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O que a OnePlus deve fazer da vida?

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Vamos ser realistas: você, que está lendo este artigo, talvez conheça a OnePlus, mas apenas porque (muito provavelmente) ama tecnologia tanto quanto eu. No Brasil, a marca é uma ilustre desconhecida, o que é uma pena.

No começo, a OnePlus era reconhecida por modelos de smartphones com a proposta “flagship killer”, que eram competitivos em preço e entregavam excelentes configurações para a maioria dos usuários.

Porém, a falta de presença frente aos grandes fabricantes prejudica a marca. E isso levanta questionamentos sobre o que a própria OnePlus deve fazer da vida e, principalmente, como ela deve se posicionar diante das gigantes do setor.

 

Será que a OnePlus fez os movimentos certos?

Ser uma marca que se apresenta como “flagship killer” tem seus efeitos colaterais. No caso da OnePlus, a decisão teve como consequência a ausência de modelos de entrada, deixando de lado um segmento de mercado que ajuda a impulsionar a popularidade de qualquer fabricante de smartphones.

Desde o início de suas atividades, a OnePlus concentrou seus esforços em smartphones top de linha, e com o passar do tempo, percebeu que precisava se fazer presente no segmento de linha média, que é o que gera o maior volume de vendas para qualquer fabricante de telefones.

Por isso, expandiu sua presença de mercado com a série OnePlus Nord. O grande problema aqui é que essa linha de produtos é limitada, com poucos lançamentos nos principais mercados globais.

Aqui, não estamos discutindo a qualidade dos produtos, mas a baixa presença das séries com preços mais competitivos. E quando olhamos para o lado e testemunhamos o que a concorrência faz dentro desse segmento de preço, constatamos que a OnePlus está sendo massacrada em níveis inacreditáveis.

 

Xiaomi e Samsung dominam na linha média

Não estou falando especificamente do mercado brasileiro neste caso. Vamos expandir nossa análise para um alcance global. Afinal de contas, o objetivo aqui é tentar descobrir o que a OnePlus deve fazer da vida para sobreviver no mercado de smartphones.

Quando comparamos a participação de mercado da OnePlus com Xiaomi e Samsung dentro do segmento de telefones intermediários, não só testemunhamos um abismo nas vendas, como também nas opções de modelos oferecidos por cada marca.

De forma surpreendente, Xiaomi e Samsung conseguem oferecer preços mais competitivos nos telefones intermediários do que a OnePlus. E isso está acontecendo pelo volume de ofertas de modelos que as duas marcas líderes no segmento apresentam para o consumidor.

De novo: não estou discutindo a qualidade dos produtos apresentados, mas a variedade de opções de cada marca. E pela variedade, você encontra uma maior flexibilidade nos valores.

Enquanto os poucos modelos da linha OnePlus Nord custam em torno de 300 euros na Europa, Xiaomi e Samsung oferecem telefones que podem alcançar, em alguns casos, valores abaixo dos 200 euros.

Aí, OnePlus… fica difícil te defender neste caso.

 

OnePlus está dando de ombros para a linha média

Aqui está claro qual é a estratégia da OnePlus: insistir nos telefones “flagship killer”, deixando de lado a série OnePlus Nord por não ver benefícios em competir nas faixas de preço mais acessíveis.

E a marca pensa dessa forma por causa da concorrência, que entrega mais produtos e, em função disso, pode se dar ao luxo de cobrar menos em alguns modelos.

Por outro lado, é possível observar algumas mudanças na política de lançamentos OnePlus nos últimos anos. A marca reduziu seu volume de lançamentos, apostando em poucos telefones com a máxima qualidade possível para atrair os usuários mais exigentes, que desejam uma experiência plena no uso dos smartphones.

A prova disso é que estamos no fim de 2023, e apenas a versão não “Pro” do OnePlus 11 está disponível em alguns mercados ocidentais neste momento. E no Brasil, como eu disse antes, a marca está bem longe de ser uma das mais conhecidas.

A competição intensa dentro do segmento de telefones top de linha dificulta o sucesso da OnePlus, com vários fabricantes apresentando smartphones muito interessantes ao longo do ano.

O grande desafio da marca é se tornar relevante em um cenário de momento em que a Apple tem a fidelidade de boa parte do público, a Samsung é uma força dominante, a Xiaomi segue avançando (mesmo que perdendo força no Brasil), a Motorola mostra sinais de que pode ir além, a Huawei se manteve de pé mesmo com todos os embargos e até o Google com os seus holofotes com a longevidade do Android.

De verdade: eu torço pela OnePlus, pois seus smartphones são ótimos. Mas… está difícil…


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