A Xiaomi apresentou recentemente o HyperOS, seu novo sistema operacional que chega para construir um ecossistema unificado de dispositivos. E agora, a empresa se prepara para disponibilizar o software em vários dispositivos.
E a mesma Xiaomi aproveitou a oportunidade para divulgar a lista de dispositivos que não receberão suporte para o HyperOS, confirmando de forma oficial que pelo menos 12 smartphones não contarão com o suporte para o novo software.
Esses dispositivos não apenas ficarão de fora da nova versão do sistema operacional da Xiaomi, mas também ficará de fora dessa interação com tablets, televisores e acessórios de outras marcas que adotam tecnologias do sistema, como o HyperConnect.
Os telefones que não vão receber o HyperOS
A decisão da Xiaomi de encerrar o suporte para esses dispositivos pode até decepcionar os usuários. Em alguns casos, estamos falando de dispositivos com apenas três anos de mercado (a esmagadora maioria chegou em 2020), incluindo telefones top de linha ou premium.
Isso nos faz pensar que até mesmo a Xiaomi, tão amada pelos consumidores, flerta com a prática nefasta da obsolescência programada, descontinuando dispositivos que ainda poderiam ser funcionais nas mãos dos usuários, com o claro objetivo de fazer a roda do mercado girar.
Dentre os dispositivos que ficarão sem suporte para o HyperOS, temos:
- Redmi 9
- Redmi 9A
- Redmi 9C
- Redmi Note 9
- POCO F2 Pro
- POCO X3 NFC
- Mi Note 10
- Mi Note 10 Lite
- Mi 10
- Mi 10 Pro
- Mi 10T
- Mi 10T Pro
Além de não receberem o HyperOS, esses dispositivos também deixarão de receber atualizações de MIUI e Android, bem como patches de segurança. Ou seja, são telefones oficialmente descontinuados e com o ciclo de vida oficialmente encerrados.
E eu tenho certeza de que tem muitos usuários da Xiaomi muito irritados com essa notícia.
Eles ainda funcionam, mas…
É importante ressaltar que a falta de suporte para o HyperOS não significa que esses dispositivos deixarão de funcionar da noite para o dia. Eles continuarão a receber atualizações dos serviços do Google, o que proporciona uma camada adicional de segurança em relação aos aplicativos instalados.
Porém, esse não é o cenário perfeito. Mesmo que sejam dispositivos utilizáveis, o sistema operacional está vulnerável, e esses telefones estão mais propensos a sofrerem os efeitos de um golpe, ataque ou outras iniciativas de cibercriminosos.
Muitos aplicativos manterão a compatibilidade com esses dispositivos por um período considerável, o que reforça a ideia de que esses smartphones vão funcionar durante muitos anos. Um exemplo do que estou falando é o WhatsApp, que aumentou recentemente a versão mínima do Android para funcionar, mas ainda oferece suporte para o Android 5.0, versão lançada há nove anos.
Ou seja, pelo menos em curto prazo, os telefones vão funcionar normalmente, e você não precisa sair correndo para comprar outro smartphone. Mas a partir de agora, deve começar a pensar nisso a sério.