TargetHD.net | Notícias, Dicas e Reviews de Tecnologia Anéis inteligentes: revolução a caminho ou moda passageira? | TargetHD.net Press "Enter" to skip to content
Você está em | Home | Gadgets e Acessórios | Anéis inteligentes: revolução a caminho ou moda passageira?

Anéis inteligentes: revolução a caminho ou moda passageira?

Compartilhe

O anúncio do Samsung Galaxy Ring em janeiro de 2024 colocou os anéis inteligentes em evidência, uma categoria de produto que a grande maioria dos usuários de tecnologia não fazia ideia que já existia.

E quando um player do tamanho da Samsung decide apostar em um formato ou proposta de produto, é mais do que natural que se iniciem as discussões se os anéis inteligentes vão ou não vingar no mercado.

Pois bem, se tem uma coisa que eu faço bem na internet é fomentar a discussão. Então, vamos debater sobre a viabilidade e o futuro dos relógios inteligentes no segmento de tecnologia.

 

Vantagens, desvantagens e seu potencial de expansão

Segundo a Custom Market Insights, a taxa de crescimento dos anéis inteligentes é estimada em 21% de 2023 a 2032, resultando em uma indústria avaliada em aproximadamente 22,49 milhões de dólares.

O que impulsiona essa previsão otimista de expansão desse segmento de produto é a entrada de grandes marcas no mercado. E uma vez que a Samsung decidiu apostar nos anéis inteligentes, não será uma surpresa ver outros grandes players lançando suas soluções nos próximos anos.

Olhando apenas e tão somente para tudo o que a Samsung prometeu e para os outros produtos já disponíveis no mercado, os anéis inteligentes passam longe de serem um absurdo para os usuários. Até eu considero o investimento em um deles por causa da praticidade oferecida.

Os anéis inteligentes compartilham funcionalidades com as smartbands, incluindo monitoramento do sono, pagamentos sem contato e medição do ritmo cardíaco. E faz isso entregando um maior conforto e praticidade em relação às pulseiras inteligentes.

Um dos principais argumentos que a Samsung compartilhou na apresentação do Galaxy Ring é que muitos usuários não querem ser obrigados a utilizar uma pulseira inteligente o tempo todo, inclusive durante o sono.

E isso faz algum sentido: algumas pessoas são mais sensíveis aos materiais de pulseiras e relógios, que podem produzir alergias se estiverem em contato com a pele o tempo todo.

Por outro lado, os anéis inteligentes atuais contam com algumas limitações que podem incomodar aos usuários mais exigentes, como a falta de tela para exibir as informações de forma rápida.

Isso pode afetar a adoção desse tipo de gadget em comparação com outros dispositivos. Retirar o smartphone do bolso para conferir como está o oxigênio no sangue ou o ciclo do sono não me parece ser algo tão prático.

 

O potencial dos anéis inteligentes neste momento

Como já foi reforçado em diferentes oportunidades, a Samsung não está inaugurando o segmento de anéis inteligentes. Alguns produtos já existem no mercado, e eu mesmo escrevi um artigo com os produtos de maior destaque no setor neste momento.

Vamos pegar como exemplo o Oura Gen3.

Ele pode entregar extensos relatórios de atividade física e possui autonomia de bateria de uma semana, mas seu preço é elevado, custando 329 euros no seu modelo mais acessível.

Ele é sim um dispositivo compacto e leve, o que sempre é uma vantagem para um gadget que vai acompanhar o usuário o tempo todo. Mas se um produto tão pequeno custa tão caro, fica difícil convencer os usuários a migrar da smartband para a smartring.

Alguns especialistas em tecnologia acreditam que que os anéis inteligentes podem melhorar em relação às pulseiras inteligentes, especialmente no controle gestual e na captura de movimentos dos dedos.

Além disso, um anel é menos intrusivo que uma pulseira ou relógio, o que resulta em uma experiência de uso mais agradável para o usuário. Isso também deve ser considerado em qualquer análise sobre um eventual potencial desse tipo de produto no mercado.

O simples fato de a Samsung investir tempo de apresentação em um Unpacked voltado para os smartphones premium Galaxy S24 e muito dinheiro no desenvolvimento do Galaxy Ring sugerem um potencial de popularização dos anéis inteligentes.

Afinal de contas, se uma gigante como a Samsung decide apostar nesse segmento, é porque ela estudou o mercado e identificou a tendência de adesão do coletivo ao formato de gadget que ela está promovendo.

Porém, especialistas em tecnologia como Runar Bjørhovde e García Calatrava expressam cautela na aposta, indicando que, a curto e médio prazo, o mercado pode permanecer de nicho.

O que efetivamente fará o mercado de anéis inteligentes vingar é a entrada de grandes fabricantes. A concorrência de peso é o que pode ajudar a convencer os consumidores de que vale a pena investir nesse tipo de produto.

Não podemos nos esquecer que é justamente a competição entre os grandes players que resulta em preços mais acessíveis para qualquer segmento de produto de tecnologia. E os anéis inteligentes precisam ter preços mais acessíveis.

Por fim, a possibilidade de sucesso dos anéis inteligentes também depende das estratégias específicas de cada fabricante como, por exemplo, o foco em usos únicos (apenas o rastreamento do sono ou apenas o pagamento via NFC).

O tempo (sempre ele) vai dizer o que vai acontecer. Tudo o que compartilhei são pensamentos sobre o assunto. No fundo, eu torço para que os anéis inteligentes encontrem o seu lugar no mercado de tecnologia.

E que Apple, Samsung, Xiaomi, Motorola, Huawei… que todas elas “liberem o anel” para todo mundo (eu sei que essa piada é horrível, mas agora que temos esse tipo de produto, vou defendê-la até o fim).


Compartilhe