O Quibi é uma plataforma de vídeos sob demanda que tem como principal característica exibir conteúdos curtos na vertical (não mais do que 10 minutos). Tá, o IGTV tentou a mesma coisa e não funcionou. Por que esse pode dar certo?
Essa plataforma está se expandindo nos quatro cantos do planeta, e mesmo com um tempo no mercado, ele parece cair como uma luva em tempos de isolamento social por conta de uma pandemia (que é o que vivemos hoje, caso você não saiba).
Logo, vale a pena dar uma olhada nesse post e descobrir o que é esse tal Quibi, que já começa a ser chamado lá fora de “a Netflix dos vídeos na vertical”.
Um aplicativo muito bem pensado
O Quibi está disponível para Android e iOS, e já conta com um catálogo de vídeos relativamente bem ajustado. Sua experiência de uso tende a ser viciante, graças a um scroll infinito nos vários cartões. No caso do iOS, ele conta com uma pequena resposta háptica a cada vez que mudamos de cartão.
Esses cartões mostram informações como: título da série, gênero, episódio, duração, resumo da série e até um pequeno trailer com áudio da mesma. Você pode consultar mais informações sobre a produção, adicioná-la aos favoritos, fazer o download do episódio no seu celular ou compartilhá-lo. Para ver a série, basta clicar em qualquer um dos cartões para que o conteúdo inicie a sua reprodução.
A reprodução do conteúdo é adaptada para a vertical, e até a barra de reprodução está localizada nessa orientação. Você pode retroceder, pausar ou avançar o vídeo, adicionar legendas e compartilhar o episódio para outro aplicativo.
O Quibi está em inglês, mas futuras atualizações podem disponibilizar outros idiomas. E isso não faz do aplicativo algo menos genial: ele é idêntico nas versões do Android e iOS, e tem elevado potencial para reter o usuário para assistir as suas séries.
Quibi aposta no conteúdo na vertical
No Quibi você só encontra séries norte-americanas, com grandes nomes como protagonistas. Por exemplo, Survive é protagonizada por Sophie Turner, e temos outras produções com grandes nomes como Liam Hemsworth, e até um documentário sobre LeBron James está dando sopa na plataforma.
O conteúdo Made in USA pode ser uma vantagem ou uma desvantagem, dependendo do ponto de vista. Mas os conteúdos são bem pensados para os episódios curtos, e conseguem engajar os mais viciados em séries desde o primeiro momento (e não há outra alternativa aqui a não ser isso, já que estamos falando de episódios com menos de 10 minutos), e sua qualidade visual é excelente.
Os conteúdos na vertical não são cortados para o formato de tela, mas sim otimizados especialmente para essa orientação. Todos os conteúdos do Quibi são pensados para uma reprodução na vertical. Se giramos o smartphone, podemos assistir em uma tela completa, em uma experiência completamente diferente, já que na horizontal podemos ver muito mais conteúdo.
Porém, as séries no Quibi são gravadas e editadas pensando no formato vertical, de modo que você não vai perder nada de relevante por reproduzir a tela nessa orientação.
Uma proposta ambiciosa e com todo o sentido
O Quibi recebeu elevados investimentos, mas o seu custo por episódio de série gira entre US$ 20.000 e US$ 50.000. Vários astros de Hollywood estão apostando na plataforma, como Chrissy Teigen, 50 Cent, Darren Criss, Kiefer Sutherland ou Liam Hemsworth.
O aplicativo é bom, os conteúdos parecem ser promissores, mas o conteúdo ainda é 100% norte-americano e sem dublagens. Mas ao menos suporta legendas para alguns idiomas.
O formato vertical é muito utilizado em plataformas como Instagram e TikTok, e o Quibi chega para conquistar parte desse mercado, com conteúdos originais para bater de frente com os principais players do mercado de streaming. O novo serviço chega para oferecer conteúdos de entretenimento em formato curto para ver na vertical, e quer fazer isso entregando conteúdos de qualidade.
Você pode testar o Quibi por três meses e sem custos adicionais. O que dá tempo suficiente para qualquer pessoa conferir como funciona o seu catálogo para só depois decidir pagar pelo seu conteúdo. Mas não é um exagero dizer que esta é uma proposta promissora, com um futuro que pode ser brilhante e inovador.
Quem sabe o Quibi pode mesmo se tornar a Netflix dos vídeos na vertical. Vamos dar alguns anos para constatar se isso realmente vai acontecer.
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