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Por que em pleno 2020 o Windows 10 ainda tem duas telas de configurações?

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O Windows 8 foi lançado em 2012, e com ele veio muitas mudanças. Uma delas foi na tela de Configurações, com uma nova ferramenta para controlar boa parte dos parâmetros do sistema. Porém, isso não fez com que o Painel de Controle tradicional desaparecesse. As duas opções coexistem até hoje, inclusive no Windows 10, depois de cinco anos de vida.

Tal cenário tem efeitos muito negativos para muitos usuários.

 

 

 

Uma mudança pequena, porém, significativa

 

Na semana passado, junto com as mudanças no menu Iniciar do Windows 10, a Microsoft destacou as melhorias na ferramenta de Configuração, mais precisamente enfatizando a unificação do Painel de Controle com este recurso. Porém, a empresa reforça que ainda segue trabalhando na migração de funções de um recurso para outro, mas informando que agora as informações do sistema só estarão disponíveis em Configurações > Sistema > Sobre.

A mudança ainda não chegou aos usuários finais, mas em teoria vai chegar no futuro. Por enquanto, apenas os Insiders podem acessar esse novo recurso. Quando a novidade estiver disponível para todos, os links que antes levavam para a ferramenta de informação do sistema do Painel de Controle serão redirecionados para as informações disponíveis em Configuração, onde poderemos copiar esses dados para colar com facilidade em um documento de texto.

 

 

 

A guerra entre os painéis de controle

 

A decisão da Microsoft reacendeu o debate sobre os motivos para existirem duas formas para consultar e configurar parâmetros no Windows 10. Com cinco anos de vida da mais recente versão do sistema operacional, o normal seria ter uma solução sobre o tema, mas não é bem assim.

E aqui, a culpa não é apenas da Microsoft. É também dos usuários do Windows.

A maioria resiste de forma notável às mudanças, e seguem usando o Painel de Controle com convicção. Seus defensores contam com um forte argumento a seu favor: este recurso sempre ofereceu mais opções avançadas, enquanto que item Configurações é simples demais, tanto na apresentação das informações como nas opções de gerenciamento de parâmetros.

Os protestos são diversos. E temos um bom exemplo da incoerência quando confrontamos a configuração com as propriedades de nossas conexões de rede. Na bandeja do sistema, você pode acessar o item “Abrir configurações de rede e internet”, e isso leva para uma seção das Configurações. Porém, se queremos acessar as opções avançadas desse item, o sistema vai abrir o Painel de Controle e as sub-seções para configurações avançadas.

Desse modo, vamos alternando entre os dois painéis, mostrando que a Microsoft não se decidiu em implementar os recursos avançados na sua nova ferramenta de Configurações. Aqui, não parece que a unificação das duas opções esteja especialmente próxima, algo que pode ser visto como uma debilidade da gigante de Redmond, que se vê sempre muito pressionada pelos comentários dos seus usuários.

 

 

 

Mudar é difícil. Para a Microsoft, muito mais

 

A Apple foi muito mais contundente na hora de fazer mudanças com o macOS, especialmente agora que decidiu abandonar a Intel para abraçar o ARM nos Macs. Já para a Microsoft, as mudanças são muito mais complicadas porque… é impossível se desfazer de alguma coisa na Microsoft, incluindo é claro deixar para trás certos elementos do seu sistema operacional.

O Painel de Controle é apenas um bom exemplo de toda essa complicação para abandonar conceitos do passado, de modo que o processo de integração dos recursos do passado na tela de Configurações acaba sendo mais lento que o ideal. E boa parte da culpa é dos usuários, que resistem às mudanças.

Outro exemplo claro desse comportamento está nos aplicativos de 64 bits, que seguem coexistindo com os apps de 32 bits depois de 25 anos. Já a Apple decidiu que ia migrar seus aplicativos para os 64 bits (de forma exclusiva), e executaram o processo de migração em apenas dois anos.

É claro que as comparações são detestáveis. Para a Apple, tomar essas decisões são muito mais fáceis, pois a empresa controla toda a integração do hardware com o software. Já a Microsoft tem a vida complicada, pois tem uma galera que ama a retro compatibilidade para seguir usando os softwares do passado em equipamentos atuais.

Sem renunciar a essas coisas, vai ser difícil abordar tais transições. E isso se faz presente no caso da migração do Painel de Controle para a ferramenta de Configurações. E não dá para prever quando isso vai acontecer de forma definitiva.

 

 

Via Medium, Reddit


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