O Acer Spin 7 SP714-61 é mais um notebook conversível que chegou ao nosso mercado. E esse é o formato de notebook que, ao que parece, reinventou mesmo o mundo dos portáteis. Se tornou tão comum, que eu mesmo testei uns cinco ao longo de 2022 (e ainda tenho que escrever sobre o Samsung Galaxy Book2 360 que estou utilizando para escrever este post.
De qualquer forma, estamos diante de mais um modelo com tela de 14 polegadas, 1.4 kg de peso e autonomia com promessa de funcionamento de até 21 horas. É quase uma “receita de bolo” que o mercado estabeleceu para esse tipo de produto.
Vamos então tentar descobrir se o Acer Spin 7 SP714-61 consegue se diferenciar dos demais notebooks conversíveis do mercado.
Autonomia de bateria é a lei para os conversíveis ultrafinos
Se tem uma coisa que todo notebook ultrafino deve ter é longa autonomia de bateria, o que chega a ser um desafio enorme para qualquer produto com esse design. Porém, essa tecnologia melhorou tanto, que boa parte desses notebooks aguentam um dia de trabalho longe da tomada com certa facilidade.
Deve ser o caso do Acer Spin 7 SP714-61, que possui uma autonomia de uso de até 21 horas, de acordo com os dados oficiais. Bom, os valores podem variar, a Acer não descreve em quais circunstâncias se alcança as 21 horas de uso (muito provavelmente naqueles modos de uso de baixo consumo) e, dependendo do seu perfil de uso, você não vai chegar nem perto dessas 21 horas longe da tomada.
Apenas aceite os fatos.
Uma das pistas para essa autonomia de bateria tão longa pode estar no seu processador Qualcomm Snapdragon 8, trabalhando com 8 GB de RAM e 512 GB de armazenamento. Confesso que esperava números um pouco mais elevados nessas configurações (ainda mais considerando o preço do Acer Spin 7 SP714-61), mas não dá para dizer que o notebook não vai funcionar bem para as tarefas do dia a dia.
Quem sabe você pode ter algumas dores de cabeça daqui a alguns anos por causa dessa baixa quantidade de RAM presente no notebook. Mas até lá, é bem provável que você já tenha trocado de portátil, ou que a Microsoft opte pelo fim do Windows como conhecemos. O que vier primeiro.
Tela touch giratória e lápis ótico
O Acer Spin 7 SP714-61 conta com uma tela IPS de 14 polegadas (1920 x 1080 pixels), com modo de giro de 360 graus (e, por causa disso, ele – obviamente – recebe o sobrenome Spin). Seu sistema de dobradiças mais reforçado garante esse movimento de dobra na tela com maior segurança e resistência a longo prazo.
O seu peso é outro ponto digno de nota, e é algo que virou regra para os fabricantes que desejam apostar neste segmento ultrafino e portátil. O Acer Spin 7 SP714-61 pesa apenas 1.4 kg, o que torna o dispositivo ainda plausível para entregar o mínimo de mobilidade para o usuário.
De quebra, o notebook ainda conta com um lápis ótico para quem quer realizar anotações ou manipular o sistema operacional de outra forma. O acessório faz todo o sentido do mundo com essa tela touch, e confesso que agora no Galaxy Book2 360 eu sinto falta desse acessório.
Por outro lado, eu entendo completamente que beleza é algo subjetivo. Mas não dá para dizer que o Acer Spin 7 SP714-61 não é um notebook, no mínimo, bem atraente em suas linhas. Ele é minimalista e, ao mesmo tempo, um produto extremamente premium. Especialmente quando olhamos para a sua espessura.
O portátil não conta com portas USB de tamanho completo, só contando com uma porta HDMI e duas portas USB-C no dispositivo. E esse é o máximo que você vai encontrar em um notebook com essas características.
5G está presente nele
O Acer Spin 7 SP714-61 possui um slot para conexão de um SIM card compatível com 5G. Esse recurso entrega uma independência maior ao portátil, já que você não se sente obrigado a ficar procurando por acesso de internet via WiFi.
Além do 5G, o Acer Spin 7 SP714-61 ainda conta com Bluetooth 5.0, WiFi 5 (muita gente já esperava pelo WiFi 6 neste modelo) e a compatibilidade com as redes sem fio de 2.4 GHz e 5 GHz, como vem sendo nos últimos anos.
Acer Spin 7 SP714-61: quanto custa?
O Acer Spin 7 SP714-61 tem preço inicial sugerido de 1.700 euros, o que torna o dispositivo proibitivo e, em alguns casos, totalmente sem conexão com a realidade atual. Não há previsão de lançamento ou preços deste produto para o mercado brasileiro, mas é possível imaginar que muita gente vai para o MacBook Air por causa dos preços praticados pelos notebooks considerados premium por aqui.
Está na cara que este é um produto premium. O público que a Acer quer conquistar é aquele usuário que está realmente para mostrar que tem poder e dinheiro nas reuniões de negócios no escritório da empresa no bairro do Pinheiros em São Paulo. Ou aquelas pessoas que não tem medo de usar o que tem de melhor e mais caro, mesmo que não aproveite esse potencial todo.
Eu realmente não consigo imaginar quem pode se beneficiar de forma mais direta de todos os benefícios que esse processador Snapdragon 8 pode realmente oferecer ao Windows. É a primeira cruzada desse hardware no consumidor final. Vamos esperar pelos primeiros reviews sobre este notebook.
Mal posso esperar para ver o que vão contar sobre ele.