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Novo Apple Pencil prova como o iPad é confuso

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A linha de produtos iPad da Apple sempre se destacou por sua complexidade. Ainda é difícil entender para onde o tablet da gigante de Cupertino vai ou o que realmente quer ser, mas ao menos existe uma diversidade de produtos.

Enquanto outros produtos da Apple como o iPhone e o Apple Watch têm direções claras, o iPad permanece imprevisível. Não sabe se é para produtividade, para o entretenimento, para o trabalho de desenvolvimento pesado, se quer ser um MacBook ou seja lá o que ele realmente quer ser.

Para piorar a situação, a transição para a porta USB-C no iPad ocorreu tardiamente, causando problemas de compatibilidade com o Apple Pencil de segunda geração. O uso prolongado da porta Lightning em alguns modelos de iPad atrasou a transição. Algo que só foi corrigido agora… com um Apple Pencil com USB-C integrado “capado”.

 

Me ajuda a te ajudar, Apple!

A falta de compatibilidade entre as diferentes versões do Apple Pencil e os novos modelos do iPad complicou a escolha para os usuários. Alguns modelos só funcionam com determinados lápis, tornando a escolha confusa e, em alguns casos, irritante.

Eu mesmo fui obrigado a comprar um lápis da Baseus com porta USB-C para ter algum tipo de coerência com a experiência de uso com o meu iPad Mini de sexta geração. Simplesmente me recusava a ser obrigado a usar um adaptador com o Apple Pencil de primeira geração, pois achava um absurdo essa incoerência tecnológica da gigante de Cupertino.

O lançamento do novo Apple Pencil com conector USB-C (que custa nada menos que R$ 899 no Brasil) ocorreu um ano depois do lançamento do iPad 2022, obrigando os usuários a entrar na mesma situação que descrevi no parágrafo anterior: usar o lápis de primeira geração com adaptadores. Aqui, dá até para pensar que a gigante de Cupertino atrasou o novo acessório de propósito, só para causar gatilhos emocionais em quem tem TOC.

E só piora. Escolher um Apple Pencil adequado para um iPad deveria ser uma tarefa simples, mas a existência de três modelos tornou a seleção complexa, frequentemente baseada na compatibilidade e não nas funções de cada versão do lápis.

O que é um problema mais sério do que pode parecer. Afinal de contas, você deveria pensar no que realmente precisa ter no acessório e como será o seu uso no iPad com ele, e não em uma pequena porta conectora que sempre deveria ser universal.

 

É difícil para a Apple fazer o simples neste caso

As diferentes versões do Apple Pencil oferecem várias características, como sensibilidade à pressão, acoplamento magnético, carga e emparelhamento magnéticos, ponteiro flutuante, entre outros. Cada uma delas está presente ou ausente dependendo da versão, mas isso é ignorado por muitos usuários que agora estão preocupados se esse acessório tem ou não o USB-C.

A Apple poderia ter evitado muitos desses problemas ao apostar de forma consistente na porta USB-C em todos os modelos do iPad e em seus acessórios, simplificando o ecossistema como um todo. Mas bem sabemos que usar a porta Ligthning gerava lucros expressivos para a empresa.

E como todo mundo ama o dinheiro…

Entenda a complexidade da situação: neste momento, a família iPad oferece uma ampla gama de modelos, com mais de 30 variantes e preços distintos, tornando a escolha para os consumidores um enorme problema. E ser obrigado a pensar na combinação onde os dispositivos se conversam era algo que simplesmente não deveria existir.

 

E tudo isso AINDA não substitui um Mac

Embora o iPad seja versátil, o sistema operacional iPadOS continua a ser insuficiente para substituir completamente um Mac em tarefas mais avançadas, e quem usa o tablet da Apple sabe muito bem disso.

O iPad ainda está atrás do Mac em várias áreas, o que torna difícil justificar o investimento em modelos caros. Sério: pagar mais de R$ 10 mil em um iPad Pro que faz menos que um MacBook Air e desejar que o tablet faça o mesmo que o notebook é praticamente assinar um atestado de “eu não entendo muito de tecnologia, e só tenho uma boa grana para gastar”.

Mesmo aplicativos profissionais como o Final Cut contam com restrições no iPad que limitam sua eficácia em comparação com o Mac, que oferece uma experiência de uso completa.

Por melhor que o iPad seja, ainda falta competitividade para ele em determinadas áreas de atuação profissional. Para que o tablet da Apple se torne uma alternativa real ao Mac, é necessária uma abordagem mais inovadora e uma evolução mais significativa no iPadOS.

Ou quem sabe uma convergência definitiva, onde o macOS se torne o sistema operacional do iPad de uma vez por todas. Algo que dificilmente vai acontecer.

Enquanto a Apple continua a adicionar mais modelos de iPad no mercado, com preços e acessórios com funções diferentes, fica claro a falta de uma estratégia clara para tornar o ecossistema mais acessível e fácil de entender para os consumidores.

Se bem que tudo leva a crer que a Apple não está nem um pouco interessada em simplificar as coisas neste caso. Se está funcionando para a gigante de Cupertino (incluindo é claro uma expressiva margem de lucro), não há motivos para pensar no consumidor…

…que faz papel de otário quando paga fortunas para ter um MacBook Pro, um iPad Pro e um iMac.


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