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Como a Ubisoft quer integrar um ChatGPT nos NPCs dos seus jogos

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Aceita logo: tudo agora é inteligência artificial. E não adianta não gostar disso. Você só não vai ficar desempregado se você souber usar esse recurso, pois ele certamente vai trabalhar a seu favor.

Nos últimos anos, a inteligência artificial generativa tem avançado rapidamente. ChatGPT, Bard (agora Gemini), Copilot e outras plataformas não param de evoluir. E todas as esferas profissionais serão otimizadas por essas plataformas, inclusive os serviços de entretenimento, incluindo (é claro) os jogos de videogames.

Há um interesse crescente em integrar IA generativa nos videogames, como demonstrado pela Ubisoft. Recentemente, a empresa revelou um protótipo de NPC chamado ‘NEO NPC’, que promete interagir com os jogadores de forma mais dinâmica.

 

Como essa tecnologia vai funcionar

A Ubisoft compartilhou detalhes sobre como essa tecnologia permite interações mais naturais com os NPCs, indo além das linhas de diálogo pré-programadas. Isso visa proporcionar uma experiência de jogo mais imersiva e, de alguma forma, no fim em definitivo daquela bobagem que as pessoas estavam fazendo no TikTok.

Durante a GDC, a Ubisoft apresentou demonstrações privadas do funcionamento dessa tecnologia, revelando como os jogadores podem interagir com os NPCs usando comandos de voz e até mesmo influenciando suas respostas.

A nova solução da Ubisoft combina modelos de linguagem da Inworld e a aplicação Audio2Face da Nvidia para criar conversas mais autênticas. A empresa destaca o papel dos roteiristas na definição da identidade dos personagens, que é então integrada ao modelo de IA.

Na prática, IA aprende e improvisa com os jogadores, enquanto os escritores ajustam o modelo conforme necessário para manter a consistência do personagem.

Ou seja, graças a Deus, a Ubisoft não teve a infeliz ideia de deixar que a IA cuidasse também dos diálogos desses NEO NPCs, pois isso seria um autêntico desastre para a tal “experiência mais imersiva” que eles estão buscando.

A Ubisoft utiliza modelos condicionados para direcionar as interações dos NPCs com base em suas características e história de fundo. Isso garante que os NPCs respondam de maneira coerente e adequada às situações.

Além disso, a tecnologia dos NEO NPCs inclui filtros para detectar comportamentos tóxicos e inputs inapropriados dos jogadores. Os NPCs são capazes de interromper a colaboração diante de comportamentos inadequados, garantindo um ambiente seguro e respeitoso… pelo menos em teoria.

Na prática, bem sabemos que não existe tecnologia infalível, e algum desocupado vai burlar o sistema para fazer esse NEO NPC xingar a mãe de todo mundo em algum momento.

 

Opiniões divergentes

É claro que a polêmica está servida, e as vozes contrárias à iniciativa já apareceram.

A integração de IA em jogos tem gerado debates nas redes sociais, dividindo opiniões sobre sua inclusão. Enquanto alguns veem isso como uma evolução positiva, outros expressam preocupações sobre o impacto na experiência do jogador.

Eu entendo quem está preocupado. Como indiquei um pouco antes no artigo, até eu me preocupo com a ideia de o ChatGPT construir os roteiros dos jogos. Neste caso, é melhor chamar os roteiristas de 365 Dias ou Madame Teia.

Por outro lado, usar a IA com responsabilidade para otimizar e dinamizar o desenvolvimento de histórias e mecânicas de interação com os jogadores é o futuro da indústria. Não dá para ignorar por completo o uso dessa tecnologia.

O mais provável é que mais empresas explorem o potencial da IA generativa em seus jogos no futuro. Como isso influenciará os estúdios e os jogadores? Não sabemos. O que é certo é que este é um caminho sem volta.


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