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As mentiras sobre a potência da CPU

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Até mesmo os fabricantes dos processadores nos enganam na hora de descrever a potência dos seus produtos. Assim como acontece com as marcas responsáveis pela fabricação de memórias de armazenamento de dados, os desenvolvedores de chips podem manipular os usuários com termos e números que não necessariamente condizem com a realidade.

A partir de agora, vamos esclarecer sobre o uso dos termos e das especificações adotadas pelos fabricantes, com o principal objetivo de ajudar os usuários mais leigos a realizar escolhas conscientes na hora de investir dinheiro na compra de um computador ou de um novo processador.

E não adianta os fabricantes ficarem chateados comigo. Estou apenas fazendo a minha parte. Que as marcas façam a parte delas em oferecer informações mais claras e transparentes para os consumidores.

 

Do começo

Um processador (CPU) é o circuito lógico que processa as instruções mais básicas para o gerenciamento do computador. Consideramos uma CPU o chip de circuito integrado principal e mais crucial para esse tipo de equipamento, uma vez que ele é responsável por interpretar a maioria das ordens que um computador executa.

Dessa forma, podemos entender que um processador é uma parte essencial de um sistema informático. Sem ele, o seu computador simplesmente não existe.

O termo processador é utilizado de forma indistinta para definir a Unidade Central de Processamento (CPU), mas este não é o único chip de cálculo que existe no seu computador. Por exemplo, a GPU trabalha especificamente para calcular as instruções gráficas, o SSD para o armazenamento de dados e a RAM para memória aleatória são outros meios de processamento de informações que trabalham de forma independente no seu computador.

Porém, vamos definir em linhas gerais que o processador principal do seu computador é a CPU. Esse elemento também está presente em smartphones, tablets, videogames e vários outros produtos de tecnologia.

As duas principais marcas de processadores do mercado de computadores são Intel e AMD. A Qualcomm também tenta entrar nessa briga, mas dedica mais esforços em enfrentar a MediaTek no mercado de processadores para dispositivos móveis.

Em comum, todas essas marcas enganam o consumidor. Cada uma do seu jeito.

 

Hilos não trabalham do mesmo jeito que núcleos

Hoje, muitos processadores contam com a tecnologia Multithreading, o que faz  com que a CPU trabalhe como se tivesse o dobro de núcleos. Na prática, um chip Intel Core i7 pode ter quatro núcleos e 8 hilos com Multithreading.

O hilo é uma unidade de execução em programação, e o Multithreading é a técnica que permite que uma CPU execute muitas tarefas de um mesmo processamento ao mesmo tempo.

Na realidade, quando um processador conta com Multithreading, ele não entrega uma melhora de desempenho de 100% como os fabricantes querem vender, mas sim de 35% quando comparado com um processador sem os hilos.

Ou seja, se você quer ter o máximo de desempenho possível de um processador, continue dando importância para o número de núcleos reais que a CPU possui.

 

Velocidade máxima é diferente de velocidade média

Um processador até pode alcançar a máxima velocidade indicada pelo fabricante, mas só vai fazer isso em cenários ideais de trabalho que quase nunca acontecem no mundo real.

Se você não quer se decepcionar com o desempenho do seu futuro computador, compre um equipamento levando em consideração o desempenho médio da CPU, e sabendo que a velocidade máxima só será alcançada se o equipamento estiver no cenário perfeito.

No caso dos desktops, a perfeição é mais tangível por conta dos recursos de redução de temperatura do processador. Nos notebooks, isso é praticamente impossível. E isso é ainda mais importante para os gamers que vão trabalhar com o computador em alta performance na maior parte do tempo.

 

Consumo e potência estão diretamente relacionados

Quando uma marca afirma ter “o SoC mais potente do mundo”, verifique qual é o consumo energético desse processador. É muito importante verificar o desempenho por watt do chip, ou o custo por watt que o equipamento pode gerar.

Como consumidor, pode ser mais interessante ter um equipamento cujo processador exija um consumo de 65W para entregar 90% de desempenho do que gastar mais dinheiro para alcançar os 100% de desempenho para um consumo de 130W.

E essa escolha se dá por dois motivos: 1) pela eficiência energética e 2) pela relação custo-benefício na conta da energia elétrica.


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