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Quatro grandes fracassos do mundo da tecnologia em 2019

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Nem tudo foi flores em 2019, e nem todos os fracassos indicam que está tudo perdido. Podemos (e devemos) aprender com os erros. Nesse post, mostramos quatro exemplos de fracassos que marcaram com força esse ano, onde alguns deles contam com um futuro promissor. Já outros, é melhor que o conceito mude rapidamente.

 

 

Smartphones com telas flexíveis

O típico caso onde queimar a largada pode ser um desastre. A Samsung entregou um Galaxy Fold problemático a ponto de quase ser um novo Galaxy Note 7 (salvo as suas devidas proporções), com um produto mal acabado, com design defeituoso e que custava quase US$ 2.000.

Vários outros fabricantes que se jogaram ao mar dos dispositivos dobráveis anunciaram produtos, mas colocaram o pé no freio diante do caso Galaxy Note. Por outro lado, a Samsung melhorou muito o Galaxy Fold, e a chegada do Motorola Moto RAZR mostra que o segmento de dobráveis é sim promissor.

É claro que o conceito tem muito a amadurecer, especialmente no uso de materiais. Mas não é um absurdo afirmar que o ano de 2020 será marcado pela chegada de smartphones com telas flexíveis de melhor qualidade e muito mais preparados para o consumidor final.

 

 

Huawei vs Estados Unidos

O game change de 2019. As pressões de Trump por causa das acusações (sem provas) de espionagem resultaram no fim das parcerias da Huawei com empresas norte-americanas. Com isso, nada de Android ou Windows nos dispositivos da fabricante chinesa.

Por outro lado, a Huawei conseguiu uma independência completa dos EUA no hardware. No software, ainda é complicado lançar produtos sem o Android completo. Mesmo assim, isso não foi problema no mercado chinês, que já não pode usar produtos do Google pelos bloqueios institucionais.

O Huawei Mate 30 Pro tinha tudo para ser o rei de 2019, mas Trump conseguiu matá-lo, mostrando que o software ainda tem muito mais peso do que o hardware no mundo da telefonia móvel.\

 

 

A privacidade (que não existe)

O ano de 2019 também ficou marcado pela maior exposição dos dados dos usuários por parte do Facebook, do Google (via Google Assistente) da Apple (via Siri) da Amazon (via Alexa) e de outras plataformas muito populares, com dados enviados para servidores e escutados por terceiros para “supostamente” melhorar os seus sistemas de reconhecimento.

Mark Zuckerberg teve que dar explicações para o congresso dos EUA, e ele está sendo atacado (e com razão) por todos os lados. Zuck entende que está tudo certo fornecer dados para terceiros que facilitam genocídios, mas os governos de vários países não entendem dessa forma.

Enquanto isso, o Facebook não para de crescer, assim como as suas plataformas agregadas (Instagram, WhatsApp), e as pessoas parecem não se importar com a privacidade dos seus dados.

Já o Google passou para o modo evil, com novas regras para o uso de privacidade, ao mesmo tempo que colocou regras para frear o uso de dados de menores de idade, além de modificar a política do YouTube a força para proteger as crianças (depois de várias denúncias e multas milionárias).

2019 também foi o ano com um maior nível de vulnerabilidade nos dispositivos IoT e de servidores que falham a ponto de deixar os seus donos fora de suas próprias casas.

 

 

Google Stadia

Não dá para chamar exatamente de fracasso, porque todo mundo sabia que ele ainda tem muito para evoluir. Mas… por que foi lançado então? O Google Stadia prometeu ser convincente no streaming de jogos, mas em um cenário onde a maioria dos gamers já contam com um console em casa ou um PC ou notebook potente o suficiente, quem precisa do Stadia?

Porém, o grande problema do Stadia é o marketing criado em torno dele. O produto não funciona bem com jogos velhos e não exclusivos, com uma latência que, em alguns jogos, entrega uma experiência horrível.

Sem falar que é preciso ter uma banda larga que só encontramos nas grandes cidades dos Estados Unidos e Europa. O Google não controla os provedores de internet, e o Stadia sempre vai depender da qualidade do serviço de terceiros, que podem lavar as mãos sobre o assunto com tranquilidade.

Ou o mundo ainda é novo demais para o Stadia, ou ninguém realmente precisa dele. Mesmo sendo um avanço tecnológico, ele pode levar até uma década para chegar no ponto de maturidade ideal. O problema é que o Google não costuma dar muito tempo para as suas inovações, e pode matar o Stadia antes de alcançar essa tal maturidade.


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