Isso aqui virou uma autêntica palhaçada. E a Vrio nem pode reclamar disso, pois ela está implorando para não ser levada a sério no Brasil.
O DGo, conhecido anteriormente como DirecTV Go, passará a se chamar Sky+ a partir de dezembro de 2023. A mudança foi motivada pela necessidade de reposicionamento, visando o próximo passo de crescimento da plataforma de streaming.
O alinhamento com a Sky, que é a marca mais forte no Brasil (sobrevivendo ao desaparecimento da DirecTV por aqui após a fusão das duas empresas) é apenas uma das explicações dadas de forma oficial pela plataforma.
Mas… espere… tem mais.
Com a palavra, o CEO da Sky
Gustavo Fonseca, CEO da Sky, revelou os detalhes da mudança em entrevista ao site Meio e Mensagem.
O executivo confirma que os nomes anteriores (DirecTV Go e DGO) aproveitavam a memória residual da marca, mas não atendiam às necessidades da empresa. E aqui, leia-se “a necessidade de alcançar o grande público”.
Neste caso, a Sky unificará suas operações, utilizando a mesma marca para TV via satélite, TV via internet (IPTV) e banda larga por fibra óptica. E na minha modesta opinião, era para a empresa ter feito isso lá atrás, quando decidiu matar a marca DirecTV Go pela primeira vez.
A mudança de marca será oficializada em 6 de dezembro, coincidindo com o término do Campeonato Brasileiro de futebol. A partir dessa data, a empresa iniciará campanhas de marketing para promover o Sky+ em substituição ao DGO.
Melhorias no serviço (essa é a promessa)
A Sky promete oferecer melhorias no Sky+ em relação ao DGo, e isso é o mínimo que os seus usuários (já muito desprestigiados com aumentos sucessivos e baixa qualidade de serviço) esperam da plataforma com a mudança de nome.
O Sky+ permitirá a exibição em até três telas simultâneas, um aumento em relação às duas telas disponíveis anteriormente. Pode parecer pouco, mas é um pouco melhor do que o Claro TV+ App oferece hoje.
Além da mudança de marca, o serviço receberá novos canais e funcionalidades para aprimorar a experiência do usuário. Ainda não está claro se a mudança se aplica apenas ao Brasil ou se será estendida para os demais países da América Latina.
A relação entre a Sky brasileira e o DGO em outros países é profunda, com transmissões feitas a partir do teleporto em Jaguariúna (SP). Dessa forma, o Sky+ pode receber canais exclusivos para o nosso país, sem depender tanto dos conteúdos de canais da América Latina, o que eventualmente pode reduzir os custos da operação local.
A Sky+ planeja dobrar o número de assinantes até 2024, confiando na marca Sky para gerar confiança no serviço. É uma missão complexa, considerando a concorrência e todo o cenário de momento para a TV por assinatura.
Sky+ vai ter que ralar muito para crescer
O mercado enfrenta desafios como a presença de IPTV ilegal e a concorrência de outras operadoras de TV por assinatura via internet. Sem falar nos serviços de streaming, que conquistaram o consumidor brasileiro com conteúdo de melhor qualidade.
Tudo isso torna a missão do Sky+ ainda mais complicada. A nova marca precisa ser competitiva para responder de forma eficiente a concorrência que já existe.
Operadoras como Claro TV+, Vivo, Oi e Zapping oferecem alternativas dentro do mesmo segmento, com diferentes pacotes e preços. Para se manter no jogo, a Vrio adota estratégias como a venda do DGO por provedores regionais de banda larga e o acesso para clientes da Sky e Sky Fibra.
E uma simples mudança de nome pode não ser o suficiente para conquistar novos clientes. A nova Sky+ terá que mostrar (muito) mais do que isso para convencer e expandir no Brasil.
Boa sorte. Vai precisar.