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O Apple Vision Pro pode trazer o “mundo do entretenimento 3D” de volta?

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O Apple Vision Pro pode ser um monte de coisas: caro, desnecessário, um elemento para deixar qualquer nerd alguém ridículo quando utilizado no meio da rua… e o responsável pela ressureição da tecnologia 3D no entretenimento doméstico.

Se o 3D não se tornou um formato popular mesmo com a chegada de filmes como ‘Avatar’ que soube explorar o formato com enorme competência, a Apple, com suas Vision Pro, aposta nos vídeos espaciais para oferecer ao usuário uma experiência mais imersiva.

Será que o Apple Vision Pro vai conseguir aquilo que James Cameron jamais chegou perto de alcançar? Ou a humanidade ainda não está preparada para isso? Quem tem trauma do uso das TVs 3D vai voltar se a tecnologia melhorar?

 

O segredo está no tal Vídeo Espacial 

A tecnologia utilizada pela Apple para os vídeos espaciais é o formato MV-HEVC, uma extensão eficiente do HEVC que codifica dois quadros com perspectivas diferentes, mantendo a qualidade de imagem original.

Os vídeos espaciais podem ser reproduzidos em dispositivos normais como vídeos 2D. O formato MV-HEVC é compatível com decodificadores HEVC, facilitando a visualização em diferentes dispositivos, incluindo o Apple Vision Pro, é claro.

Quem já visualizou vídeos espaciais em uma TV 3D antiga sabe muito bem como essa experiência nunca chegou perto de ser minimamente satisfatória ou imersiva de verdade. Na prática, a qualidade final do 3D é, no máximo, razoável.

Já a Apple e sua proposta de ecossistema de produtos (ou a forma em como a empresa escraviza os usuários nos seus dispositivos) preparou o terreno para o Apple Vision Pro, e de forma muito competente.

Não podemos nos esquecer que a capacidade de gravar vídeos espaciais está presente apenas nos modelos iPhone 15 Pro e iPhone 15 Pro Max devido ao alinhamento específico de sensores, algo que não disponível em modelos anteriores.

Mas… quem tem dinheiro para comprar um Apple Vision Pro não terá problemas em investir em um novo iPhone 15 para produzir e visualizar os vídeos espaciais com o óculos de realidade mista.

 

O cenário de momento

Existem aplicativos na App Store que já trabalham com a produção de vídeos em formato tridimensional no iPhone, como o i3DMovieCam, que possibilitam a gravação de vídeos sincronizados em 3D usando duas câmeras traseiras de diferentes distâncias focais.

Nesse momento, a discussão avança para a possibilidade de fabricantes Android adotarem a captura de vídeos espaciais como um recurso para os seus usuários, semelhante ao que pode ter ocorrido com os vídeos 3D no passado.

Até porque os óculos disponíveis no mercado que não respondem pelo nome Apple Vision Pro podem muito bem se aproveitar disso para desenvolver um novo filão de mercado, mesmo que a alternativa da gigante de Cupertino seja diferente ou mais completa.

Por tabela, a eventual popularização de vídeos espaciais pode reativar o interesse em TVs 3D, oferecendo uma experiência compartilhada para os usuários, atendendo a uma demanda de coletivo.

Tudo bem, ver em grupo conteúdo em uma TV 3D não é uma experiência tão imersiva quanto o uso de um óculos dedicado para essa tarefa. Mas ao menos os usuários podem desfrutar do formato com maior conforto e comodidade.

A possível volta dos conteúdos 3D, agora com uma abordagem mais doméstica e mais útil que no passado, pode influenciar não apenas o setor de entretenimento, mas também a indústria de smartphones, TVs e tablets.

E tudo isso, por causa do Apple Vision Pro, que pode liderar essa revolução tecnológica, promovendo um resgate de uma tecnologia que até então estava esquecida.

Será que devemos agradecer ao Tim Cook por isso?


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