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A Xiaomi diz: “Adeus, MIUI… Olá, HyperOS”

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Fim de uma era.

A Xiaomi anuncia oficialmente a morte da interface de usuário MIUI, que dará lugar ao novo sistema operacional HyperOS. A mudança ocorre após mais de uma década de serviços prestados por uma proposta de usabilidade que conquistou milhões de pessoas ao redor do mundo.

Foi Lei Jun, CEO da Xiaomi, quem confirmou oficialmente o nome HyperOS para o novo sistema operacional, que estreia de forma oficial com a série de smartphones Xiaomi 14. O antes especulado MiOS agora será a plataforma principal para os telefones da empresa e o ponto de partida de um novo ecossistema independente que a empresa quer construir para os seus produtos.

 

Um sistema operacional independente

Aqui, é importante reforçar que a principal diferença entre a MIUI e o HyperOS é que a primeira era uma capa de personalização do Android, e o segundo é um sistema operacional independente. Dessa forma, a Xiaomi efetivamente tem controle total do novo software, inclusive no calendário de atualizações.

De alguma forma, o Android está presente no HyperOS, uma vez que o novo sistema operacional da Xiaomi é baseado no código do software do Google. Mas ele não dependerá da gigante de Mountain View para o seu desenvolvimento, atualizações e correções de erros.

A boa notícia para os usuários que estavam acostumados com a experiência de uso da MIUI é que a estética do HyperOS será semelhante à da capa de personalização, mantendo a identidade visual da Xiaomi. O que faz sentido: foi isso que ajudou a empresa chinesa a conquistar tantos usuários ao redor do mundo.

Por outro lado, não há garantias de que essa experiência de usuário está mantida na íntegra, já que estamos falando de forma efetiva de uma nova plataforma que deve trazer um novo sistema de interação para o usuário.

 

Um novo ecossistema

A ideia da Xiaomi é integrar o HyperOS em todos os seus dispositivos, oferecendo uma experiência integrada de ecossistema de produtos. Exatamente do mesmo jeito que a Apple faz neste momento com smartphones, tablets, computadores e até fones de ouvido.

Da mesma forma que outros fabricantes de tecnologia compreenderam, a Xiaomi também busca criar um ecossistema unificado para seus produtos, já que é isso o que ajuda a aumentar os lucros de qualquer fabricante. Quem compra um telefone de uma marca tende a comprar o computador e o tablet da mesma marca, pois sabe que esses produtos vão conversar entre si com maior facilidade.

E como a Xiaomi já conta com uma variedade de produtos que é significativa o suficiente, as chances de o HyperOS ajudar a marca a impulsionar as vendas desses outros dispositivos é considerável. Os smartphones podem atuar como “porta de entrada” para uma experiência de uso integrada e com uma identidade singular.

Por isso, o novo sistema não pode ser encarado como uma simples camada de personalização. É um software completo, com filosofia própria e potencial de desenvolvimento independente. É algo parecido com o que a Huawei teve que fazer, uma vez que não podia mais utilizar o Android e os serviços do Google.

Neste sentido, o HyperOS é uma mudança significativa para os usuários que estão mais do que acostumados à MIUI. Logo, é natural que apareçam as incertezas sobre as semelhanças e diferenças entre as funcionalidades dos dois softwares, o design de algumas características e até mesmo sobre a publicidade que antes era exibida na interface customizada da Xiaomi.

De qualquer forma, os usuários já esperam uma experiência única e diferente com o HyperOS. É a grande chance de a Xiaomi oferecer ao mercado uma identidade própria e definitiva no software e, dessa forma, atrair ainda mais usuários para os seus produtos.

O HyperOS será apresentado por completo no lançamento da linha de smartphones Xiaomi 14, algo que deve acontecer até o final de 2023. O desafio do novo sistema operacional é enorme, assim como é o seu potencial de sucesso como líder de um ecossistema de produtos.

O tempo, sempre ele, vai dar as respostas para as dúvidas pendentes.


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