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Por que comprar HDs quando eles estão morrendo cada vez mais rápido?

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A indústria de tecnologia está vendo a morte dos discos rígidos a olhos vistos. É lento, eu sei. Mas está acontecendo.

A competição com os SSDs (principalmente no padrão M.2) é injusta e ridícula. Todo o foco está no desempenho em detrimento da durabilidade e, neste caso, os HDs mecânicos estão tomando uma surra, o que está resultando em uma vida útil muito mais curta dessas unidades de armazenamento jurássicas.

Segundo estudos recentes, a taxa de falha dos HDs aumentou consideravelmente, atingindo 0,74% trimestral em unidades com uma média de oito anos de uso.

 

HDs, os abandonados no churrasco da vida

Os discos rígidos, antes onipresentes em computadores, estão gradativamente perdendo terreno para os SSDs (graças a Deus). Até mesmo os consoles de última geração deixaram de lado esse hardware rudimentar, permitindo a execução de jogos em uma velocidade muito maior.

Entretanto, até mesmo os SSDs estão perdendo espaço para o armazenamento no padrão M.2 com PCI Express. Logo, a natural evolução tecnológica mostra que os HDs tradicionais estão completamente condenados, em uma visão bem otimista.

O movimento em direção aos SSDs era lógico, uma vez que essas unidades oferecem maior velocidade e ocupam menos espaço. Porém, os SSDs M.2 conseguem superar seus predecessores com facilidade, graças à transferência direta de dados através de portas PCI Express, dispensando o uso do cabo SATA para degradar essa velocidade.

Nesse cenário, os laptops são os grandes beneficiados, pois podem desfrutar de um espaço menor e maior desempenho de armazenamento. O grande problema aqui é que esse notebook precisa obter um ótimo sistema de dissipação de calor e refrigeração, ou até mesmo o uso de um adesivo térmico na unidade de armazenamento.

Agora, some tudo isso à popularidade do armazenamento na nuvem, e a pergunta do início desse segmento persiste: quem é que vai comprar um disco rígido tradicional em pleno 2023?

 

Agora, falando do aumento das falhas nos HDs

De acordo com a análise da BackBlaze, os discos rígidos tradicionais têm apresentado um aumento na taxa de falha à medida que envelhecem, e isso é algo preocupante.

Os fabricantes ainda tentam compensar a “ameaça” representada pelos SSDs com maior velocidade de leitura e armazenamento nos discos rígidos tradicionais. E essa ameaça aos HDs existe desde 2015. O grande problema aqui é que a durabilidade das unidades foi para o espaço, em uma tentativa de vender mais unidades a curto prazo.

E isso não evitou a queda nas vendas dos HDs.

A autoridade da BackBlaze, que é uma especialista em armazenamento em nuvem, não pode ser ignorada… apesar de ter interesses comerciais em sua análise (pois ela está ganhando de alguma forma com o fracasso dos HDs). Mesmo assim, seus dados são conclusivos: a taxa de falha dos discos duros aumentou em 0,74% no último trimestre de 2023, atingindo um total de 2,28%.

Uma observação relevante é que os discos rígidos com maior capacidade (8TB a 10TB) são os que mais têm sofrido dos problemas recentemente. Isso se deve ao fato de que a carga de trabalho, desgaste e funcionamento são maiores ao suportar uma quantidade significativa de dados. Essa correlação entre capacidade e durabilidade parece ser um padrão previsível.

Estudos anteriores já haviam apontado que a vida útil média dos HDs gira em torno de 2 anos e 6 meses a 2 anos e 10 meses. Nesse sentido, a menor capacidade estava associada a uma maior durabilidade. Esse dado reforça a ideia de que a evolução tecnológica está deixando os discos rígidos tradicionais em desvantagem na relação “resistência / capacidade de armazenamento / durabilidade”.

E ninguém vai querer comprar um HD que até pode ser mais rápido e armazenar toda a biblioteca de filmes da sua vida, mas ser obrigado a lidar com a decepção ao perder uma vida de torrents depois de quase 3 anos de vida perdida ao deixar o computador ligado fazendo downloads enormes… para praticamente nada.


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