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iPhone 14: condenado à irrelevância

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A Apple apresentou uma nova família de smartphones iPhone 14, onde as principias novidades ficaram mesmo para o iPhone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max. Essa decisão teve consequências imediatas em outros smartphones da empresa, com vencedores e perdedores em diferentes campos.

Além da morte oficial dos modelos Mini, o iPhone 11 e o iPhone 12 Mini foram aposentados. O iPhone 12 virou o modelo base menos caro, os modelos da série iPhone 13 foram indiretamente valorizados e o iPhone SE segue como único modelo “acessível” entre os smartphones da Apple.

E os grandes perdedores, de forma quase indiscutível, são o iPhone 14 e o iPhone 14 Plus. E eu vou explicar os motivos para a minha afirmação.

 

O iPhone 11 era o básico que funcionava

A série iPhone 11 foi a que marcou a estreia dos modelos Pro e Pro Max dentro do portfólio da Apple. E o modelo base foi aquele que se tornou a melhor relação custo-benefício para muitos usuários nos últimos dois anos.

Na época, o iPhone 11 Pro e o iPhone 11 Pro Max também eram smartphones pensados para os usuários com necessidades mais avançadas ou por aqueles que gostariam de ter um telefone com tela de grandes dimensões.

Então, vieram o iPhone 12 e o iPhone 13 e, de forma até sábia, a Apple manteve o iPhone 11 no mercado. E este modelo era muito competente para se posicionar como alternativa competitiva no mercado, mesmo sem contar com os recursos avançados dos telefones mais recentes.

Agora, eu tenho dúvidas se o iPhone 12 ocupa esse papel. Na verdade, esse modelo fica canibalizado pelo iPhone 13, que tem o mesmo preço base (pelo menos lá fora; aqui, tudo pode ser diferente) e enorme potencial para ser o novo modelo com a melhor relação custo-benefício da Apple.

De qualquer forma, o iPhone 14 não consegue chegar perto do grau de importância ou relevância do iPhone 11, justamente por ser muito parecido com o seu antecessor.

 

Processadores com poucas mudanças

É sempre importante lembrar que os modelos iPhone 13 e iPhone 13 Mini contam com o mesmo processador A15 Bionic do iPhone 13 Pro e iPhone 13 Pro Max, com a diferença de uma maior quantidade de núcleos na GPU para os modelos Pro.

Ou seja, em termos de DESEMPENHO BRUTO, as diferenças são praticamente insignificantes. E, apesar da grande maioria dos usuários não ter necessidades extremas com um iPhone, não dá para não pensar aqui que quem vai comprar um iPhone 14 ou iPhone 14 Plus vai receber um hardware do ano passado.

Além disso, a diferença de desempenho dos novos iPhone 14 e iPhone 14 Plus para os modelos iPhone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max é ainda maior com a chegada do chip A16 Bionic, mesmo com alguns testes preliminares indicando (de forma até surpreendente) que o novo processador presente nos smartphones apresentados pela Apple em 7 de setembro de 2022 contam com um desempenho 5% PIOR em relação ao chip lançado no ano passado.

No final, o iPhone 14 nada mais é do que um iPhone 13s ou um iPhone 13 com overclock. Ou um iPhone 12 2.0, como preferir. Ainda mais quando nenhuma das reais novidades desse smartphone (eSIM de forma exclusiva e conectividade via satélite) não vão funcionar no Brasil por enquanto.

Pior: o iPhone 14 é um iPhone 13 com foco automático. E o foco automático não é o suficiente para convencer o consumidor a pagar a mais por ele.

 

E, é claro, tem o preço…

E esse é, como sempre o fator decisivo para a decisão da compra.

Ainda mais no caso do iPhone 14, onde a Apple decidiu “largar a mão” no preço do dispositivo, deixando os modelos proporcionalmente mais caros em relação aos dispositivos da geração anteriores.

Os novos telefones da Apple não estão mais caros quando comparados com os modelos da série iPhone 13, mas são muito mais caros que os valores cobrados inicialmente pelos seus equivalentes da séries iPhone 12 e iPhone 11, mostrando que todos os mercados do planeta foram afetados pela inflação da gigante de Cupertino.

Neste sentido, o iPhone 14 entra em um vácuo onde ele se torna um inútil para muita gente. É caro demais para o que oferece, e deve impulsionar as vendas de modelos como o iPhone 13 e o iPhone 14 Plus, por motivos diferentes.

O iPhone 13 vai bombar em vendas porque ficou mais barato e oferece praticamente tudo o que o iPhone 14 tem. E o iPhone 14 Plus por ser bem menos caro que o iPhone 14 Pro Max, e oferece a tão desejada tela de grandes dimensões, algo que ficava relegado ao modelo top de linha mais completo das famílias de telefones da Apple.

Por outro lado, alguns usuários ainda devem olhar com uma certa dose de atenção para o iPhone 13 Pro, que também foi retirado da loja da Apple, mas ainda está disponível no mercado. Em alguns casos, ele vai valer ainda mais a pena que o iPhone 14, pois terá praticamente o mesmo desempenho no processador, mas oferecendo maiores possibilidades fotográficas com um sensor a mais na parte traseira.

Infelizmente, a Apple transformou o iPhone 14 em um verdadeiro inútil. Um grande perdedor. Um dispositivo que está relegado ao nada, e que só existe para servir de impulsionador de vendas de outros modelos.

Mal dá para acreditar que a toda poderosa Apple cometeu um erro tão grosseiro na sua estratégia para os seus novos smartphones. E como estamos falando de uma empresa que dificilmente dá o braço a torcer, entendo que apenas um reconhecimento de erro no nível do iPhone 13 Mini é que pode resultar em uma mudança mais drástica sobre o posicionamento do iPhone 14 no seu portfólio.

É uma pena. Mas o iPhone 14 é um smartphone completamente irrelevante. Não dá para recomendar a sua compra diante do cenário que foi apresentado.


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