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Para a Xiaomi, o futuro da fotografia nos smartphones está no software

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Os novos Xiaomi 13T e Xiaomi 13T Pro são smartphones top de linha que contam com uma característica que o diferencia de outros dispositivos do mercado (ou que pelo menos é o principal apelo da marca junto ao público consumidor): o claro foco para a fotografia por excelência.

Para isso, a Xiaomi estabeleceu uma parceria com a Leica para esses dois telefones, com lentes, modos personalizados e calibração das câmeras específicos para esses dispositivos.

Dessa forma, a Xiaomi quer dar um passo adiante da concorrência, entregando alternativas de smartphones voltados para os fãs da fotografia e registro de vídeo por excelência, prometendo a reprodução da realidade em imagens estáticas perfeitas.

 

Foco na fotografia realista

Estamos diante de uma mudança de paradigma dentro da própria Xiaomi. Na verdade, mais uma.

A marca, que antes pensava em obter apenas 5% de lucro de cada dispositivo vendido, transformou a marca principal em premium e apostou na segmentação para oferecer produtos que atendessem aos diferentes públicos para se tornar mais sustentável.

O próximo passo foi entender que usuários premium exigem câmeras de smartphones diferenciadas e que entregam fotos e vídeos de alta qualidade. E para ter um diferencial em relação aos seus concorrentes, a Xiaomi dá mais ênfase para a chamada fotografia realista, que tanto faz sucesso junto aos usuários asiáticos e também pelos entusiastas ocidentais dentro do universo da melhor imagem.

Dessa forma, os ajustes fotográficos do Xiaomi 13T e Xiaomi 13T Pro passam a priorizar a colorimetria os diferentes modos de design para priorizar a melhor qualidade de imagem, ao mesmo tempo em que se aproxima dos resultados mais fiéis à realidade que os olhos do usuário conseguem detectar.

Para alcançar esse objetivo, a Xiaomi precisou desapegar da ideia de entregar sensores com números inflados nos megapixels. E isso é algo que eu defendo a algum tempo: uma câmera com muitos megapixels não necessariamente vai entregar a melhor qualidade de imagem; ela só vai oferecer a possibilidade de registrar fotos de grande tamanho, que podem ser utilizadas para impressão ou finalidades profissionais.

E, ainda assim, os demais fatores que são mais relevantes precisam ser levados em consideração para confirmar se aquela foto enorme pode ser utilizada em um banner ou outdoor.

É sempre importante lembrar que o Xiaomi 12T Pro lançado no ano passado chegou ao mundo com um sensor traseiro principal com nada menos que 200 MP, enquanto os dois modelos apresentados este ano recebem sensores principais de 50 MP, confirmando assim a forte mudança na estratégia por parte do fabricante.

Com essa parceria com a Leica, a Xiaomi está centrando o seu discurso para apresentar as propriedades fotográficas dos novos 13T e 13T Pro com foco na qualidade dos sensores, incluindo todas as tecnologias que a sua parceira oferece para alcançar os resultados prometidos.

E do seu lado, a mesma Xiaomi também enfatiza a qualidade de processamento dos dispositivos, considerando o trabalho do chip principal com o software personalizado pela marca. E é essa combinação de fatores (e não um sensor monstro com 200 MP) que vai entregar as tais fotos realistas que as pessoas tanto desejam registrar nesse momento.

 

O futuro da Xiaomi no segmento fotográfico dos seus smartphones

Essa aposta singular no Xiaomi 13T em obter a melhor qualidade fotográfica a partir de uma experiência personalizada pela Leica marca também uma linha divisória mais clara entre essa série de smartphones e os dispositivos flagship da Xiaomi (Xiaomi 13, 13 Pro, 13 Ultra).

Dessa forma, a empresa segue os passos de outros fabricantes de smartphones Android que também decidiram separar suas famílias de produtos para conquistar públicos específicos. E o tempo mostrou que essa estratégia funciona.

De um modo geral, os smartphones da Xiaomi ainda são mais acessíveis do que seus equivalentes da Apple e da Samsung, mesmo com a importação ficando um pouco mais complicada para o consumidor brasileiro, e até mesmo com os valores oficiais da marca chinesa (através da sua parceria com a DL Eletrônicos) não sendo dos mais competitivos por aqui.

Por outro lado, a Xiaomi pode seguir ganhando mercado por oferecer essas características que são consideradas únicas nos seus telefones. E alguns usuários certamente serão atraídos pelos detalhes que só estão disponíveis nos telefones da marca.

A aposta da Xiaomi na fotografia realista reforça uma tendência de mercado. Os usuários estão optando por telefones que registram imagens com uma representação mais natural das cores, com um foco maior nos recursos de software e na personalização das funções para o registro de imagens que são mais próximas da personalidade e estilo do usuário ou fotógrafo.

O que é algo positivo. Em alguns casos, fica fácil saber qual é a marca que registrou uma determinada imagem compartilhada nas redes sociais, pois os ajustes de software daquela câmera tendem a ser os mesmos em todos os modelos de smartphones que recebem aquele sensor ou software.

Talvez a Xiaomi esteja se antecipando para o que pode ser considerado o próximo avanço no segmento de fotografia nos smartphones, com softwares cada vez melhores e mais inteligentes, um nível extremo de personalização de recursos e funcionalidades e (por que não dizer isso) um software que vai se adaptar por completo ao usuário, principalmente se trabalhado com alguma linguagem de inteligência artificial.

Com tudo isso, a Xiaomi deixa claro que, para ela, o software tem uma importância enorme nas propriedades fotográficas dos seus smartphones. A Leica até possui um papel significativo dentro dessa nova proposta, mas os recursos integrados no aplicativo de Câmera e a capacidade de pós processamento do Xiaomi 13T e do Xiaomi 13T Pro devem fazer toda a diferença na competição com os sensores fotográficos dos seus principais adversários.

Não deixa de ser uma abordagem bem interessante, que vai por um caminho um pouco diferente da Apple, mas que se aproxima do Google (Pixel) de alguma forma. Não podemos nos esquecer que um dos trunfos dos telefones da gigante de Mountain View é o app Google Camera, e isso passa bem longe de ser uma solução de hardware.

E aqui, tudo leva a crer que os chineses aprenderam alguma coisa com os norte-americanos.


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