A Xiaomi se esforçou bastante para fazer do POCO X6 e do POCO X6 Pro smartphones atraentes para o grande público. E conseguiu: até o site da Xiaomi Brasil tem uma página bem completa falando sobre ele, o que facilitou a produção de conteúdo para o meu site.
Mas preciso seguir a regra do “não existe produto de tecnologia perfeito neste mundo”, e até mesmo os novos telefones da Xiaomi contam com alguns detalhes que fatalmente devem incomodar aos usuários mais exigentes.
Neste artigo, eu apresento os cinco motivos que justificam a NÃO compra do POCO X6 e do POCO X6 Pro. Ou que pelo menos devem fazer alguns usuários repensarem a compra.
Processador MediaTek em um smartphone Pro
Aqui, eu realmente não entendi o que aconteceu, e espero que a Xiaomi algum dia nos explique essa decisão.
O POCO X6 Pro recebe o processador MediaTek Dimensity 8300 Ultra, com fabricação de 4 nanômetros. Um ótimo processador para um telefone com as suas características técnicas.
Porém, o POCO X6 normal recebe o processador Snapdragon 7s Gen 2, também fabricado em 4 nanômetros. Um chip que, em teoria, é mais popular junto aos consumidores (e teoricamente mais versátil e mais econômico no consumo energético).
A única explicação plausível para essa decisão é equilibrar a relação custo-benefício. Até porque o modelo Pro possui RAM e armazenamento mais velozes que o modelo normal. Ou seja, “tiro em uma coisa e agrego em outra”.
Memória mais lenta no modelo com Snapdragon
Esse motivo é derivado do outro, e complica a recomendação do POCO X6.
De pouco vale ter um processador que, em teoria, é mais potente do que aquele presente no modelo Pro se a RAM é uma LPDDR4X e o armazenamento está no padrão UFS 2.2?
Repito: isso não faz desse smartphone uma porcaria ou algo inutilizável. Mas a escolha aqui soa como algo um pouco controverso. Até que a Xiaomi não se pronuncie, eu realmente só posso acreditar que a decisão foi tomada pensando na relação custo-benefício do dispositivo.
O mesmo design
Não que isso seja um problema tão grave assim, mas parece que está flagrante essa falta de originalidade do design nos smartphones. E esse problema alcançou o POCO X6 Pro (e o POCO X6 por tabela).
Ele é esteticamente muito parecido com os modelos das gerações anteriores. E tem cara de telefone mais acessível da POCO, quando ele é um pouco mais caro do que um dispositivo básico.
Eu entendo que a Xiaomi quer reforçar a sua identidade visual. Mas… será que não está na hora de sair do lugar comum no design?
Bluetooth mais lento
O POCO X6 possui uma configuração de Bluetooth no padrão 5.2, o que deixa a versão para trás em relação ao seu irmão com sobrenome Pro, que conta com o Bluetooth 5.4.
Ambos funcionam muito bem com outros dispositivos conectados, mas é evidente que a relação custo-benefício é melhor no modelo Pro, pois vai parear melhor e mais rápido com fones de ouvido, alto-falantes e outros dispositivos compatíveis.
Diferença de preço relativamente pequena
O POCO X6 custa aproximadamente R$ 500 a menos que o POCO X6 Pro, que tende a entregar um pouco mais em termos de desempenho. Então, eu realmente não sei se faz muito sentido pegar o modelo padrão, caso você tenha condições de pagar a mais por isso.
Entendo que os preços dos dois modelos são muito competitivos para as configurações técnicas apresentadas, e até por isso a diferença de preço entre eles é pequena. Porém, a tal da inversão de valores nas especificações técnicas me deixou um pouco incomodado.
Eles valem o quanto custam, mas… seriam mais caros se não tivessem feito aquelas escolhas no processador, RAM e armazenamento?
Fica a dúvida para quem puder responder.