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Uma Apple cada vez mais dependente do iPhone

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O Apple Vision Pro não alcançou a expectativa de demanda dos demais dispositivos que a Apple lançou no passado. Algo esperado para um produto que custa nada menos que US$ 3.500.

A demanda do produto foi limitada inclusive nos Estados Unidos, onde o poder aquisitivo é maior e os produtos da Apple não são tão “de nicho”, tal e como acontece aqui no Brasil. É esperado que sejam vendidas aproximadamente 400 mil unidades do Vision Pro até o final de 2024.

Com isso, está confirmado (mais uma vez) que a Apple segue dependente do iPhone, o que coloca a empresa em um cenário complexo.

 

Apple Vision Pro é limitado

O primeiro grande problema do Apple Vision Pro é que a maioria dos aplicativos disponíveis para ele neste momento são adaptados do iOS ou do iPadOS. O dispositivo não possui tantos apps dedicados para ele.

Sem falar que grandes aplicativos de entretenimento como Netflix, YouTube e Spotify não estão disponíveis de forma nativa para o Vision Pro. O apoio dos desenvolvedores ao produto é bem limitado, e o dispositivo possui um valor agregado baixo neste primeiro momento.

Esse problema da falta de suporte ao Vision Pro pode estar diretamente relacionado a outro que a Apple criou por conta própria: as decisões controversas na App Store.

Recentemente, a Apple decidiu cobrar uma comissão de 27% das vendas dentro de sua loja. E é claro que os desenvolvedores ficaram insatisfeitos com isso.

Esse descontentamento ficou ainda mais evidente quando os mesmos desenvolvedores começaram a comparar o Vision Pro a um “iPad de luxo preso no rosto”. E algumas pessoas que testaram o produto afirmam que, na realidade, essa fala até um pouco jocosa e muito depreciativa não está muito distante da realidade prática do produto.

Confesso que não me vejo realmente animado para testar logo o Apple Vision Pro, e não reconheço o produto como uma autêntica revolução nos óculos de realidade mista. Pelo menos não neste primeiro momento.

Diferente do iPod, iPhone e iPad, a Apple não está revolucionando um produto. Não está entregando algo realmente novo ou que justifique uma corrida para as lojas para comprar o produto e ter uma aplicação prática para ele.

E sem o apoio de grandes desenvolvedores de software para oferecer aplicativos dedicados, o Apple Vision Pro é, neste momento, uma proposta do que pode vir a ser no futuro, mas não uma realidade prática.

Acho muito difícil as pessoas utilizarem este gadget para as suas vidas nesse momento. E aqui, eu incluo aqueles que defendem a Apple até debaixo d’água.

E com o preço de US$ 3.500, o Apple Vision Pro tem muito mais chances de ser “o protótipo de produto mais caro da história a chegar ao mercado… como protótipo”.

 

O Vision Pro não é o único problema

A Apple definitivamente não está em uma boa fase, e vive em mares turbulentos.

O processo da Masimo por violação de patentes no Apple Watch (o que resultou na remoção do sensor de SpO2 nos modelos de última geração) pode levar a gigante de Cupertino em retirar esse produto do mercado, o que pode gerar prejuízos enormes para a empresa.

Além disso, não recebemos novos modelos do iPad em 2023, as vendas do Mac caíram 34% no ano passado (e isso se explica pelo sucesso dos modelos com processador Apple M1) e os lucros da empresa não serão tão substanciais quanto nos trimestres anteriores.

Por outro lado, o iPhone continua como líder de mercado, e os serviços da Apple atingiram 1 bilhão de assinantes. E ambos não são boas notícias, por incrível que pareça.

Quando todos os seus lucros estão nas mãos de apenas dois produtos ou serviços, é sinal de que a sua empresa está perdendo tração, o que pode trazer como consequência decisões estratégicas mais drásticas para deixar tudo minimamente sustentável.

O mundo da tecnologia está apostando com muita força na Inteligência Artificial, e a Apple simplesmente não fala neste assunto, se ausentando dessa corrida que tem tudo para ser o futuro do mundo tech.

Existem sim rumores sobre o lançamento de um possível AppleGPT, mas sem qualquer informação ou perspectiva de que ele pode superar as soluções da OpenAI, do Google e da própria Samsung (considerando a Galaxy AI).

O futuro da Apple é incerto. Mas no presente, a empresa bate cabeça nos seus próximos lançamentos. O que é péssimo para o futuro da empresa.


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