aí, tudo bem: os direitos de várias produções foram migrados para plataformas próprias, e não fazia sentido a Sony manter uma loja que ia dar prejuízo.

Apesar do encerramento da loja de programas de TV, os conteúdos comprados eram mantidos para reprodução na área específica do grupo Discovery. No entanto, uma nova comunicação emitida pela Sony revela mudanças que vão deixar muitos usuários simplesmente revoltados.

Devido a acordos de licença, os conteúdos da Discovery adquiridos anteriormente não serão mais acessíveis pelos usuários PlayStation, mostrando mais uma vez que o conteúdo digital não é para sempre, mesmo que você pague por ele.

 

Quem é o dono do conteúdo online?

DICA: não é você.

A verdadeira propriedade do conteúdo digital online pertence aos criadores, produtores e donos dos direitos autorais. O streaming e os vídeos on demand permitem um controle total dos conteúdos, algo que as mídias físicas não permitiam. E esse mundo só é perfeito para as plataformas e empresas envolvidas, e não para você.

O usuário que compra um filme, série de TV ou jogo de videogame em uma plataforma digital possui NO MÁXIMO o direito de utilização desse conteúdo, mas não a propriedade da obra. Diferente da mídia física, onde aquela unidade que você comprou no Carrefour do game The Last Of Us é sua, e você faz com ela o que quiser (desde que respeite os termos de uso do fabricante).

A prática de uso de direitos de uma obra na internet é basicamente o mesmo que ter um NFT: você compra por uma bobagem digital que pode ser replicada a qualquer momento, mas aquilo não é seu. Essa falsa noção de propriedade intelectual associada às compras digitais reforça a ideia de que o digital é mais um aluguel do que uma posse.

Os defensores das mídias físicas ganham um novo argumento em meio à preferência das empresas pela distribuição digital. E nesse embate, tenha certeza de uma coisa: as grandes corporações buscam apenas e tão somente a rentabilidade na distribuição online, e quem perde SEMPRE é o consumidor.

Não somos donos de nada. E vários jogos, filmes e séries de TV estão desaparecendo porque os usuários não contam com qualquer chance de preservar essas obras.

E é por isso (também) que Paul Torrent tem tudo para ser o próximo presidente.


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