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Por que o Spotify aumentou os seus preços logo agora (e quais são as melhores alternativas)?

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Que o Spotify está mais caro, você já está sabendo. Outros blogs escreveram sobre isso, e até mesmo o Trending Topics do Twitt… ops, desculpe… do X… deixou isso claro, enfatizando o novo valor da plataforma no Brasil.

Bom, eu quero ir um passo além nessa discussão. Além de destacar o reajuste no plano pago, quero explicar por que o Spotify aumentou os valores de assinatura em vários mercados globais. O que está por trás disso, e por que os assinantes terão que pagar a conta.

E quero apresentar algumas alternativas que vão além do YouTube Premium, que é o melhor serviço de streaming de música do mercado, na minha modesta opinião.

 

Os novos preços do Spotify no Brasil

O plano Premium individual passa de R$ 19,90 para R$ 21,90 mensais. Já o plano para universitários agora custa R$ 11,90 mensais, e o plano duo (que permite que duas pessoas possam dividir o acesso ao Spotify) passa a custar R$ 27,90 por mês.

A assinatura familiar, que oferece o acesso ao serviço para até cinco usuários que moram na mesma residência, não teve reajustes, e continua a custar R$ 34,90 mensais.

O aumento de preços não trouxe o som Hi-Fi aos planos, o que pode deixar alguns usuários mais exigentes um tanto quanto irritados.

Diante desse cenário, para quem vai ficar no Spotify, o melhor negócio ainda é a divisão da assinatura Duo, levando em consideração que os dois usuários envolvidos na parceria não são usuários universitários. Ou fazer parte de uma família que ama música via streaming.

Ou começar a olhar para os lados. Mas vou falar sobre sua possível futura traição ao Spotify mais adiante.

 

Por que o Spotify reajustou os seus preços logo agora?

Desde sua criação, o Spotify revolucionou o mercado de streaming musical, conquistando mais de 220 milhões de assinantes pagantes em todo o mundo. Mas até para essa plataforma a conta parou de fechar, e o dinheiro ainda é o que manda no mundo.

É a primeira vez na história que o Spotify reajusta os valores do seu plano Premium, na tentativa de melhorar seus resultados financeiros, uma vez que a empresa simplesmente não dá lucro.

Os resultados financeiros mais recentes foram divulgados logo após o anúncio do aumento de preço. A empresa registrou um crescimento notável, com 220 milhões de assinantes pagantes e nada menos que 551 milhões de usuários totais de usuários em junho.

Em um período de apenas um ano, o número de assinantes cresceu 17%, enquanto o número de usuários aumentou em 27%, superando as expectativas dos analistas.

Apesar desses números, uma questão importante permanece aberta: o Spotify está gerando menos receita por usuário, com uma queda de 6% no valor médio por assinante.

O fato é que cada vez mais pessoas estão aderindo ao serviço, mas a receita por usuário está diminuindo. E isso levanta preocupações sobre a sustentabilidade financeira da empresa.

No último trimestre, o Spotify registrou um aumento de receita para 3.200 milhões de euros, um crescimento de 11% em relação ao ano anterior. No entanto, as despesas operacionais foram elevadas, resultando em perdas operacionais de 112 milhões de euros.

Além disso, a reorganização da divisão de podcasts levou à dispensa de 200 funcionários, e isso foi necessário justamente para otimizar os custos operacionais. Mesmo assim, as perdas do Spotify permaneceram acima das expectativas, alcançando 129 milhões de euros.

 

Outros aumentos estão chegando

O Spotify também planeja um ajuste de preços para o terceiro trimestre, com expectativa de crescimento de 4 milhões de assinantes Premium. No entanto, os analistas não estão tão otimistas sobre a validade dessa medida, visto que o ritmo de crescimento pode ser inferior ao dos trimestres anteriores.

Para tentar compensar as perdas e atrair novos assinantes, o Spotify está considerando um novo modelo de assinatura: o “Supremium”. Esse modelo oferecerá música em alta fidelidade HiFi, com um preço mensal em torno de 19,99 dólares. A empresa espera que esse novo plano atraia mais usuários e a coloque em competição direta com outros serviços de streaming que já oferecem qualidade de som superior.

E isso pode ser um tiro no pé do Spotify, pois a plataforma vai cobrar ainda mais caro para que um grupo de nicho receba o áudio em alta fidelidade. Outras plataformas já oferecem o Hi-Fi no plano premium básico, sem realizar cobranças adicionais por isso.

O Spotify precisa encontrar (com um certo senso de urgência) um equilíbrio entre a satisfação dos usuários e a viabilidade financeira. Aumentar o preço do Premium pode trazer alguma receita adicional, mas também pode afastar alguns clientes.

Mesmo porque a concorrência existe.

 

Quais são as alternativas?

Começamos pelo Amazon Music Unlimited, que oferece um catálogo com mais de 100 milhões de canções, onde algumas já contam com o Hi-Fi e o áudio em 3D.

A plataforma também oferece podcasts e músicas com Dolby Atmos e 360 Realiy Audio. E quem já tem uma assinatura do Amazon Prime pode utilizar uma versão gratuita do Amazon Music, onde a grande limitação é se contentar com a reprodução aleatória de músicas.

O preço sugerido do Amazon Music Unlimited é de R$ 16,90 por mês.

Outra opção é o Apple Music, que pode ser utilizado tanto no iPhone como nos smartphones Android. Seu catálogo conta com mais de 90 milhões de músicas, TODAS COM QUALIDADE HI-FI e algumas com Dolby Atmos.

A plataforma também oferece podcasts e videoclipes exclusivos.

O preço do Apple Music é de R$ 21,90 por mês, com três meses grátis para novos usuários, ou seis meses grátis para quem adquirir um novo dispositivo da Apple. Os assinantes do Apple One recebem a plataforma de streaming musical da gigante de Cupertino DE GRAÇA.

Por último e não menos importante, o YouTube Music, que é a melhor alternativa ao Spotify, na minha modesta opinião.

Conta com um catálogo oficial com mais de 80 milhões de músicas, algumas com qualidade Hi-Fi e áudio 3D. Mas esse acervo é muito maior se você considera o fato que ele transforma o áudio dos vídeos do YouTube em música.

A plataforma também oferece podcasts, videoclipes, rádio online, mixagens personalizadas e listas de conquistas.

Se você assinar o YouTube Premium (que reproduz os vídeos sem propagandas e com a tela do smartphone desligada) o YouTube Music (que passa a receber o modo offline para as músicas) tem um preço sugerido de R$ 20,90 por mês, com um mês de teste gratuito.

O YouTube Music também conta com uma assinatura anual (R$ 209), um plano família mensal (R$ 34,90/mês) ou um plano estudante mensal (R$ 12,50/mês).

 

Conclusão

O aumento de preços no plano Premium do Spotify não chega a ser algo assustador, mas pode fazer com que a plataforma perca alguns assinantes para a concorrência, principalmente pelo fato do áudio Hi-Fi não chegar ao serviço.

E cobrar a mais pelo Hi-Fi pode ser um problema que a plataforma terá que lidar no futuro.

A concorrência existe, e está cobrando valores semelhantes para entregar no mínimo a mesma coisa ou um pouco a mais que o Spotify, dependendo da plataforma escolhida.

E entendo que é o Spotify que terá que segurar o rojão de ter muito mais usuários que toleram a publicidade na plataforma (e não pagam nada por isso) do que aqueles que aceitam pagar para não receber o tão desejado áudio Hi-Fi.

E vai ser difícil a conta fechar para o Spotify diante do cenário apresentado neste momento.


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