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5G estreia em Florianópolis em 22 de agosto: tudo o que você precisa saber sobre o assunto

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Eu vivo em Florianópolis (SC) desde 2018 e, por isso, parte das minhas publicações de tecnologia acabam naturalmente voltadas para os leitores da capital de Santa Catarina e região. E uma novidade como a chegada do 5G na cidade precisa ser detalhada com um pouco mais de atenção.

A capital catarinense entra para a lista das primeiras cidades brasileiras que recebe o sinal de rede móvel de última geração. E é natural que muitos usuários de smartphones da cidade de Florianópolis se deparem com algumas dúvidas sobre o 5G que precisam ser esclarecidas de forma didática e descomplicada.

Neste post, vamos falar um pouco mais sobre a chegada do 5G em Florianópolis, e o que você precisa fazer para usar essa nova tecnologia desde o primeiro dia.

Vamos começar pelo básico.

 

 

 

Afinal de contas, o que é esse 5G?

A partir de agora, vamos tentar apresentar respostas que são mais simples e objetivas e menos técnicas. O artigo é pensado especialmente nos usuários que não contam com tanto conhecimento informático, e os leitores mais avançados precisam ter um pouco de paciência, pois ninguém nasceu sabendo.

Em linhas gerais, o 5G é o que indica a tecnologia de dados móveis de quinta geração, prometendo velocidades de download e upload em velocidades muito maiores do que aquelas oferecidas pelas redes 4G LTE atuais.

As redes 5G não são exatamente novas dentro do mercado de telefonia móvel, mas só agora são implementadas de vez no Brasil. Isso aconteceu por conta dos anos de testes e toda a natural burocracia necessária para destravar questões técnicas e de legislação para que a nova rede pudesse funcionar no Brasil e na capital catarinense.

Foram licenciadas pelo menos 43 estações rádio-base para o 5G em Florianópolis, sendo que o mínimo necessário para cobrir a cidade (que é formada por uma ilha com mais de 50 quilômetros de extensão e uma pequena parte continental) era 18 equipamentos.

Ou seja, pelo menos em teoria, Florianópolis será coberta por completo com o sinal do 5G desde o seu primeiro dia de funcionamento. Na prática, essa cobertura vai depender também dos planos de expansão das operadoras de telefonia e internet móvel (Vivo, TIM e Claro). E ainda não temos informações sobre como e quando as operadoras vão liberar o sinal por aqui.

 

 

 

Mas eu já recebia o 5G antes… o que muda a partir de agora?

Eu sei que alguns usuários de smartphones em Florianópolis conseguiam ver o ícone de 5G ao lado do indicador de redes móveis, principalmente se o telefone já era compatível com as redes de última geração.

O mesmo aconteceu comigo, pois sou um usuário de um Samsung Galaxy S21 Ultra, que é compatível com as redes 5G. O mesmo aconteceu com o meu iPhone 13 Mini, que também vai funcionar com essa nova rede. Nos dois casos, a operadora que estava funcionando com o 5G era a Claro (na Vivo, nem morto – e peço desculpas por este trocadilho).

Até o presente momento, o sinal de 5G que Florianópolis estava recebendo não era o 5G puro, mas sim uma rede compatível e com a velocidade final reduzida. A partir da próxima segunda-feira, 22 de agosto de 2022, todo o potencial dessa rede será liberado, e os dispositivos compatíveis poderão explorar os benefícios dessa tecnologia.

E isso nos leva ao próximo tópico.

 

 

 

O que eu preciso para usar o 5G em Florianópolis?

O principal requisito para usar as redes 5G em Florianópolis é ter um dispositivo compatível com essa nova tecnologia de rede.

A grande maioria dos dispositivos ativos no mercado NÃO SÃO COMPATÍVEIS com o 5G, e isso é algo absolutamente normal e esperado. Muitos modelos de smartphones intermediários e premium que foram lançados nos últimos três anos não contam com o 5G, e alguns usuários entenderam que a chegada dessa tecnologia em nossas vidas era algo relativamente distante.

Porém, de forma até surpreendente, decidiram agilizar a chegada do 5G no Brasil e, dessa forma, a nova tecnologia de internet móvel se fez presente antes do que muitos esperavam. Por conta disso, a grande maioria dos usuários não contam com dispositivos compatíveis com essa rede.

Se você comprou um smartphone Android top de linha ou premium nos últimos três anos, ou investiu o seu dinheiro em um iPhone 12 ou iPhone 13 (e no iPhone SE de terceira geração), com certeza tem um telefone compatível com as redes 5G.

E, ainda assim, precisa observar se o segundo requisito será atendido: ter um plano de dados móveis compatível com essa tecnologia.

As operadoras de telefonia e internet móvel não deixaram muito claro se os planos atuais de internet móvel serão migrados automaticamente para o 5G e sem custo adicional. É claro que isso seria o mundo perfeito, mas bem sabemos que o mundo perfeito não existe.

A tendência é que as operadoras lancem planos exclusivos para o uso do 5G e acabem cobrando valores adicionais para quem quer usar a nova rede. Até porque as empresas vão querer recuperar rapidamente o investimento pesado que foi feito para a implementação da nova tecnologia no mercado.

Por outro lado, quando aconteceu a transição do 3G para o 4G (e, nessa época, eu ainda morava na minha cidade natal no interior de São Paulo, Araçatuba), a migração aconteceu de forma automática, e os clientes não precisaram pagar valores extras para usufruir das novas redes com velocidades de internet mais rápidas.

Logo, existe uma certa esperança de que, pelo menos em um primeiro momento, as operadoras simplesmente liberem o 5G e os clientes que contam com dispositivos compatíveis possam utilizar a nova tecnologia de dados sem maiores problemas. Porém, mais uma vez, reforço que não será surpresa se as cobranças adicionais acontecerem.

Por fim, em alguns casos pontuais, para o uso das redes 5G na versão SA (Standalone), com um núcleo que não é compartilhado com as redes 4G, os usuários podem ser obrigados a mudar de chip e até de plano. Tudo vai depender em como as operadoras vão trabalhar com esta questão técnica.

 

 

 

Não tenho um smartphone compatível com 5G. Vale a pena comprar um agora?

A resposta para essa pergunta pode variar de acordo com o perfil e as necessidades de cada usuário.

O cenário de momento mudou. Antes, não havia previsão alguma de chegada do 5G no Brasil. Agora, a nova tecnologia de rede é uma realidade, e eu sei que muitos vão optar por utilizar de forma imediata à nova tecnologia de rede, principalmente pensando nos benefícios que o serviço pode oferecer em diferentes campos.

Por outro lado, o momento econômico que o Brasil vive não é dos mais fáceis. Dinheiro não nasce em árvore, o litro de leite custa mais caro que o litro da gasolina e muitos de nós estamos analisando onde, como e quando investir o nosso dinheiro em novos gadgets.

A boa notícia aqui é que os smartphones com 5G estão chegando ao mercado com preços cada vez mais competitivos, o que faz com que um número cada vez maior de usuários possa aderir à nova proposta de internet móvel. E o Brasil precisa que esse formato de rede seja massificado no menor tempo possível.

Dito isso, podemos dizer que aqueles usuários que sempre foram muito antenados sobre o mundo da tecnologia e que contam com elevada demanda de dados certamente vão investir em um smartphone com 5G o quanto antes. E isso é algo absolutamente normal e justo.

Os resultados práticos do 5G são excelentes, e a diferença na velocidade de conexão é perceptível. Poder se beneficiar desse tipo de conectividade pode fazer uma enorme diferença nos campos pessoal e profissional.

Por outro lado, os usuários com necessidades mais básicas de internet móvel não precisam se preocupar com a mudança para o 5G neste primeiro momento.

Para começo de conversa, o 4G não vai deixar de funcionar porque o 5G chegou e, em alguns cenários, o desempenho das redes de quarta geração tende a melhorar por conta da menor saturação de usuários. Ou seja, quem ainda tem um telefone com a tecnologia atual segue utilizando o serviço sem maiores problemas e com alguns benefícios.

Além disso, como existe uma certa indefinição sobre como as operadoras vão trabalhar com questões de planos e cobranças nos serviços do 5G, os mais precavidos poderão esperar para que o cenário fique mais claro neste sentido e, dessa forma, poder escolher melhor como proceder no possível investimento a ser feito em um novo dispositivo.

 

 

 

5G: vale a pena?

É claro que vale. E eu nem sei por que essa pergunta foi parar no final deste artigo. Só pode ser para dar um ar de conclusão para o texto.

Eu me lembro que os primeiros testes do 5G no Brasil começaram em Florianópolis, através da operadora TIM. E isso aconteceu justamente pelas características da cidade: é uma ilha grande, com diferentes cenários de relevo, o que torna o cenário de cobertura bem interessante para diferentes finalidades.

Apesar de ficar atrás de outras oito capitais no momento de ativação da rede, Florianópolis ainda entra na lista de uma das primeiras cidades brasileiras a receber o 5G no Brasil, e isso ainda é algo importante. Só espero que as operadoras sejam competentes na implementação dessa tecnologia a partir da próxima segunda-feira, e que os usuários possam receber um serviço minimamente competente logo de cara.

Vou relatar em um artigo futuro como foi a minha experiência nos primeiros dias de uso do 5G aqui em Florianópolis. Com o passar do tempo, vou relatar também como essa experiência evoluiu ou involuiu. E sempre manterei o leitor informado sobre como é possível utilizar de forma eficiente essa nova tecnologia de internet móvel.

Que Florianópolis possa fazer parte de uma nova fase da internet móvel no Brasil de forma sustentável, positiva e com o menor número de traumas possível. E eu só estou falando isso porque eu me lembro muito bem do início do 3G e do 4G no Brasil.

Estamos em 2022. Que o novo seja algo melhor dessa vez.


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