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É possível expandir a RAM de um console portátil moderno?

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Os Mini PCs e consoles portáteis estão no auge da popularidade junto aos usuários. A possibilidade de jogar os títulos AAA dos computadores em um dispositivo que pode ser transportado em qualquer lugar é algo muito tentador.

O problema desses produtos é a integração do hardware em espaços tão reduzidos. O formato dos produtos praticamente obriga os fabricantes a sacrificar a capacidade de expansão de RAM e armazenamento dos dispositivos.

Mas o “muito difícil” não necessariamente significa que é “impossível”, e alguns corajosos ao redor do mundo estão tentando métodos para expandir a capacidade de memória dos consoles portáteis modernos. E vou mostrar neste artigo um desses experimentos.

 

Os desafios do upgrade em PCs portáteis

Uma tática comum dos fabricantes para segmentar preços é limitar o armazenamento interno ou a memória RAM, incentivando os usuários a considerar configurações mais caras.

Isso deixa de fazer sentido para os usuários mais experientes, que podem usar suas habilidades para expandir as memórias dos dispositivos, adquirindo essas peças em separado e realizando a troca dos itens por conta própria.

Para conter a sanha dos mais experientes, os fabricantes dificultam ao máximo o processo, tornando o procedimento algo inacessível para a maioria dos compradores. Mas não podemos culpar aqueles que tentam a modificação para economizar algum dinheiro.

 

O processo de upgrade de hardware nesses dispositivos

O processo de upgrade de memória RAM para consoles como o Steam Deck e o Lenovo Legion Go envolve três fases.

A primeira é obter os módulos de memória corretos, o que pode ser um problema por conta da qualidade inconsistente dos canais de distribuição. Não é tão fácil assim encontrar o hardware compatível com os dispositivos, e isso exige tempo, dedicação e (principalmente) disposição para pagar uma boa quantia de dinheiro na aquisição dos itens corretos.

A segunda fase envolve a delicada remoção dos módulos antigos e a instalação dos novos. A pessoa que vai tentar o procedimento (ou o técnico que vai trabalhar no produto) precisa ter elevada precisão e habilidade para tudo dar certo.

Aqui, vale a pena mencionar a experiência do modder dosdude1 e sua habilidade em lidar com temperatura e fluxo de ar. Essa experiência é necessária para não transformar o produto em um autêntico peso de papel.

A terceira fase, tão complexa quanto a instalação da memória em si, envolve a edição do firmware dos consoles.

É necessário modificar as tabelas SPD para que o console reconheça toda a nova memória. O Steam Deck requer um BIOS modificado, enquanto o Legion Go exige uma edição manual dos valores SPD.

 

Vale a pena passar por tudo isso?

É de se questionar se os resultados alcançados compensam tanta mão de obra. É preciso ter uma enorme força de vontade e curiosidade para realizar os procedimentos apenas e tão somente para obter um ganho mínimo de performance.

Aparentemente, o Steam Deck não apresenta grandes melhorias, mas há relatos isolados no Reddit sugerindo um aumento significativo no desempenho do Legion Go após o upgrade.

Entendo que apenas os entusiastas mais experientes em tecnologia devem mesmo se interessar nas modificações mais profundas nos Mini PCs e videogames portáteis. E, mesmo assim, devem medir bem o investimento que vão fazer para concretizar esses upgrades.

A grande maioria dos usuários só deseja rodar os seus jogos do PC nesses consoles portáteis. Logo, não faz muito sentido se expor aos riscos de ficar com um caro peso de papel apenas para atualizar a RAM e o armazenamento interno do produto.

Os fabricantes (em partes) conseguiram o que queriam: um produto que não será alterado pela maioria dos usuários, e que oferece uma margem de lucro sustentável pelo potencial de renovação com novos produtos dentro da mesma proposta.

E alguém ainda disse que o PC estava morto e enterrado… como era tolo esse cara!


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