Que Mark Zuckerberg tem pensamentos e comportamentos megalômicos, todo mundo já sabe a essa altura do campeonato. Ele lembra um Lex Luthor da vida e, de forma coincidente ou não, Jesse Eisemberg interpretou nos cinemas o dono do Meta e o grande rival do Superman nos quadrinhos.
A Meta, gigante de tecnologia dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, viveu altos e baixos nos últimos anos. Em meio a um crescimento impulsionado pela pandemia, a empresa contratou milhares de funcionários para manter suas operações em dia.
Porém, como o mundo voltou para algo parecido com aquilo que todos consideravam algo normal e a mudança de cenário geral, vieram os cortes: mais de 67 mil pessoas foram demitidas do Meta em 2023 e 2024.
Por trás disso, há uma explicação muito interessante: o Meta contratou uma galera para ficar parada, sem fazer nada.
Bem a cara de Mark Zuckerberg.
Eram contratados para não fazer nada
A realidade veio à tona recentemente, e apresenta um cenário geral mais claro para essa leva de demissões, além de observar melhor os movimentos do Meta para prevalecer no segmento de tecnologia durante o período pandêmico.
Ex-funcionários revelam em diferentes veículos de imprensa que, por trás dos números, havia uma realidade desconcertante: a falta de trabalho, os cargos inflados e uma cultura de ascensão baseada em contratações, não em produtividade.
Um relato recente publicado no TikTok compara a situação a “cartas de Pokémon” sendo coletadas. Os profissionais eram selecionados pelas habilidades e o talento, mas ficavam subutilizados ou congelados dentro do Meta, sem uma função clara na produção ou desenvolvimento de soluções dentro dos serviços da empresa.
A busca desenfreada por talentos levou a um crescimento artificial da empresa. Segundo informações vazadas, o tamanho da equipe era o principal fator para ascensões na carreira. “Diretores dirigindo diretores”, como definiu Zuckerberg, não era o modelo desejado.
O cenário atual do Meta
Com a crise econômica global que alcança o segundo ano e o ajuste de expectativas financeiras, a Meta busca ser mais eficiente com menos gente. A conta nos aspectos financeiros parou de fechar, e investidores precisam ser pagos.
A empresa opera agora com 22% menos funcionários, o que resultou em melhores margens de lucro. Zuckerberg afirma que a primeira onda de demissões foi para eliminar o excesso de mão de obra e a segunda para otimizar a eficiência.
É uma eficiência FINANCEIRA de forma prioritária e OPERACIONAL em um segundo plano. Não se esqueça que o que Zuck quer é ganhar mais dinheiro com a menor força laboral possível.
O efeito imediato de tudo isso recai também nos funcionários atuais do Meta, que se sentem frustrados e inseguros. A estabilidade profissional está escancaradamente ameaçada, e não por causa de uma incompetência ou queda de produtividade individual.
A empresa oferece pacotes de demissão, e está buscando recolocar os ex-funcionários em outras empresas, mas isso aparentemente não é o suficiente para deixar o ambiente laboral mais saudável.
Por isso, a cultura de trabalho da Meta está sendo questionada.
Especialistas alertam que o caso da Meta não é isolado. Diversas empresas de tecnologia estão passando por reestruturações e cortes de pessoal, e pelos mesmos motivos. O que indica que as big techs seguiram o mesmo caminho, acreditando que o crescimento viria a partir do bloqueio de profissionais, impedindo que a concorrência pudesse ficar com esses talentos.
Passou bem longe de ser a melhor ideia que Zuck teve. E os resultados dessa iniciativa são evidentemente desastrosos.