A ASUS apresenta no mercado brasileiro o ASUS Zenfone 10, aquele que pode ser considerado como o smartphone Android compacto mais interessante e potente do mercado. Principalmente no Brasil, depois que a Sony deu aquela arregada.
Com a promessa de equilibrar potência e portabilidade, esse pode ser um dos últimos dispositivos de sua série a desembarcar no mercado, em função de todas as atualizações externas envolvendo a Xiaomi de alguma forma.
A grande pergunta que paira sobre a cabeça dos usuários neste momento é se o ASUS Zenfone 10 está custando tudo isso que estão pedindo por ele, levando em consideração as suas principais características técnicas.
O Zenfone 10 é compacto. E o que mais?
O ASUS Zenfone 10 recebe o processador Snapdragon 8 Gen 2, trabalhando com até 16 GB de memória RAM LPDDR5X e generoso armazenamento. Sua tela AMOLED de 5,9 polegadas trabalha com taxa de atualização de até 144 Hz que entra em ação nos jogos que são compatíveis com o recurso Game Ganie.
Este é mais um dispositivo que, de alguma forma, conta com a influência da inteligência artificial no seu gerenciamento. Desde ajustes inteligentes na interface até aprimoramentos nas capacidades da câmera, o dispositivo se adapta às necessidades e preferências do usuário de forma automática, aprendendo com os seus hábitos.
A ASUS promete um menor consumo energético para o modelo, aumentando a autonomia de bateria em até 12,9%, mas sem aumentar a sua capacidade, que se mantém em 4.300 mAh. Aqui, é preciso entender o que o fabricante quer entregar: é um dispositivo com tela inferior a 6 polegadas pelo propósito de oferecer um smartphone compacto, em sacrifício de ter uma autonomia de uso maior pelo aumento da bateria.
Neste caso, é compreensível que a Xiaomi espera que o Google continue a trabalhar do seu lado na otimização do Android.
De qualquer modo, o ASUS Zenfone 10 oferece um recurso para compensar essa bateria limitada: a funcionalidade de recarga rápida com o HyperCharge de 30W, além do fato do telefone ser compatível com carregadores sem fio padrão Qi, combinando a comodidade com a produtividade.
A ASUS também promete uma melhora sensível na experiência fotográfica com o novo estabilizador Gimbal híbrido 2.0 de 6 eixos. Dessa forma, você tem vídeos muito mais estáveis, e os produtores de conteúdo que ficam na praça agradecem por essa evolução.
Os fotógrafos (amadores e profissionais) ficarão felizes ao encontrarem no ASUS Zenfone 10 o modo Light Trail, que permite criar imagens artísticas capturando o movimento de objetos e luzes, com o obturador da câmera aberto por até oito segundos. Além disso, o recurso Quick Shot torna as fotos espontâneas mais fáceis, permitindo ao usuário capturar imagens instantâneas com um simples toque na tecla de volume.
Por R$ 6.000… o Zenfone 10 vale a pena?
A ASUS oferece quatro opções de cores para o Zenfone 10: Aurora Green, Eclipse Red, Midnight Black e Starry Blue. Duas delas (Aurora Green e Eclipse Red) incorporam materiais de base biológica ecologicamente corretos, reduzindo o uso de petroquímicos em 50%, alinhando-se com o compromisso da ASUS de minimizar a pegada de carbono.
O ASUS Zenfone 10 já está disponível na Loja ASUS com preços a partir de R$ 5.999,00. A opção de pagamento por PIX oferece um desconto de 10%, e a loja aceita parcelamentos em até 12 vezes sem juros.
Olhando para o valor nominal do ASUS Zenfone 9 lançado em 2022 (R$ 3.999), é evidente que o Zenfone 10 chegou ao Brasil bem salgado. Mas… vamos combinar que andar de piscina e perder um dia embaixo do sol é um bom preço a se pagar para ter que explicar por que ele ficou tão caro de um ano para outro.
Pode ser mesmo a impressão de “fim de festa” para a ASUS. Depois dos rumores sobre a possibilidade de encerramento da divisão de smartphones (para focar mais nos produtos gaming), a ASUS perdeu o seu encanto de vez por aqui.
Eu tenho quase certeza que a grande maioria dos usuários não deve dar muita importância para o lançamento do Zenfone 10 no Brasil por esse preço. Quem vai realmente ligar é quem quer ter um smartphone Android mais compacto para chamar de seu, e terá que pagar caro por isso.
Opções no mercado Android não faltam. Menos com uma tela abaixo das 6 polegadas. Quem sabe se o preço sugerido por ele reduzir no mercado brasileiro nos próximos dois meses, algo que considero bem difícil. Mesmo assim, para quem gosta de telefones mais compactos, essa é um dos telefones mais interessante, mesmo custando mais caro do que poderia valer.
Mas… tente não ser um early adopter. Tenho sérias dúvidas se ele vale a pena por R$ 2.000 a mais que o Zenfone 9 de 2022.
É uma supervalorização de um telefone que não faz muito sentido para mim.