Eu nem sei por que eu deveria perder meu tempo com isso, mas… como parte do meu dever é informar os mais desavisados, ainda acredito que essa informação será importante para o futuro, pois sempre teremos alguém caindo nas notícias falsas.
Circula nas redes sociais a notícia de que o Google planeja encerrar o Gmail, um dos serviços de e-mail mais utilizados do mundo, gerando reações diversas entre os usuários. E nem poderia ser diferente: praticamente todo mundo tem sua vida atrelada à este importante serviço da gigante de Mountain View.
Após mais de 24 horas, a “notícia” ainda gera surpresa, indignação e preocupação, com alguns usuários preocupados e outros até alegres com a informação. Mas a existência deste artigo em si é um sinal claro de que se trata de mais uma famigerada fake news, criada por algum desocupado qualquer.
Tudo mentira
Uma notícia como essa normalmente ganha escala global, pois o fim do Gmail significa (também) o fim da conta Google de todos os usuários cadastrados. E isso, por si, seria um grande absurdo.
Aliás, é uma informação tão absurda, que qualquer pessoa com a cabeça um pouco no lugar desconfia da informação automaticamente. Tanto, que esse rumor não ganhou força suficiente para ser divulgado pela mídia tradicional.
O Google utilizou a conta oficial do Gmail no X (finado Twitter #saudades) para desmentir o rumor, evidenciando sua falsidade. Capturas de tela falsificadas contribuíram para a disseminação do boato, usando mensagens do ano anterior sobre a eliminação do modo HTML básico.
Como eu disse um pouco antes, algum desavisado realizou uma montagem para manipular as pessoas e enganar os mais inocentes ou desavisados sobre tais práticas na internet.
Apesar de ser verdade que o Google encerra serviços conforme sua estratégia (que normalmente é baseada na direção do vento ou aleatoriedade de uma lava lamp na sala do Sundar Pichai), o boato sobre o fim do Gmail carece de fundamentos sólidos.
O precedente da decisão tomada pelo Google no ano passado, onde contas inativas do Gmail foram encerradas, pode ter contribuído para a credibilidade da notícia falsa.
Seja lá quem for que inventou a fake news, acabou se aproveitando da confusão entre as informações para manipular e distorcer a narrativa, inventando a história de que o Gmail iria dessa para uma melhor (ou pior, dependendo do ponto de vista).
Até o Google virou vítima da “era da desinformação”
A disseminação dessa falsa notícia sobre o fim do Gmail é mais um exemplo da perigosa propagação da desinformação, onde o fator humano é relevante para o sucesso dessas práticas nefastas.
A era da informação agora coexiste com a era da desinformação, e a necessidade de verificação das notícias deveria ser uma prioridade dos usuários, mas bem sabemos que isso não acontece (infelizmente).
Da minha parte, sempre vou compartilhar as notícias e correções de notícias falsas. Farei a minha parte de sempre verificar fontes, mesmo que isso me impeça de largar na frente de uma publicação de algo importante.
Não tenho essa necessidade de compartilhar uma notícia de forma exclusiva ou antes de todos. Só me importa compartilhar a notícia correta e verificada. Mesmo que isso demore algum tempo.