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Quando você se arrepende do que enviou para a internet na adolescência

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Quem muito quer trollar na internet um dia será trollado. As pessoas se esquecem que todo mundo tem um passado, inclusive na internet. E quando se dá conta que o seu eu do passado era alguém pateticamente ridículo, pode bater aquela “bad vibe” ao ler os comentários em plataformas que não eram moderadas na época.

O discurso de ódio que você faz em 2020 pode se voltar contra você mesmo quando um troll descobrir as suas fotos de 2008, onde mostram uma versão sua bem diferente da atual. Essa primeira grande geração da internet não se preocupava com a ideia do passado perseguir o presente na forma de comentários dos usuários raivosos de 2020.

Em 2008, já existia a prática de grupos organizados na internet trollarem usuários que criticava um dos membros desse grupo. E esses contra-ataques eram contundentes. O tempo fez com que todos boicotassem perfis de redes sociais que atacavam outras pessoas por pura diversão.

Os motivos para esse comportamento são diversos, como uma simples (e infeliz) brincadeira, impulsividade, gratificação do grupo, índole social, pressão do grupo, a necessidade em ser aceito ao grupo, entre outros.

 

 

 

Quando a pedrada volta na sua cara

 

 

A internet pode ser uma saída para a marginalidade que não pode ser feita no mundo real, onde as pessoas acreditam que podem fazer qualquer coisa sem receios, riscos ou medos. O boicote nas redes sociais e o ataque a outros usuários pode acontecer de forma anônima, com a falsa crença que nada vai acontecer por conta da não identificação dos usuários.

Os trolls querem ser protagonistas na internet, e não pelos motivos certos. Independente das punições e banimentos. E no passado, alguns desses trolls de grupos, fóruns e comunidades online eram considerados reis, imperadores, tiranos, déspotas ou ditadores para alguns internautas. Sem falar nos hackeamentos de contas de serviços.

Com o passar do tempo, outros internautas foram para cima dos delinquentes virtuais. E não apenas realizando denúncias para as autoridades, mas em muitos casos, trollando quem deu o primeiro tiro contra a comunidade.

Aspectos físicos, comportamentais e étnicos dos trolls do passado começaram a ser utilizado em memes e atentados de reputação pelos trolls do presente. E eu não estou dizendo em nenhum momento que isso é correto, mas é quase uma materialização da metáfora do “o mundo dá voltas”, e o alvo no futuro do bullying virtual do presente pode ser você.

As consequências psicológicas de uma exposição como essa podem ser: depressão, ansiedade, medo, estresse pós-traumático, baixa auto estima, consumo de substâncias como forma de evasão ou pensamentos suicidas, entre outros problemas.

O arrependimento pode atingir em cheio a alma de pessoas que, na maioria dos casos, contam com problemas que não estão na internet, mas que transferem para o mundo online suas tristezas e frustrações, que são expressas através da raiva contra outras pessoas que não tem absolutamente nada a ver com os problemas ocorridos com o assediador em questão.

Logo, fica o conselho: pense dez vezes antes de começar a perseguir um internauta, independente da sua motivação. Essa perseguição pode se voltar contra você de forma implacável e, com o passar do tempo, com mecânicas cada vez mais perversas.

Tente fazer da internet de hoje o ponto inicial para um mundo online mais civilizado no futuro.


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