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O que você ganha (e perde) com a chegada do Max no Brasil

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A Warner Bros. Discovery finalmente definiu a data que a criança chamada Max (e esse nome ainda é muito ruim) vai nascer em vários países da América Latina e, por tabela, no Brasil.

A nova plataforma de streaming estreia por aqui em 27 de fevereiro de 2024. E temos que encarar como nova, pois vai receber vários conteúdos adicionais do Discovery+, além de apresentar novos planos para os assinantes.

É preciso compreender neste momento o que vamos ganhar e perder com a chegada do Max. Até mesmo para que cada um descubra se vale a pena seguir pagando pelo serviço.

 

O que você ganha com a chegada do Max

 

Os atuais assinantes do HBO Max começaram a ser notificados sobre a mudança e, pelo menos neste primeiro momento, a Warner Bros. Discovery está sendo muito transparente para comunicar de forma clara o que vai mudar com a chegada do Max.

Além disso, existe também aquela tentativa em convencer todo mundo que “tudo vai mudar para melhor”, e que existem vantagens que o Max vai entregar para os usuários que permanecerem na plataforma.

Para quem é assinante do HBO Max e ficar na plataforma até 27 de fevereiro, a migração é automática. Perfis, histórico de visualizações e lista de programas serão migrados para o Max automaticamente. Os dados de login, senha e faturamento da mensalidade permanecem os mesmos.

Dependendo do dispositivo, o aplicativo do HBO Max será atualizado automaticamente para o Max. Caso contrário, ao executar o aplicativo da finada plataforma de streaming, o usuário vai receber uma notificação solicitando a atualização do software.

O principal ganho (exceto o conteúdo adicional) é que a Warner Bros. Discovery garante que os descontos ativos na sua atual conta do HBO Max, como os 50% para quem aderiu ao serviço na sua estreia ao Brasil, estão mantidos.

Nada é dito sobre os descontos estabelecidos com os parceiros em operadoras de TV por assinatura e em empresas como Mercado Livre e Rappi, mas tudo leva a crer que serão mantidos ou proporcionais aos novos planos do Max.

Por último (e não menos importante), todo o catálogo do Discovery+ entra no Max de forma imediata, transformando o novo serviço de streaming em um pequeno megazord, com um acervo robusto e diversificado.

 

O que você perde com a chegada do Max

Nem tudo são flores nessa vida. Mas nem tudo são espinhos também.

A principal diferença do Max para o (agora considerado finado) HBO Max é que os assinantes terão que pagar mais caro para receber exatamente o serviço que antes custava R$ 34,90 por mês. Por outro lado, novos pacotes vão estrear.

Aliás, antes de falar nos preços de cada plano de assinatura, eu devo deixar registrado que eu entendo claramente o descontentamento de muitos usuários antigos com a chegada do Max.

Para boa parte dos atuais assinantes do HBO Max, a inclusão do catálogo do Discovery+ e nada é exatamente a mesma coisa. Muitos não fazem a menor questão de pagar a mais para ignorar realitys como Largados e Pelados.

E a alternativa para isso é pagar A MAIS para ter uma QUALIDADE DE IMAGEM MENOR, além de ter MENOS DISPOSITIVOS PARA REPRODUÇÃO SIMULTÂNEA.

Aqui, a Warner Bros. Discovery encontrou a sua forma de repetir a “fórmula Netflix”, que o tempo mostrou que funcionou de forma impecável, já que registrou recentemente um aumento de assinantes maior que a era pré-pandemia.

Na prática, quando o Max chegar, você terá que pagar R$ 20 A MAIS do que você pagava para ter o mesmo plano que antes custava R$ 34,90 mensais, com as mesmas características.

E, por coincidência ou não, o valor adicional é exatamente o mesmo que era cobrado pelo (igualmente agora finado) Discovery+ (R$ 21,90/mês).

David Zaslav fez as contas, e entendeu que a imensa maioria vai pagar A MAIS para, pelo menos, TER O MENOS PIOR. O plano Padrão sem anúncios por R$ 39,90 por mês é a melhor relação custo/benefício no momento, mesmo com apenas duas telas simultâneas.

E o plano Padrão com publicidade a R$ 29,90 mensais consegue ser pior que o da Netflix, mesmo com o aumento de catálogo e permitindo a visualização em duas telas. Ele está só para constar.

Por fim, para aqueles que vão seguir dividindo as contas no Max, o plano Premium com 4K a R$ 55,90/mês permite até quatro telas simultâneas, e cada pessoa vai ter que pagar a mais pelo serviço de qualquer forma.

E isso, porque o Max ainda não se pronunciou sobre as divisões de contas. Pode ser que isso acabe no futuro.

Com tudo isso, Zaslav concluiu seu plano de tornar o Max mais rentável. E diante do que a Netflix conseguiu, eu não tenho motivos para não acreditar que as mudanças podem funcionar para a Warner Bros. Discovery.

 

O Max… vale a pena?

Em termos de conteúdo, o Max nasce robusto, com muita quantidade. Analisar a qualidade é algo subjetivo, pois reforço que muitos usuários do antigo HBO Max não estavam sentindo muita falta do conteúdo do Discovery+.

O catálogo do Max é um dos melhores entre os principais serviços de streaming, e precisa ser para bater de frente com uma concorrência pesada.

Com a Netflix como força dominante e o Disney+ virando um megazord do streaming após a fusão com o Star+, a missão do Max no Brasil é complicada. Mas tem um acervo de conteúdo de respeito.

E isso, porque não estou mencionando o Prime Video, que agregou conteúdos importantes e se tornou um autêntico hub de conteúdo ao fechar parcerias com várias outras plataformas. E o Peacock, serviço da NBC Universal, que deve desembarcar no Brasil em um futuro a médio prazo.

Olhando apenas para o que o Max vai ser, ele certamente vale a pena para quem não vive sem o seu acervo. Se vale a pena continuar depois do fim do HBO Max, entendo que essa é uma avaliação individual, levando em conta as diferenças financeiras estabelecidas.

E fico na torcida, de verdade, para que o aplicativo do Max seja melhor que aquela porcaria que o HBO Max sempre foi. Um app pesado e quase inutilizável em algumas plataformas.

Se o novo vier e trouxer melhorias neste aspecto, eu já me dou por muito satisfeito.


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