O QR Code se incorporou aos nossos hábitos digitais cotidianos. Hoje, utilizamos esse elemento gráfico que oferece acesso à informações na web, sites e plataformas diversas, e pode ser útil em diversos campos de acesso às informações na internet, indo da votação do Big Brother até a exibição de um cardápio em um restaurante.
Porém, o mesmo elemento que oferece praticidade e comodidade para milhões de usuários ao redor do mundo pode ser um grande perigo para os mais leigos no que está acontecendo nos bastidores das ameaças cibernéticas.
Muitos QR Codes que estão espalhados por aí podem conter malwares e arquivos maliciosos escondidos para roubo de dados dos usuários. E precisamos conversar um pouco mais a sério sobre isso.
A evolução das ameaças cibernéticas
Os criminosos cibernéticos estão na nossa frente, e podem utilizar um QR Code que você vai escanear no seu smartphone que pode redirecionar você para o seu restaurante favorito, ou para o malware que vai infectar o seu telefone ou roubar os seus dados mais importantes que estão armazenados nele.
Esse tipo de golpe é utilizado para roubar o dinheiro e os dados das vítimas. E bem sabemos que, uma vez que esses dados caem nas mãos erradas, os efeitos colaterais serão desastrosos, com consequências imprevisíveis.
E não podemos culpar os usuários por isso: por mais que os veículos sérios de tecnologia como o nosso se esforcem na publicação de artigos e conteúdos que tentam alertar os usuários sobre os riscos em sair escaneando códigos QR aleatórios, é péssimo pensar que criminosos cibernéticos usam dessa tecnologia para enganar outras pessoas.
E são justamente o aumento de uso e popularidade do QR Code que “estimulam” os criminosos cibernéticos na tentativa de aplicar golpes por esse mecanismo. Quase 84% dos usuários de smartphones já escanearam esse tipo de código pelo menos uma vez na vida, e mais de 34% repetem esse procedimento pelo menos uma vez por semana.
O comportamento de coletivo motivou o aumento das campanhas de phishing com QR Code, onde as vítimas acessam imagens que estão diretamente vinculadas com malwares ou sites web comprometidos que podem acabar roubando os seus dados. Por isso, vale a pena tentar alertar mais uma vez aos mais leigos que evitem a todo custo escanear essas imagens que estão em locais públicos ou de fontes que não são confiáveis.
É muito provável que você se depare com QR Codes em praticamente qualquer lugar, e os riscos de você ter a sua privacidade ou integridade do dispositivo comprometidas ao escanear esses códigos aleatórios são enormes.
Cuidado com os QR Codes aleatórios
Reforçamos que os QR Codes que são oferecidos por fontes consideradas seguras não representam riscos aos usuários. Ou seja, você pode escanear a imagem que aparece na tela da TV durante o período de votação do The Voice, pois o seu smartphone não será infectado dessa forma.
O grande problema está no que eu chamo de QR Codes aleatórios. Aquelas imagens aqui são compartilhadas por diversas vias que não estão claramente identificadas ou reconhecíveis logo de cara. Por exemplo, aquele código que você recebe por e-mail que não tem a procedência comprovada, ou que você encontra no meio da rua ou em uma festa da universidade que “alguém” afirma que tem descontos nas compras do AliExpress.
Alguns QR Codes maliciosos chegam por e-mails, estão disponíveis em transportes públicos, postes e outras vias. E bem sabemos como o ser humano é curioso, e acaba escaneando essas imagens para saber o que há por trás delas.
Logo, minha última dica antes de terminar este artigo é: resista à tentação, e derrote a sua curiosidade. Tenha um cuidado redobrado com todo e qualquer QR Code que aparece na sua frente a partir de fontes desconhecidas, de acesso público ou em condições suspeitas. O potencial para esse código contar com informações maliciosas é enorme, e lidar com as consequências disso é uma perda de tempo que pode ser evitada.