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Por onde se esconde o Android Lollipop?

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Já se passaram dois meses que a Google anunciou o Android 5.0 Lollipop, que desembarcou em uma pequena seleção de dispositivos. A chegada dessa versão era atraente por conta da estreia da nova filosofia visual, a Material Design. Ok… mas… onde é que ele está?

Seu ritmo de adoção é praticamente nulo. Os últimos dados publicados pela própria Google mostram que o Lollipop sequer aparece no gráfico. Ou seja, não está instalada em 0.1% de todos os dispositivos Android do mercado.

Por que?

A essa altura do campeonato, o Android 4.4 KitKat já contava com 2.3% de cota de mercado, enquanto que a adoção do Jelly Bean foi mais lenta, com apenas 1.2% de presença no mesmo período.

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No caso do Lollipop, sua adoção está especialmente lenta. Alguns argumentos habituais poderiam ser utilizados: os fabricantes demoram demais nas atualizações dos dispositivos, e quando o fazem, isso acontece de forma muito gradual, e para poucos modelos dos seus extensos catálogos.

Também podemos citar as operadoras que dificultam a vida dos usuários, com as personalizações das ROMs presentes nos dispositivos. E obviamente, também podemos falar dos diversos problemas do Android 5.0, principalmente para os usuários do Nexus 7. A Google teve que trabalhar contra o tempo para corrigir o problema, o que reduziu a velocidade da distribuição do software.

 

O Nexus 6 tem parte da culpa

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Se existe um real culpado da lentidão do Android 5.0 Lollipop nos dispositivos, esse culpado é, provavelmente, o Nexus 6. Nos dois lançamentos anteriores da linha Nexus, vimos uma demanda excepcional do produto no mercado. Mas não aconteceu o mesmo com o Nexus 6.

O dispositivo não chamou a atenção dos usuários. O seu grande tamanho de tela e seu preço fizeram com que o foco fosse desviado para outros produtos do mercado. De fato, o Nexus 6 é um grande smartphone (não só no tamanho), mas a relação custo/benefício não é nem próxima daquela oferecida pelos seus antecessores.

É estranho ver os antigos usuários com o Nexus 5 e até o Nexus 4 no bolso – e satisfeitos com isso -, não ajudando no crescimento do Nexus 6. E olha que as melhoras do Android 5.0 não foram lá tão atraentes para esses usuários, que estacionaram no Android KitKat (que conta com 39.1% de presença nos dispositivos ativos).

O ritmo das novas versões do Android sempre foi lento, e isso fica claro quando estudamos os dados da página de desenvolvedores do Android. O Jelly Bean foi lançado em 9 de julho de 2012, e dois anos e meio depois, todas as suas variantes (até a 4.3, de julho de 2013) contam com uma cota conjunta de 46%.

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Se levarmos em conta todas as versões existentes no universo Android, 6 de cada 10 usuários utilizam versões que contam com pelo menos um ano e meio de vida. Muito provavelmente são obrigados: muitos fabricantes se esquecem dos modelos antigos, favorecendo apenas a atualização dos modelos mais modernos.

O motivo disso? Forças os usuários a comprarem um novo modelo, com uma versão mais moderna do Android. É um modelo de negócios discutível (para dizer o mínimo), mas todos os fabricantes usam os mesmos argumentos: muitos modelos, muitas variantes, e é muito difícil oferecer suporte para eles por muito tempo.

Dificilmente esse cenário vai mudar, mas enquanto não aparecer um fabricante que não lance tantos modelos e garanta atualizações durante pelo menos dois anos, teremos que nos conformar com o que temos hoje. Infelizmente.

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É possível lutar contra essa tendência. As ROMs personalizadas, que diversos especialistas preparam para diferentes dispositivos é uma alternativa.

A má notícia é que tal procedimento não é algo tão acessível para os usuários novatos, e muitos outros preferem manter um funcionamento estável no dispositivo a se arriscar que o seu dispositivo comece a se comportar de forma estranha.

Seja como for, a cota do Lollipop deve crescer, tal como aconteceu com seus antecessores: de forma lenta, mas gradual. O problema da fragmentação do Android continua, porém, isso se transformou mais em uma lenda urbana do que em um grande problema. Graças à separação gradual que a Google fez dos seus serviços e aplicativos para Android.

Hoje, você pode não ter o Android 5.0 no seu smartphone, mas pode aproveitar da maior parte da experiência de uso que a Google oferece, com melhorias na interface já presentes no Lollipop. Também é possível instalar ferramentas de terceiros que oferecem elementos visuais do Material Design nos dispositivos.

Ou seja, nem tudo são más notícias, não é mesmo? Só fica chateado nesse mundo quem quer!


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