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Eu não recomendo smartphones que custam R$ 700 ou menos nem mesmo para o meu pior inimigo

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Eu não sou uma pessoa elitista. Não defendo que você só deve comprar smartphones e produtos de tecnologia caros para obter a melhor qualidade possível. Aliás, eu sempre defendi a melhor relação custo-benefício, considerando sempre a capacidade financeira individual.

Reconheço que alguns dos produtos de tecnologia que uso no dia a dia são mais caros, mas faço isso pela necessidade de produção de conteúdo para a internet, ou porque tenho condições de investir em bons gadgets. Mas sempre vou considerar que cada um sabe o que é melhor para si e para o seu dinheiro.

Agora… nada nesse mundo me fará defender a recomendação de smartphones que custam menos de R$ 700. Em nenhuma circunstância. E vou defender meus pontos que justificam essa postura a partir de agora.

 

Não vale a pena pagar o preço por tão pouco

A busca por economizar ao comprar um smartphone leva muitas pessoas a escolher opções abaixo da casa dos R$ 700. E eu entendo que algumas pessoas tomam essa decisão exclusivamente pela necessidade financeira. E respeito o fato que algumas pessoas realmente não podem gastar mais do que isso nesse tipo de dispositivo.

O que não me conformo é ver algumas pessoas que contam com uma conta bancária mais gorda que a minha ou um limite no cartão de crédito muito maior que o meu investindo R$ 700 ou menos em um smartphone e esperando que esse tipo de telefone faça o mesmo que um iPhone 15 Pro Max. Esse é o pior tipo de decisão que um ser humano dito racional pode tomar na sua relação com a tecnologia de consumo.

Para começo de conversa, esse tipo de ser humano devia tomar vergonha na cara, pois é quase uma obrigação comprar um smartphone decente com tanto dinheiro acumulado. Além disso, existem opções um pouco mais caras que entregam vantagens notáveis.

Pagando entre R$ 300 e R$ 500 a mais, já é possível obter um smartphone que entrega diferenças significativas em termos de desempenho, tela, câmeras e design. E até mesmo para aquelas pessoas que só querem usar o celular para mensagens e redes sociais, investir um pouco mais pode garantir um dispositivo útil por mais tempo.

De novo: eu reconheço que a maioria das pessoas não precisa ter um smartphone top de linha ou premium. E eu também sei que tem muitos que não contam com o mesmo conhecimento que o meu. Agora, nem mesmo a ignorância justifica alguém que tem uma estabilidade financeira insistir em investir dinheiro em um telefone com 2 GB de RAM e 32 GB de armazenamento, rodando Android Go… e acreditar que isso é o suficiente para jogar online ou editar vídeos para o YouTube.

Gente que pensa dessa forma só pode usar substâncias suspeitas em doses cavalares. Ou simplesmente não sabem do que estão falando.

Simples assim.

 

Alguns exemplos práticos

Para quem optar por me ouvir e sair da caverna da ignorância tecnológica, saiba que as vantagens em pagar a mais para ter um smartphone um pouco mais decente são consideráveis.

De largada, já dá para mencionar que a qualidade de tela é notavelmente superior nos smartphones que custam R$ 1.200 ou mais. Nessa faixa de preço, já é possível encontrar telefones que contam com telas AMOLED, que oferecem maior brilho e cores mais intensas, melhorando a experiência de uso ao assistir séries e filmes.

Sem falar no menor consumo energético, algo que é tangível em telefones que recebem telas com esse material. Basta usar o Modo Escuro, e você vai sentir que a autonomia de bateria vai durar um pouco mais, e sem muito esforço.

Na casa dos R$ 1.200, já dá para considerar investir o dinheiro em um smartphone com uma excelente relação custo-benefício, como é o caso do Xiaomi Redmi Note 12. Esse modelo possui uma tela AMOLED de 120 Hz, processador mais potente e uma câmera que oferece melhores fotos.

Sem medo de errar no meu conselho: se você puder investir R$ 500 a mais em um smartphone, poderá receber um dispositivo que é muito superior a qualquer telefone inteligente que custa baratinho no começo, mas pesadelos bem caros no final.

Outro ponto que você deve levar em consideração antes de investir R$ 700 em um smartphone mais limitado é que as câmeras de smartphones acima dos R$ 1.200 entregam um maior nível de detalhes e representação de cores nas fotos. Dependendo dos dispositivos envolvidos no comparativo, a diferença chega a ser brutal.

Modelos que custam acima dos R$ 1.000 oferecem uma maior variedade de especificações técnicas, o que aumenta as chances de você encontrar um telefone que vai atender às suas necessidades. Abaixo desse valor, você muito provavelmente vai encontrar um telefone com processador fraco, pouca RAM e armazenamento e Android Go.

E ninguém merece o Android Go em pleno 2023 (ou quase 2024, se você estiver lendo este artigo no futuro).

Um ponto negativo dos smartphones baratos é a estética dos dispositivos. Tudo bem, eu sei que beleza não quer dizer nada, e quem vê cara não vê coração. Mas telefones muito baratos contam com uma aparência de 2013, e você não vai querer viver esse passado tecnológico. Nem na teoria, muito menos na prática, e menos ainda na cara do telefone.

Hoje, até mesmo modelos mais econômicos como o Samsung Galaxy A14 e o próprio Xiaomi Redmi Note 12 apresentam um design premium e mais atraente, se aproximando da estética dos seus equivalentes mais caros. Este aspecto é importante para muitos usuários, e algumas marcas que oferecem smartphones econômicos acabam negligenciando o visual dos seus produtos, o que é um erro grosseiro.

Por fim, até mesmo as pessoas mais velhas e que não exploram todo o potencial do smartphone devem investir a mais na compra de um dispositivo para chamar de seu. E o motivo é bem simples: telefones mais potentes são menos propensos a apresentar problemas e falhas de funcionamento, o que melhora drasticamente a experiência de uso dos mais leigos.

Se você chegou até aqui, é porque basicamente se convenceu que vale a pena pagar a mais para ter um telefone um pouco mais potente que o dispositivo baratinho com cara de celular velho. A desculpa do “é barato e faz a mesma coisa que um iPhone” não cola neste caso. A grande questão aqui é: como ele vai fazer o mesmo que o telefone da Apple?

Pagar uma mixaria para ter um desempenho pior é o mesmo que jogar dinheiro fora. Tecnologia é investimento, e se você pode pagar a mais por isso, realize o pagamento do valor adicional sem reclamar.

Lembre-se sempre que você está investindo em você. E se você quiser investir em mim, me procure.


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