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Futemax NÃO migrou para o Telegram (era fake)

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ATUALIZADO EM 12/06/2023 @ 19h33: o amigo e leitor do blog @rodrigotxdias informou via Twitter que o fim do Futemax não passou de uma fake news. Alguém pagou pelo selo de verificação para uma conta não vinculada com o site de transmissões esportivas, e disseminou a informação. Na verdade, o site foi bloqueado pelas principais operadoras brasileiras, mas se pronunciou oficialmente confirmando que não fechou as portas, em notícia publicada pelo Tecnoblog.

Algumas coisas não morrem. Elas simplesmente mudam o seu status, ou se transformam em outras coisas.

Foi mais ou menos isso o que deu a entender originalmente com o destino (já desmentido) do Futemax, um dos sites mais populares de transmissões alternativas de eventos esportivos (e eu estou sendo brando no termo, pois muitos entendem que isso tem outro nome).

O site, que era a via mais comum de acesso ao seu conteúdo, teria encerrado suas atividades. Mas tal e como aconteceu recentemente com o RARBG, usaria uma alternativa para continuar a sua jornada: o Telegram.

Vamos tentar descobrir se a plataforma de mensagens instantâneas pode ser outra alternativa para o compartilhamento de conteúdos protegidos por direitos autorais na internet.

 

Antes de continuar, eu deixo claro que…

É sempre bom deixar esse aviso, já que meus advogados tiveram tanto cuidado em redigir para alguns dos meus artigos.

O objetivo deste e de outros artigos relacionados à transmissões esportivas online e compartilhamento de arquivos é puramente informativo, pois entendemos que é de direito de cada usuário buscar por alternativas para obter conteúdos que, em alguns casos, não estão disponíveis no Brasil ou em nenhuma plataforma de entretenimento.

A existência desse e de outros artigos com esse tema não representa que estamos incentivando a visualização de conteúdos protegidos por direitos autorais das diferentes empresas detentoras dessas propriedades intelectuais.

O TargetHD.net só recomenda o uso desses meios apenas e exclusivamente se o conteúdo disponível nesses sites ou plataformas for de acesso livre para todos ou não protegido por direitos autorais. O site não se responsabiliza sobre como os seus visitantes utilizam as informações disponíveis em seus conteúdos.

E o internauta acessa os links por conta e risco.

 

Entendendo o contexto da fake news do Futemax

Essa notícia vem após o encerramento no mês passado, de outro grande nome no compartilhamento de conteúdo, o RARBG, que optou por encerrar suas atividades, sem migrar para nenhum outro meio. Por outro lado, parte do seu conteúdo estava disponível em arquivos de texto com links magnet em plataformas como o Reddit, mostrando que existe uma tendência de reinvenção nessa prática.

O RARBG citou o aumento dos servidores como um dos principais motivos para remover o seu site do ar, e acredito que algo similar aconteça com outras plataformas dessa natureza. A inflação, que afeta diversas nações, aliada aos pagamentos em moedas estrangeiras e a pressão jurídica, pode ter sido um fator determinante para o encerramento desses serviços.

 

O uso do Telegram como alternativa

O suposto fim do site Futemax foi acompanhado pela divulgação de seu “novo meio de operação” no Telegram. Atualmente, o aplicativo de mensagens tem se consolidado como uma das principais alternativas para atividades de compartilhamento de conteúdo protegido por direitos autorais, tanto para torrents quanto para links de transmissões ao vivo.

Com a possibilidade de criar canais para milhares de usuários e a dificuldade de atuação dos órgãos fiscalizadores, esses serviços podem divulgar torrents e links para diversos eventos esportivos sem serem facilmente rastreados, uma vez que não aparecem em mecanismos de busca, como o Google.

Tal prática pode ser considerada perigosa para o grande grupo de usuários que não podem pagar por uma plataforma de streaming que conta com os direitos desses jogos ou que não querem mais pagar pela TV por assinatura, já que não há garantias quanto à segurança dos conteúdos distribuídos via Telegram.

 

Uma tendência que pode revelar alternativas

A situação pelo RARBG reflete uma tendência que pode se expandir não apenas no Brasil, mas também em outros países. O aumento dos custos, a complexidade das questões jurídicas e a pressão sobre os sites de pirataria podem resultar no encerramento de outros serviços semelhantes no futuro próximo.

Enquanto os sites de transmissões piratas vão migrando para canais menos rastreáveis, como o Telegram, as autoridades competentes, como a Polícia Federal no Brasil e o Departamento de Justiça nos Estados Unidos, continuam suas investigações e esforços para combater a pirataria online. O embate entre as forças da lei e os serviços online alternativos parece estar longe de um desfecho, enquanto ambos os lados buscam se adaptar às mudanças tecnológicas e legais.

Por fim, quem perde com isso é o usuário. Nos tornamos reféns das plataformas legais, que cobram o que querem para entregar conteúdos que, em alguns casos, não são compatíveis ou proporcionais com esses valores.

Por outro lado, como o ser humano é muito criativo, é possível imaginar o surgimento de novas ferramentas e soluções para o compartilhamento de conteúdos protegidos pelos direitos autorais. Links magnet, apps dedicados e o Telegram são apenas mostras do que pode surgir no futuro. E quem detém o controle dos direitos terá que seguir nesse jogo de gato e rato.

Ou passam a se modernizar para deixar o acesso ao conteúdo não apenas mais simples, como também mais barato e acessível para o grande público.

Do mais, o Futemax não morreu, e passa bem.


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