Desde que assumiu o controle do Twitter no final de 2022, Elon Musk vem implementando diversas mudanças na plataforma. Algumas delas foram bem recebidas pelos usuários, enquanto outras geraram críticas e controvérsias.
A parte mais irritante de todas essas mudanças no X é que Elon transformou a rede social em uma bagunça completa. Sem as equipes de moderação, a rede social virou um antro de disseminação de notícias falsas e discursos de ódio.
A mais recente proposta do bilionário dono da Tesla é remover os contadores de “curtidas” e republicações da linha do tempo, removendo duas das principais métricas de postagens da rede social.
Os argumentos de Elon Musk para essa decisão
Em sua participação na conferência Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Morgan Stanley 2024, Musk afirmou que os contadores de “likes” e republicações causam desordem e caos na interface do X. Segundo ele, esses elementos distraem os usuários e dificultam a leitura das publicações.
Palavras de Elon Musk:
“Mostrar esses detalhes faz com que a plataforma pareça desordenada e caótica (…) Definitivamente vamos remover os contadores da linha do tempo. Só se mostrará o número de visualizações como indicador das outras métricas.”
A iniciativa de Musk se encaixa em sua visão de um Twitter mais limpo e organizado. Há alguns meses, a plataforma eliminou os títulos de notícias que são compartilhadas com outros usuários, mas depois os restaurou. Essa mudança já gerou reações mistas entre os usuários.
Eu realmente não sei se dois ícones pequenos mostrando números em tamanho ainda menor podem atrapalhar tanto assim a interface de uma rede social. Em condições normais de temperatura e pressão, quem pode sair perdendo é o X, pois deixa de lado duas métricas de engajamento que são relevantes para as agências de publicidade.
Sim, pois POPULARIDADE é algo muito diferente de ENGAJAMENTO.
A não ser é claro que Musk tenha planos mais ambiciosos por trás dessa pequena mudança.
Os reais motivos para Musk querer essa mudança
Musk não esconde sua ambição de transformar o Twitter em um “WeChat ocidental”.
A plataforma chinesa oferece diversas funcionalidades além de mensagens, como pagamentos, compras e serviços de transporte. O bilionário americano quer que o X siga o mesmo caminho.
Um dos passos nessa direção é a integração de funções de pagamento e envio de dinheiro no aplicativo do Twitter. Musk anunciou que está a ponto de conseguir as licenças necessárias para operar como um sistema de pagamento em Nova York e Califórnia.
O X (finado Twitter) também já oferece a funcionalidade de chamadas e videochamadas, mas com algumas ressalvas. A principal delas é a questão da privacidade: o IP dos usuários é revelado durante as chamadas, o que pode ser um problema para quem se preocupa com sua segurança online.
Com tantas mudanças durante a gestão de Elon Musk, o X virou uma espécie de “terra de ninguém”. Alguns aplaudem a ousadia do bilionário e sua visão de futuro para a plataforma, enquanto outros criticam a falta de planejamento e as decisões controversas.
É difícil dizer se o X vai sobreviver à essa “montanha russa” de decisões e novidades. O tempo deve dar as respostas.
Enquanto isso, algumas marcas não se sentem tão confortáveis com tantas mudanças, e estão abandonando o barco do X. Ou seja, pelo menos neste primeiro momento, Elon Musk está mais errando do que acertando com a rede social.