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3 problemas dos smartphones dobráveis que precisam ser resolvidos

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Os smartphones dobráveis são uma realidade no mercado de telefonia móvel, apesar do formato não ser adotado em grande escala pelos usuários da forma como os fabricantes imaginaram que seria. O avanço desse tipo de telefone é mais lento do que o esperado, mas é sustentável.

Hoje, os telefones dobráveis são os modelos premium de alguns dos principais fabricantes do mercado de telefonia móvel. E é justamente esse posicionamento que impede a sua adoção de forma mais ampla pelo grande público. A maioria dos usuários ainda não vê muito sentido em gastar uma montanha de dinheiro apenas para ter um telefone com tela flexível que dobra.

Por outro lado, os telefones dobráveis são dispositivos que contam com problemas bem típicos de sua proposta, o que acaba se convertendo em um forte peso na decisão de compra por parte dos usuários.

É preciso entender que esse formato de produto ainda está em desenvolvimento, mesmo depois de quase cinco anos de lançamentos no mercado. Alguns pontos na proposta precisam ser melhorados para que os telefones dobráveis possam vingar de vez no mercado.

 

Os preços ainda são elevados

O motivo mais óbvio para qualquer pessoa que acompanha o mercado de telefonia móvel neste momento.

O preço ainda é o fator mais determinante na hora de adquirir um smartphone para a esmagadora maioria dos usuários. E com os telefones dobráveis, esse detalhe pesa muito contra o formato, desestimulando os clientes a fazer um investimento tão alto. E não podemos julgar o consumidor médio por não escolher esse formato de produto neste momento.

Quem é que em sã consciência vai pagar até R$ 14 mil em um telefone com tela dobrável e flexível? Por mais que o formato seja atraente para muitos usuários (principalmente os mais geeks), as pessoas ainda amam mais o dinheiro na carteira ou o saldo positivo no cartão de crédito do que um telefone com formato diferente.

Em tempos de crise econômica global, instabilidade da cotação do dólar e inflação no Brasil e outras variáveis que afetam de forma direta a condição econômica da maioria dos brasileiros, comprar um smartphone dobrável é uma das últimas prioridades para a maioria das pessoas. A exceção está justamente no pequeno grupo que não se vê afetado pelas variantes financeiras, podendo se dar ao luxo de investir uma pequena fortuna em um produto de tecnologia.

Enquanto os preços não se tornarem mais competitivos e atraentes, os telefones dobráveis ainda terão dificuldades em prosperar no mercado de telefonia móvel. E isso só vai acontecer com o passar do tempo, com os fabricantes consolidando suas respectivas propostas.

 

As dobradiças ainda não são confiáveis

Mesmo depois de quatro anos de experiência no mercado com telefones dobráveis, os telefones da Samsung nessa categoria ainda apresentam problemas com as dobradiças. O que é algo complicado para quem quer investir neste tipo de produto. E nem dá para dizer que os coreanos não estão se esforçando para melhorar neste aspecto.

Os telefones dobráveis lançados pela Samsung em 2022 apresentaram deficiências nas dobradiças em testes mais exigentes, e essa falta de confiabilidade no formato não só espanta os compradores em potencial, como levanta sérias dúvidas se o mercado está realmente maduro para apostar de vez nesse tipo de telefone como dispositivo premium.

Modelos de outros fabricantes como o Huawei Mate X2 ou o Oppo Find N apresentam resultados melhores no sistema de dobradiças. Por outro lado, está claro que todos esperam por smartphones dobráveis sem imperfeições na tela e com mecanismos de dobra mais eficientes em um futuro próximo. E os fabricantes precisam encarar essas questões com maior seriedade se querem fazer o formato prosperar no mercado.

 

O suporte aos aplicativos ainda é bem débil

Não existem muitos aplicativos pensados especificamente nos smartphones com telas dobráveis. Alguns apps muito populares deixam a desejar neste aspecto, e não entregam uma experiência de uso ajustada para esse formato de tela.

Neste caso, o risco que se corre é cair no mesmo erro cometido lá atrás, quando os fabricantes de dispositivos decidiram lançar tablets com o sistema operacional Android sem pensar na otimização dos aplicativos para um tamanho de tela maior. Isso arruinou a experiência dos usuários, e ajudou a Apple a fazer do iPad uma força dominante no segmento.

Os desenvolvedores precisam centrar esforços para cobrir essa deficiência, sob pena dos usuários desistirem do formato por entenderem que esse resultado de usabilidade está bem longe do ideal para um produto com esse formato. Parte do sucesso de um produto tão diferenciado como esse passa em como o usuário vai interagir com ele.

Por outro lado, o Google está fazendo a sua parte através do Android 12L, sistema operacional ajustado para os dispositivos com telas dobráveis e flexíveis, melhorando de forma sensível a conversa entre hardware e software. Que os desenvolvedores façam a parte deles a partir de agora.

 

Conclusão

Não estou pregando aqui o fim dos smartphones dobráveis, nem afirmando que os produtos lançados até aqui com esse formato são uma grande porcaria, e muito menos recomendando que você não compre um produto com esse formato.

Sendo bem sincero, até eu penso em um telefone dobrável para mim no futuro, porque o formato pode ajudar a melhorar a minha produtividade em cenários de mobilidade.

Porém, eu preciso ser realista e compartilhar com você as impressões que tenho diante de tudo o que já vi relacionado com o tema. Profissionais de tecnologia e usuários compartilham de tempos em tempos suas impressões reais sobre os produtos que estão no mercado, e os problemas relatados neste conteúdo estão presentes na maioria dos casos.

Que os fabricantes possam contornar essas anormalidades típicas de um produto que é inovador na sua proposta. E que você, como consumidor, fique por dentro de tudo o que pode encontrar ao apostar em um telefone dobrável neste momento.


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